Levantamento teve participação de 2.185 pessoas de todos os estados brasileiros.
Para conhecer melhor o perfil dos profissionais do setor aéreo brasileiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou uma pesquisa, entre os dias 6 de maio e 10 de junho, para mapear o perfil de profissionais da aviação. O levantamento contou com a participação de 2.185 pessoas de todos os estados brasileiros.
Entre os respondentes, 1.689 (77%) atuam no setor aéreo, 403 (18%) não trabalham no setor, mas gostariam de trabalhar na aviação, e 93 (4%) não trabalham na aviação. A pesquisa apontou que o setor aéreo possui, atualmente, uma força de trabalho experiente: 474 profissionais, ou 28,1%, têm mais de 20 anos de carreira.
No recorte por gênero, os dados mostram que os homens representam 68% dos profissionais da aviação que participaram da pesquisa, enquanto as mulheres somam 32%, indicando um possível desequilíbrio de gênero no setor aeronáutico.
Entre as ocupações mais citadas, destacam-se:
- Piloto (441)
- Mecânico aeronáutico (222)
- Comissário de bordo (149)
- Agente de proteção à aviação civil (Apac) (113)
- Serviços auxiliares ao transporte aéreo (84)
- Controlador de tráfego aéreo (39)
- Fiscal de pátio (17)
- Despachante operacional de voo (DOV) (10)
Outros 614 respondentes atuam em áreas diversas, como engenharia, gestão e meteorologia.
No que diz respeito à escolaridade, a pesquisa mostrou que 19% das pessoas possuem apenas o ensino médio, o que pode indicar uma oportunidade para reduzir as barreiras no acesso ao ensino superior. Por outro lado, 31% dos profissionais têm ensino superior completo e 28% possuem pós-graduação, especialização, mestrado ou doutorado, indicando um alto grau de qualificação no setor.
A percepção racial dos participantes revelou que 1.315 se identificam como brancos, 659 como pardos, 148 como pretos, 30 como amarelos e 4 como indígenas. Outros 22 preferiram não responder e 7 marcaram a opção "outra raça".
Um dos destaques da pesquisa é a percepção sobre políticas de incentivo à formação. Para 43% dos respondentes, a Anac deve priorizar pessoas de baixa renda na concessão de bolsas de estudo. Já 23% defendem o foco em pessoas com deficiência, 19% em mulheres, 12% em pessoas negras e 3% em pessoas LGBTQIA+.
A pesquisa “Perfil do profissional da aviação civil brasileira” integra o programa Asas para Todos e servirá como base para um estudo de viabilidade com foco na oferta de bolsas de estudo por meio de financiamentos públicos. Com os dados coletados, a Anac elaborará um relatório sobre o cenário atual da participação social na aviação, subsidiando futuras ações de formação gratuita e promovendo o desenvolvimento sustentável do setor.
Com informações da Assessoria de Comunicação Social da Anac

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