Ainda é um protótipo, mas o avião supersônico XB-1 é, para já, o esforço mais visível de uma empresa que promete revolucionar as viagens aéreas, tanto em termos de velocidade como de conforto.
Desenvolvido pela Boom Technology, é descrito pela Bloomberg como um marco na história do transporte aéreo, uma vez que é a primeira vez que uma empresa independente constrói um avião supersônico e que apresenta um plano para a criação de rotas que liguem algumas das principais cidades do Mundo.
Contudo, adianta a mesma agência noticiosa, demorará pelo menos até ao final desta década para que o protótipo (ainda que funcional) se transforme numa opção à venda.
O XB-1 – mais parecido com um avião de combate do que com um meio de transporte de passageiros, até porque tem apenas espaço para o piloto – começará a voar no início do próximo ano. Feito a partir de fibra de carbono, deverá atingir uma velocidade de 1.3 na escala de Mach, mas apenas numa fase inicial. O objetivo é aumentar progressivamente a velocidade.
Caso tudo corra bem, a Boom seguirá para o Overture, um modelo que poderá transformar, de fato, a indústria. Neste caso, já estamos perante um avião comercial com capacidade para transportar entre 65 e 88 passageiros, com lugares espaçosos, separados por um corredor. Isto significa, segundo a Bloomberg, que todas as pessoas têm direito a um lugar com janela e, em simultâneo, acesso ao corredor para que se possam movimentar facilmente.
Também o caso do Overture, a velocidade é um fator distintivo: este avião deverá voar duas vezes mais rápido do que os modelos atuais. Ir de Nova Iorque a Londres poderá demorar apenas três horas e meia, em vez de mais de seis horas, por exemplo. O percurso que vai de São Francisco a Tóquio também poderá passar de 10 horas para seis.
Além disso, o Overture deverá distinguir-se do Concorde, por exemplo, pelo fato de poder voar para várias das principais cidades dos diferentes continentes. No início, o foco irá para destinos costeiros.
Há, porém, um senão. O Overture não começará a transportar clientes pagantes antes de, pelo menos 2029. Pelo caminho, ainda há muitos anos de testes e conflitos regulatórios para resolver.
Fonte: executivedigest.sapo.pt - Imagens: Reprodução
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