Com eles foram, encontrados R$ 60 mil em dinheiro e o avião tem restrição porque pertence ao governo federal
A Polícia Civil de Jaboticabal apreendeu nesta terça-feira (21) um avião monomotor, modelo EMB 721 C (Sertanejo), que pertence ao governo federal, com quase R$ 60 mil em espécie, no aeroclube da cidade. Três homens foram presos em flagrante ao abastecer a aeronave para decolar. José Maurício Martins Junior, de 34 anos, Carlos Alberto Sgobi, 32, e Marco Túlio Raguazzi Guimarães, 42, se identificaram como empresários de Ribeirão Preto.A polícia suspeita que a aeronave seria usada pelo trio para tráfico de drogas ou contrabando de mercadorias do Paraguai, distribuídas na região de Ribeirão.
O delegado José Carvalho de Araújo Junior, de Jaboticabal, disse que o grupo era investigado havia uma semana, depois de denúncia sobre pousos e decolagens clandestinas no aeroporto, que está interditado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
"O avião está com restrição na agência. Há um perdimento em favor da União desde 2007. Esse mesmo monomotor já foi apreendido por envolvimento em caso de contrabando", diz.
Já a assessoria de imprensa da Anac confirma que o avião pertence ao governo federal, devido a um débito com a Receita Federal. De acordo com a polícia, os rapazes apresentaram a versão de que iriam para o Paraná e o dinheiro seria para o pagamento de parte do avião, negociado a R$ 250 mil.
O delegado pretende descobrir como o monomotor foi parar nas mãos dos ribeirão-pretanos. Marco Túlio é piloto, mas o brevê dele está vencido.
Na Polícia Federal
A polícia suspeita que os três decolariam com destino a Campo Mourão (PR). Segundo a investigação, eles aterrissam em cidades próximas à fronteira com o Paraguai e, depois de carregar o monomotor, retornam para a região.
O caso foi apresentado na tarde desta terça-feira à Polícia Federal de Ribeirão. O delegado Daniel Vizicato disse que os três foram ouvidos e liberados, já que, a princípio, não se confirmou qualquer crime. "Consta no site da Anac uma restrição em relação ao monomotor. Queremos descobrir por qual motivo e se está válido."
Fonte: Wesley Alcântara (jornalacidade.com.br) - Fotos: F.L.Piton/A Cidade
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