Na semana passada, autoridades espanholas questionaram o processo de recrutamento de comissárias de voo das companhias aéreas do Oriente Médio, em particular da Kuwait Airways, depois que o jornal El Diario publicou uma reportagem sobre três candidatas que participaram de um evento de seleção em Madri e teriam sido expostas a condições sexistas e degradantes.
As entrevistadas, das quais a mais proeminente era uma jovem de 23 anos chamada Bianca, acusaram os recrutadores de pedir às candidatas que tirassem a roupa para verificar se havia tatuagens visíveis, relembra o site Aviacionline.
Na quarta-feira (4), a transportadora de bandeira do Estado do Kuwait pronunciou-se oficialmente sobre as acusações que recebeu em Espanha para o seu processo de recrutamento.
A declaração diz o seguinte: “A Kuwait Airways, nos últimos cinco anos, usou a mesma agência de recrutamento de tripulação de cabine que 90% das companhias aéreas da região. Somos uma companhia aérea altamente conceituada que recrutou pessoas de todo o mundo nos 68 anos desde a sua criação”.
A companhia aérea continua dizendo que “uma alegação tão séria nunca foi feita contra ela […] queremos enfatizar que a Kuwait Airways não pode tolerar nenhum processo que humilhe ou rebaixe ninguém. Desejamos informar ao público neste momento que uma investigação completa está em andamento com todas as partes e, com base nas descobertas, as medidas apropriadas serão tomadas”.
A320neo da Kuwait (Imagem: Airbus) |
Segundo o La Vanguardia, a empresa responsável pela seleção dos candidatos, a Meccti, também se defendeu, negando as acusações e afirmando que processará as candidatas por difamação.
Via Carlos Ferreira (Aeroin)
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