O web designer Paulo Henrique de Farias Borges, 26, morreu após saltar de paraquedas no Aeroclube de Goiás. O fato aconteceu por volta das 15 horas da tarde de ontem.
Segundo os instrutores, a quase 400 metros do solo, o rapaz desconectou o paraquedas principal e não acionou o reserva. “Não há como jogar o principal fora involuntariamente, porque é preciso levar a mão e puxar a ferramenta que desconecta”, afirma Gilvan Barbosa, diretor técnico da Federação Goiana de Paraquedismo e um dos instrutores do voo.
De acordo com colegas de salto do web designer, o rapaz foi o primeiro a saltar de uma altura de aproximadamente 1.500 metros do solo. O paraquedas abriu normalmente e Paulo desenvolveu as manobras de voo.
“Ele permaneceu normal até quase 4 minutos de salto”, afirma Gilvan. Entretanto, próximo de uma altura de 400 metros do solo, ele desconectou o paraquedas principal.
Augusto Ribeiro, instrutor de solo, visualizou a queda e avalia que o rapaz não tentou acionar o reserva. “É estranho porque ele, que já tinha experiência, desconectou o principal em baixa altitude”.
Paulo Henrique morava no Distrito Federal e era nível dois em salto. Fez o curso exclusivo de treinamento para salto na Asbac-Clubes de Brasília e já havia participado de quatro saltos em Goiânia. Segundo Gilvan Barbosa, o rapaz apresentou conhecimento teórico e prático. “Ele recebeu o treinamento para, em caso de necessidade, liberar o principal e acionar o reserva. Mas isso não poderia ser feito em alturas baixas ou próximas do pouso”, avalia. A Asbac é parceira do Aeroclube da Capital, em Brasília os alunos recebem o conhecimento teórico e treinam os saltos em Goiânia.
A Polícia Técnico-Científica está analisando os equipamentos utilizados no salto para verificar se houve falha técnica. Após a conclusão do laudo é que a Delegacia de Homicídios vai analisar a possibilidade de abrir inquétiro. “O que temos até o momento é que ele acionou o mecanismo do paraquedas principal voluntariamente. Vamos analisar se ele teve intenção de cometer esse ato”, afirma Ailton Ligório, delegado responsável pelas investigações.
A suspeita de suicídio contraria o relato de instrutores e colegas que falam da disposição e bom o humor de Paulo minutos antes do salto. “Ele e mais dois colegas vieram em meu carro. Paulo estava normal, eles brincavam. No caminho ele deitou a cabeça no travesseiro e eu abri o vidro para pertubá-lo”, relata Augusto. Para os instrutores o rapaz era alegre, disciplinado e não apresentava sinais de uma possível tristeza ou depressão.
Salto
O paraquedista salta de aproximadamente 5 mil pés, ou seja, 1,5 mil metros de altura. Em queda livre pode atingir uma velociade de até 190km/hora. Após o salto, o paraquedista aciona o pilotinho, que é uma pequena bolsa na parte inferior do contêiner (mochila). O pilotinho recebe ar e infla, puxando para fora uma fita de nylon de 3 a 6 metros de comprimento chamada bridle.
O pilotinho e o bridle puxam a bolsa de abertura mantendo as cordas do paraquedas esticadas e tensas. Por fim, quando as linhas se desdobram completamente com a tensão do pilotinho, elas puxam as risers (parte final da corda do paraquedas presa ao corpo do piloto) para fora da mochila. O vento então infla as células do paraquedas, que se abre, diminuindo a velocidade de queda. O piloto passa a controlar o voo com as duas mãos segurando os batoques (peças de controle da direção). Paulo Henrique desenvolveu todo esse processo até o momento em que começava a se preparar para o pouso. Mesmo com o paraquedas em aparente perfeito estado técnico, ele acionou o punho de liberação preso às correias de um de seus ombros. E não acionou o punho de liberação do reserva. Retornou a queda livre, chocando-se contra o solo e vindo a óbito no local.
Fonte: Rafaela Carvello (dm.com.br)
Segundo os instrutores, a quase 400 metros do solo, o rapaz desconectou o paraquedas principal e não acionou o reserva. “Não há como jogar o principal fora involuntariamente, porque é preciso levar a mão e puxar a ferramenta que desconecta”, afirma Gilvan Barbosa, diretor técnico da Federação Goiana de Paraquedismo e um dos instrutores do voo.
De acordo com colegas de salto do web designer, o rapaz foi o primeiro a saltar de uma altura de aproximadamente 1.500 metros do solo. O paraquedas abriu normalmente e Paulo desenvolveu as manobras de voo.
“Ele permaneceu normal até quase 4 minutos de salto”, afirma Gilvan. Entretanto, próximo de uma altura de 400 metros do solo, ele desconectou o paraquedas principal.
Augusto Ribeiro, instrutor de solo, visualizou a queda e avalia que o rapaz não tentou acionar o reserva. “É estranho porque ele, que já tinha experiência, desconectou o principal em baixa altitude”.
Paulo Henrique morava no Distrito Federal e era nível dois em salto. Fez o curso exclusivo de treinamento para salto na Asbac-Clubes de Brasília e já havia participado de quatro saltos em Goiânia. Segundo Gilvan Barbosa, o rapaz apresentou conhecimento teórico e prático. “Ele recebeu o treinamento para, em caso de necessidade, liberar o principal e acionar o reserva. Mas isso não poderia ser feito em alturas baixas ou próximas do pouso”, avalia. A Asbac é parceira do Aeroclube da Capital, em Brasília os alunos recebem o conhecimento teórico e treinam os saltos em Goiânia.
A Polícia Técnico-Científica está analisando os equipamentos utilizados no salto para verificar se houve falha técnica. Após a conclusão do laudo é que a Delegacia de Homicídios vai analisar a possibilidade de abrir inquétiro. “O que temos até o momento é que ele acionou o mecanismo do paraquedas principal voluntariamente. Vamos analisar se ele teve intenção de cometer esse ato”, afirma Ailton Ligório, delegado responsável pelas investigações.
A suspeita de suicídio contraria o relato de instrutores e colegas que falam da disposição e bom o humor de Paulo minutos antes do salto. “Ele e mais dois colegas vieram em meu carro. Paulo estava normal, eles brincavam. No caminho ele deitou a cabeça no travesseiro e eu abri o vidro para pertubá-lo”, relata Augusto. Para os instrutores o rapaz era alegre, disciplinado e não apresentava sinais de uma possível tristeza ou depressão.
Salto
O paraquedista salta de aproximadamente 5 mil pés, ou seja, 1,5 mil metros de altura. Em queda livre pode atingir uma velociade de até 190km/hora. Após o salto, o paraquedista aciona o pilotinho, que é uma pequena bolsa na parte inferior do contêiner (mochila). O pilotinho recebe ar e infla, puxando para fora uma fita de nylon de 3 a 6 metros de comprimento chamada bridle.
O pilotinho e o bridle puxam a bolsa de abertura mantendo as cordas do paraquedas esticadas e tensas. Por fim, quando as linhas se desdobram completamente com a tensão do pilotinho, elas puxam as risers (parte final da corda do paraquedas presa ao corpo do piloto) para fora da mochila. O vento então infla as células do paraquedas, que se abre, diminuindo a velocidade de queda. O piloto passa a controlar o voo com as duas mãos segurando os batoques (peças de controle da direção). Paulo Henrique desenvolveu todo esse processo até o momento em que começava a se preparar para o pouso. Mesmo com o paraquedas em aparente perfeito estado técnico, ele acionou o punho de liberação preso às correias de um de seus ombros. E não acionou o punho de liberação do reserva. Retornou a queda livre, chocando-se contra o solo e vindo a óbito no local.
Fonte: Rafaela Carvello (dm.com.br)
Um comentário:
Estive no salto com o Paulo, sentirei saudades desse guerreiro.
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