terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Embraer fecha parceria com empresa italiana de helicópteros

Frota de helicópteros no país dobrou nos últimos cinco anos.

Acordo visa tanto mercado civil quanto militar no Brasil e na América Latina.


É um mercado milionário que decola no Brasil. A frota de helicópteros no país dobrou nos últimos cinco anos. Cresce no ritmo em que pioram problemas de mobilidade e segurança nas grandes cidades, e na medida em que despontam perspectivas de negócios em alto mar.

Metade do mercado nacional civil é da parceria franco-brasileira da Helibrás com a francesa Eurocopter. A outra metade é dividida entre as americanas Bell (20%) e Sikorsky (15%) e pela italiana Agusta (15%), segundo a ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos).

Conhecida pela frota executiva, a multinacional Agusta anunciou nesta segunda-feira (21) uma fusão com a Embraer, um importante passo na disputa do céu brasileiro. “O acordo pode levar à produção dos helicópteros AgustaWestland no país, direcionados tanto para o mercado comercial quanto militar no Brasil e na América Latina”, diz o comunicado.

São três modelos comercializados no país pela Agusta. O de seis lugares é usado para transporte de executivos e custa cerca de US$ 7 milhões. Os maiores têm autonomia para longas distâncias. Por isso, são usados para atender petrolíferas e militares. Levam mais passageiros e custam de US$ 16 milhões a US$ 25 milhões.

“Só na operação offshore, que é para atender a produção de óleo, para os próximos dez anos, existe uma expectativa de mais 300 helicópteros de grande porte para atender”, diz Rui Aquino, vice-presidente da ABTAer.

Montagem, pintura, janelas, acessórios e o interior do helicóptero podem passar a ser produzidos no brasil. Normalmente, esse processo de nacionalização acontece aos poucos e, nesse caso, deve ser facilitado pela Embraer.

O portfólio de clientes e fornecedores facilita o pouso da italiana no Brasil que, além disso, está interessada no mercado militar, onde há grande exigência de conteúdo nacional.


O país também ganha, garante o especialista. “Com tecnologia, geração de emprego, com posicionamento no mercado internacional, porque, com certeza, quando você fabrica um produto desses aqui, o mínimo que vai atender é toda a América Latina. Não faz sentido mais alguém importar um produto de longe se você tem mais barato e tão próximo aqui para dar apoio e assistência”, afirma Aquino.


Fonte: Renata Ribeiro (Jornal da Globo) - Imagens: Reprodução da TV / Blog Aviação, Defesa, Notícias e Afins

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