A estreia do Boeing 737 MAX aconteceu em meio a recuperação da fabricante norte-americana, que passou por longa paralisação após duas quedas fatais
A Boeing realizou hoje (18) o voo inaugural do maior integrante da família de aviões 737 MAX, em um passo para se recuperar dos meses de paralisação da frota de um modelo menor da aeronave.
O primeiro voo do 737 MAX 10 ocorreu na região de Seattle. A aeronave ainda vai passar por meses de testes e certificação antes de entrar em serviço em 2023.
Diferente da habitual festa que marca primeiros voos de aeronaves, o evento do 737 MAX foi deliberadamente mantido discreto, uma vez que a Boeing tenta superar crises seguidas causadas pela paralisação de 20 meses da frota menor da família após duas quedas que mataram centenas de pessoas.
O avião de 230 lugares é projetado para reduzir o espaço entre o 737-9, capaz de levar entre 178 e 220 passageiros, e o A321neo, da Airbus, que domina o mercado de aviões de corredor único e tem capacidade para 185 a 240 assentos.
Porém, a oportunidade de mercado para o 737 MAX 10 é restringida pelo alcance da aeronave de 3.300 milhas náuticas (6.100 quilômetros), menor que as 4 mil milhas do A321neo.
O voo de hoje (18) também mostrou uma versão modernizada do sistema de pouso, em meio à batalha da indústria para conseguir o máximo de alcance possível da atual geração de jatos de corredor único.
A aeronave eleva a altura do trem de pouso durante decolagens e pousos, um design necessário para compensar o comprimento adicional do MAX 10 e evitar que o avião raspe a cauda na pista durante a decolagem.
Com Reuters
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