Uma das propostas seria destinar uma fatia das tarifas aeroportuárias para subsidiar parte do valor da passagem para o interior. "Esta medida estimularia a aviação regional e beneficiaria diretamente os consumidores e as comunidades do interior", argumenta Teixeira, que ontem participou da reunião-almoço Tá na Mesa, da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Estado (Federasul). Também serão debatidas a desoneração do setor e uma regulamentação específica para empresas que executam viagens regionais.
O setor reclama que os voos ao interior deixaram de ser estimulados nos últimos nove anos, dificultando a distribuição de rotas e encarecendo as passagens. O empresário já se reuniu duas vezes com o ministro Jobim para tratar do tema. Para ele, as medidas seriam importantes para incentivar os investimentos empresariais nas cidades do interior, uma vez que o transporte é um dos itens que pesam no momento de uma companhia escolher o destino de seus aportes. Também sustenta que o transporte ágil de passageiros entre cidades de diferentes tamanho será fundamental para a estrutura logística da Copa do Mundo de 2014.
A NHT confirmou para os próximos 30 dias o início da um voo entre Curitiba e Pato Branco, no Paraná, em um trecho de 600 km. O aeroporto da segunda cidade está sendo adequado para receber os voos regulares da companhia gaúcha. A rota já foi solicitada para a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).
A companhia aérea também pretende investir em voos mais distantes, priorizando cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Para isso, irá ao mercado comprar aeronaves de maior porte, com 50 assentos (hoje opera com seis aeronaves modelo L410 UVP-E20, com 19 assentos cada), mais adequadas e confortáveis para viagens de longa distância. A NHT avalia se comprará os aviões da brasileira Embraer, da canadense Bombardier ou da francesa ATR. Prazos e volume do negócio não foram divulgados.
Já a Planalto, operadora de linhas rodoviárias do Grupo JMT, investirá R$ 12 milhões na compra de 20 novos ônibus neste ano. Os investimentos não são maiores devido às indefinições do governo federal quanto à reestruturação das concessões das linhas intermunicipais. No ano passado, fracassou uma proposta do governo, e um novo projeto deve ser apresentado nas próximas semanas.
"O sistema de concessões no Brasil já é desenvolvido, por isso esperamos que o novo formato consiga trazer avanços e contribua como setor", diz Teixeira. O faturamento do Grupo JMT em 2008 chegou a R$ 270 milhões e deve se repetir neste ano. A Planalto responde por 45% da receita da empresa, enquanto a NHT, por 10%. O restante vem do transporte de cargas e de aluguéis de veículos.
Fonte: Jornal do Comércio