quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Quase 25 anos depois, três novas vítimas do 11 de Setembro são identificadas nos EUA

Avanços na análise de DNA permitiram a identificação de duas mulheres e um homem entre os mortos nos atentados às Torres Gêmeas, que deixaram 2.753 vítimas em Nova York.


Quase um quarto de século após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, três novas vítimas do ataque ao World Trade Center foram oficialmente identificadas em Nova York. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (7) pelo prefeito Eric Adams e pelo legista-chefe da cidade, Dr. Jason Graham. As identificações só foram possíveis graças a exames avançados de DNA e à colaboração de familiares das vítimas.

Com isso, o número total de pessoas identificadas a partir dos restos mortais recuperados nos escombros chega a 1.653, de um total de 2.753 mortos na tragédia. Entre os reconhecidos agora estão Ryan Fitzgerald, um corretor de moeda estrangeira de 26 anos; Barbara Keating, de 72, que viajava no voo 11 da American Airlines; e uma mulher cuja identidade não foi revelada a pedido da família.

"A dor de perder um ente querido nos ataques terroristas de 11 de setembro ecoa através das décadas, mas com essas três novas identificações, damos um passo à frente para confortar os familiares que ainda sofrem com aquele dia", afirmou o prefeito Adams, que atuava como policial na cidade na época dos atentados.

National September 11 Memorial & Museum é um memorial e um museu no local
onde ficavam as torres do World Trade Center (Foto: Pexels)
Ryan Fitzgerald trabalhava no 94º andar de uma das torres do World Trade Center, no momento em que o prédio foi atingido por um dos aviões sequestrados. Já Barbara Keating voltava para casa, em Palm Springs, na Califórnia, após visitar os netos na Costa Leste dos EUA, quando o voo em que estava foi usado como arma no ataque.

De acordo com o Gabinete do Médico Legista-Chefe da cidade, o processo de identificação das vítimas do 11 de Setembro continua sendo o maior e mais complexo da história dos Estados Unidos. Graças à tecnologia de sequenciamento genético de nova geração, os cientistas conseguiram obter perfis de DNA mesmo em amostras extremamente degradadas pelo tempo, calor e impacto.

Apesar dos avanços, ainda restam mais de mil vítimas sem identificação formal. O trabalho de análise dos fragmentos ósseos recuperados continua em andamento, como forma de honrar a memória dos mortos e dar respostas às famílias que seguem em luto.

Via O Globo

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