quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Táxis clandestinos são flagrados agindo livremente em aeroportos

Sem linhas de ônibus eficientes e sem trens, sobram os táxis, as filas e a feira de ofertas em cada desembarque.

Nos dias de carnaval, enquanto seis milhões de pessoas viajavam de avião pelo Brasil, o Jornal Nacional testava o funcionamento dos principais aeroportos do país. Milhões de visitantes vêm por aí, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.

Saguões lotados e um problema constante nos aeroportos brasileiros: sair deles. Sem linhas de ônibus eficientes e sem trens, sobram os táxis, as filas e a feira de ofertas em cada desembarque.

Uma atividade ilegal prospera nessa disputa por passageiros. No desembarque em Salvador, o alerta vem nos alto falantes: “Senhores passageiros, para sua segurança, não utilize serviços de transporte oferecido por particulares”. Mas o aviso não diminui o assédio.

Na sexta-feira (17), às 21h, já era carnaval na Bahia. E milhares de pessoas desembarcavam no Aeroporto de Salvador. Os táxis clandestinos agem na maior cara de pau. Um homem oferece o serviço insistentemente ao lado de outros taxistas clandestinos, que tentam convencer o turista com um argumento surpreendente: “Aqui só atuam clandestinos de confiança”.

“Não é uma situação nova. A Infraero vem fazendo reuniões para sanar o problema”, disse José Cassiano Ferreira Filhom superintendente da Infraero de Salvador.

De Salvador para o Rio

E já na esteira de retirada das bagagens, a mala foi destruída para ser aberta. O Aeroporto Tom Jobim tem uma delegacia da Polícia Civil, Polícia Militar e Federal, e seguranças privados da própria Infraero. Mesmo assim, como em Salvador, os piratas agem livremente, com outro grupo também bem conhecido por ali: os cambistas irregulares.

O superintendente da Infraero do Rio de Janeiro, Abibe Ferreira Júnior, diz que os táxis clandestinos acabam mês que vem com um novo sistema de controle. ”As ações pontuais, estamos tomando as providências com a Polícia Federal e a delegacia do aeroporto.”

Enquanto isso, o carregador de malas saca a calculadora e, em um canto do Aeroporto Internacional do Rio, troca dinheiro: dólar, euro, como se fosse uma casa de câmbio.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

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