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(Foto: Greenpeace) |
Nas últimas semanas, diversas manifestações eclodiram pela Europa, com ambientalistas de diversas entidades lançando pleitos diversos. Nesse contexto, a aviação também foi alvo e grupos se reuniram ao redor e até mesmo dentro de aeroportos para protestar contra o uso de jatos privados, que poluem muito mais a atmosfera, numa perspectiva de emissões por passageiro, do que os jatos comerciais tradicionais.
O aeroporto de Amsterdã foi um dos mais procurados pelos ativistas, que chegaram a invadir o pátio com mais de 500 pessoas e se colocarem onde os jatos executivos ficam estacionados para protestar. Não bastasse se posicionarem em frente às aeronaves, os protestantes também se amarraram aos jatos e causaram danos a eles.
Como consequência, diretores de empresas de aviação executiva estão pedindo que o novo diretor do Schiphol, Ruud Sondag, faça as malas e deixe seu cargo por permitir a ação climática em Schiphol. Os patrões estão furiosos com Sondag porque pensam que o bloqueio em Schiphol-East ocorreu com seu consentimento, reportou uma matéria do
NH Nieuws.
Alguns diretores estão convencidos de que o CEO do Schiphol estava envolvido na conspiração de ação climática. “Foi um convite”, diz o diretor Bernhard Fragner, da GlobeAir da Áustria, no Linkedin. Um de seus aviões foi danificado e os ativistas quebraram um descarregador de estática. Fragner, que diz ter 38.000 euros em danos em seu avião, e pede que o novo diretor do Schiphol renuncie.
Robert Hlaca, da lituana GetJet, que também aluga aviões à TUI e à Transavia, diz também que os ativistas foram acolhidos por Ruud Sondag. A empresa acredita que Schiphol é cúmplice de atividades criminosas. Não apenas eles, outros executivos se juntaram no coro contra o administrador do maior aeroporto holandês.
De acordo com a administração do aeroporto, está havendo um mal-entendido e os ambientalistas não tinham autorização para entrar na área operacional. Um dia antes do bloqueio e do protesto, Sondag teria pedido aos ativistas para “manter as coisas em ordem e os diretores das empresas de aviação executiva interpretaram essa ligação como um convite para protestar entre suas aeronaves”.
Depois disso, Schiphol postou uma declaração no Linkedin, que pode ser lida abaixo.
“O Greenpeace anunciou uma manifestação no Schiphol Plaza. A manifestação é um direito importante. Antes da manifestação, o Greenpeace fez acordos sobre isso com o município de Haarlemmermeer, a autoridade competente”.
“Nesse contexto, Ruud Sondag respondeu a uma carta aberta do Greenpeace na véspera da manifestação, na qual perguntam ao CEO do Schiphol se ele opta por um futuro sustentável. Além de acolher e entender o chamado do Greenpeace, ele também pediu para manter as coisas em ordem. Ele lamenta profundamente que isso não tenha acontecido e que os acordos feitos com a autoridade competente tenham sido violados”.
“Schiphol não teve contato com o Greenpeace no dia da manifestação. Naturalmente, Schiphol ou outra parte não deu permissão para entrar no pátio em questão”.
Durante o bloqueio, também foi destruído um portão de acesso ao pátio. Dezenas de ativistas levaram bicicletas para andar entre os aviões. A segurança e a polícia militar de Schiphol não conseguiram impedir a invasão, mas mantiveram os ativistas longe das pistas. No total, 413 ativistas foram detidos pelo Marechaussee. Todos foram soltos na mesma noite, mas a investigação ainda está em andamento.
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