quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Veículo aéreo não tripulado de combate atinge rede elétrica e cai na Rússia


O UAV russo Forpost-RU produzido na Rússia sob licença da Israel Aerospace Industries, armado com uma bomba KAB-20, caiu nesta quarta-feira (11) a noite após colidir com linhas de energia perto da vila de Severny, região de Belgorod, na Rússia.

Esse tipo de Veículo Aéreo Não Tripulado de Combate (UCAV) vem sendo utilizado pela Rússia nos combates na Guerra da Ucrânia.


Via liveuamap.com e Clash Report

Voo da Southwest pousa em Sacramento, na Califórnia, após colisão com pássaros


Boeing 737-7H4 (WL), prefixo N752SW, da Southwest Airlines, não ficou muito tempo no ar quando uma colisão com um pássaro o obrigou a pousar em Sacramento na terça-feira (10), disseram autoridades.

Um porta-voz do Aeroporto Internacional de Sacramento disse que a colisão com o pássaro aconteceu logo após a decolagem, o que fez com que o avião voltasse e pousasse no SMF. O avião decolou de Sacramento às 17h47 com destino a Burbank, no sul da Califórnia.

Um porta-voz da Southwest em um e-mail disse ao KCRA 3 que uma aeronave diferente foi trazida para continuar o voo.

A equipe da UC Davis disse à repórter esportiva do KCRA 3, Michelle Dapper, que o time masculino de basquete da UC Davis estava naquele avião.

"Claro, todo mundo estava tipo 'oh meu Deus' e eles estavam pegando seus telefones e olhando para a trajetória de vôo... todos estavam com tanto medo naquele ponto, mas ninguém entrou em pânico", disse o locutor de rádio da UC Davis, Scott Marsh. Não há feridos relatados.

Via ASN e KCRA 3

A aeronave Yak-40 foi forçada a pousar em Vologda, na Rússia, devido a uma rachadura no vidro


A promotoria está realizando uma inspeção após o pouso forçado da aeronave Yak-40 da Vologda Aviation Enterprise em Vologda devido a uma rachadura no vidro, informa a Promotoria de Transportes do Noroeste.

"Segundo dados preliminares, em 10 de janeiro, o avião do voo São Petersburgo (Pulkovo) - Kotlas, devido a uma rachadura formada no vidro direito da cabine da aeronave, fez um pouso de emergência no aeródromo de Vologda. O o pouso foi bem-sucedido, não houve vítimas", diz a mensagem.


Uma aeronave reserva levou os passageiros para o Aeroporto Veliky Ustyug e, em seguida, foram levados por transporte terrestre até seu destino.

A Promotoria de Transportes de Vologda, em conexão com o incidente com a aeronave Yak-40 da Vologda Aviation Enterprise, está verificando a implementação da legislação de segurança de voo.

Via ria.ru

Bando invade fazenda, bloqueia sinal de celular e rouba avião na fronteira com o Paraguai

Roubo ocorreu na madrugada de quarta-feira (11) na Colônia Três Palmas, a 140 km de MS.

O Cessna ZP-BLW, roubado por oito homens armados na madrugada de hoje (Foto: Divulgação)
Pelo menos oito homens armados e usando roupas camufladas roubaram um avião monomotor na madrugada desta quarta-feira (11) em território paraguaio, na faixa de fronteira com Mato Grosso do Sul.

A aeronave Cessna modelo 182, prefixo ZP-BLW, foi levada do hangar de propriedade rural localizada na Colônia Três Palmas, no distrito de Raúl Arsenio Oviedo, no departamento de Caaguazú. A região fica a cerca de 140 km do município de Sete Quedas (MS).

Os bandidos usaram bloqueador de sinal de celular para impedir que funcionários do local chamassem a polícia. Equipamento usado para bloquear celulares, galões de combustíveis e “miguelitos” – cravos de aço usados para furar pneus – foram encontrados no local.

Segundo testemunhas, os bandidos chegaram à fazenda por volta de 2h da madrugada em uma caminhonete cinza e foram direto para o hangar.

O piloto Theodor Isaak Schellenberg, 51, disse que estava dormindo quando escutou barulhos e um tiro. Ao perceber a movimentação, ele tentou fazer contato com vigilantes do local, mas o celular estava sem sinal. Somente na manhã de hoje ele percebeu que o avião tinha sido roubado.

Conforme a polícia paraguaia, os “miguelitos” foram espalhados na estrada que liga a colônia ao povoado de Raúl Arsenio Oviedo. A intenção dos assaltantes era impedir que fossem perseguidos.

O avião roubado tem capacidade para quatro pessoas e pertence a Russel Toews Rempel, 36, morador na Colônia Sommerfeld. A polícia paraguaia acredita que o objetivo dos bandidos é utilizar a aeronave para transportar cocaína.

Via Helio de Freitas (Campo Grande News)

Passageiros feridos em voo após Power Bank pegar fogo em Taiwan

O incidente ocorreu quando a aeronave da Scoot estava taxiando para partir no Aeroporto Internacional de Taipei Taoyuan, em Taiwan.


Dois passageiros sofreram ferimentos leves depois que um banco de energia superaqueceu e pegou fogo a bordo do voo Scoot TR993 do Aeroporto Internacional Taipei Taoyuan (TPE) para o Aeroporto Changi de Cingapura (SIN). O incidente ocorreu quando o Airbus A320neo, registrado como 9V-TNE, taxiava para a pista para decolagem no dia 10 de janeiro.


Os bombeiros foram imediatamente acionados, e a aeronave voltou ao stand, onde todos os passageiros foram desembarcados sem maiores incidentes. Segundo Scoot, duas pessoas a bordo – o proprietário do banco de energia e seu companheiro de viagem – sofreram “pequenas queimaduras nos dedos” e receberam assistência médica no aeroporto, embora não fosse necessário tratamento hospitalar.


Desde então, fotos e vídeos do incidente circularam nas redes sociais, mostrando a cabine cheia de fumaça e os comissários de bordo mantendo os passageiros longe do fogo.



Em um comunicado emitido para o Channel NewsAsia, Scoot disse: “Scoot pede sinceras desculpas pelo incidente. A segurança de nossos clientes e tripulação é nossa principal prioridade. As investigações sobre o incidente estão em andamento. Estamos reagendando o voo e forneceremos aos passageiros afetados acomodações e refeições".


Os regulamentos da IATA estipulam que os bancos de energia devem ser embalados na bagagem de mão, onde podem ser facilmente acessados, se necessário. O mesmo se aplica a cigarros eletrônicos e baterias de lítio sobressalentes. No entanto, eventos de segurança envolvendo os dispositivos estão se tornando cada vez mais frequentes.

No mês passado, a companhia aérea russa Ural Airlines sofreu um incidente semelhante a bordo de um de seus Airbus A321s, quando um banco de energia explodiu a bordo pouco antes da decolagem no Aeroporto Domodedovo de Moscou (DME).

Via NewsAsia e Simple Flying

Polícia antiterrorista acionada após avião pousar com urânio radioativo em Londres


A polícia antiterrorista britânica foi acionada e abriu uma investigação depois que oficiais da Força de Fronteira no aeroporto de Londres (Heathrow) apreenderam uma encomenda que chegou na área de cargas contaminada com urânio. O caso ocorreu no final de dezembro, mas foi revelado pelas autoridades apenas na terça-feira (10).

Segundo uma reportagem da BBC, o pacote contaminado com o material radioativo chegou no terminal de cargas e foi logo detectado. Posteriormente, avaliou-se que a quantidade de urânio não representava um risco à saúde.

A Scotland Yard disse: “Podemos confirmar que oficiais do Comando de Contraterrorismo foram contatados por colegas da Força de Fronteira depois que uma quantidade muito pequena de material contaminado foi identificada após triagem de rotina em um pacote recebido no Reino Unido em 29 de dezembro de 2022.”

O comandante Richard Smith disse: “Quero assegurar ao público que a quantidade de material contaminado foi extremamente pequena e foi avaliada por especialistas como não representando ameaça ao público. Embora nossa investigação continue em andamento, até agora não parece estar ligada a nenhuma ameaça direta. Como o público esperaria, no entanto, continuaremos a acompanhar todas as linhas de investigação disponíveis para garantir que esse seja definitivamente o caso”.

A força disse que o material foi identificado como contaminado com urânio, nenhuma prisão foi feita e os policiais estão trabalhando com agências parceiras para investigar e identificar a origem e o destinatário.

Via Carlos Ferreira (Aeroin) - Foto: PA

Avião é atingida por tiros na Indonésia. Piloto escapa ileso


No último dia 9, o avião Cessna 208 Caravan, prefixo PK-HVV, da Dimonim Air, construído em 2002, tornou-se o alvo da milícia armada ao se aproximar do Aeroporto de Oksibil (WAJO), em Papua, na Indonésia. 


O único piloto não se feriu, mas a aeronave sofreu alguns danos. A fuselagem foi danificada por várias balas e uma perfurou o chão da cabine.

Porta-voz da Polícia de Papua Ignatius Benny Ady Prabowo disse que o tiroteio foi supostamente realizado pelas tropas XXXV do Comando de Área de Defesa do TPNPB, lideradas por Ananias Atimin Bintang.

“O incidente ocorreu por volta das 10h45, horário de Papua, quando o avião pilotado pelo capitão Tohirin estava prestes a pousar em Oksibil vindo de Tanah Merah. Mas foi baleado e cancelou o pouso”, disse Benny na cidade de Jayapura na segunda-feira.


Via JADEC e ASN - Fotos: Ditjen Hubud

Piloto decola o avião deixando 55 passageiros para trás e equipe da aérea acaba afastada

(Foto: Kprateek88, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia)
A companhia aérea indiana Go First tem recebido duras críticas e foi alvo de matérias na imprensa local, depois que um de seus voos decolou na segunda-feira (9) deixando para trás mais de cinquenta passageiros no aeroporto de Bengaluru. Os viajantes teriam sido esquecidos (ou deixados) em um ônibus do aeroporto.

O regulador da aviação civil da Índia (DGCA) exigiu uma explicação da companhia aérea sobre a confusão. O voo G8-116 já estava com cerca de 30 minutos de atraso, quando a equipe da companhia aérea decidiu fechar as portas da aeronave e partir, apesar do fato de um ônibus com 55 passageiros ainda não haver chegado no avião.

O voo de Bengaluru para Delhi acabou compensando a diferença de horário durante o voo e chegou ao destino com 13 minutos de atraso em relação ao horário programado. No entanto, os 55 passageiros esquecidos chegaram a Delhi mais de quatro horas depois, após terem sido remarcados em um voos posteriores. Abaixo, um vídeo mostra um pouco do clima no aeroporto.


À agência ANI, a empresa emitiu a seguinte nota: “Pedimos sinceras desculpas pelo inconveniente causado aos passageiros devido a um descuido inadvertido na reconciliação do voo G8 116, de Bengaluru para Delhi. Os passageiros foram acomodados em companhias aéreas alternativas. Agradecemos e valorizamos profundamente sua paciência por nos suportar”.

“Alinhada com nossa filosofia de foco no cliente, a companhia aérea decidiu oferecer a todos os passageiros afetados uma passagem gratuita para viagens em qualquer setor doméstico nos próximos 12 meses. A companhia aérea iniciou uma investigação sobre o incidente e o assunto está sendo investigado. Todos os funcionários envolvidos foram suspensos até que o inquérito esteja conclúdo”, acrescentou a companhia aérea.

A companhia aérea terá duas semanas para enviar sua resposta à DGCA e, com base nisso, outras ações serão tomadas. Além disso, a Go First ordenou um inquérito e suspendeu todos os funcionários envolvidos no incidente.

Vídeo: Passageiro sem camisa troca socos com outro homem em disputa por assento em avião


Uma disputa por assento em voo da Biman Bangladesh Airlines, na semana passada, viralizou nos últimos dias após postagem de Bitanko Biswas, que se identifica como funcionário de companhia aérea, no Twitter.

Em vídeo, um homem sem camisa é visto em pé, alterado e discutindo com outro passageiro, que está sentado. Em determinado momento, o passageiro seminu tenta arrancar o outro homem do assento. Em poucos segundos, os dois estão trocando socos. Eles estariam alcoolizados.


A cena teria acontecido antes da decolagem. Não se sabe o que aconteceu com os envolvidos na briga a bordo do Boeing 777, que só parou com a intervenção de outros passageiros, de acordo com o "Indian Express". A Biman Bangladesh Airlines não se pronunciou sobre o incidente. O dia exato e a rota do voo não foram divulgados.

"Hoje em dia não há padrão para permanecer em um voo. Educados ou não instruídos estão se comportando de maneira rude com comissários e outros passageiros. Isso coloca em risco o avião e os passageiros. Pode acontecer um acidente fatal. Deve haver aplicação estrita da lei e proibição vitalícia (para os brigões", opinou um internauta.

Via Fernando Moreira (Extra)

Boeing 737 começou a decolagem com outro avião cruzando a pista em incidente no Canadá


Um incidente publicado nessa semana pela autoridade de segurança dos transportes do Canadá (TSB) mostra que um Boeing 737 iniciou a aceleração para decolagem quando outro avião do mesmo modelo estava cruzando a pista, em um incidente no dia 21 de novembro.

Segundo relatado pelo The Aviation Herald com base no reporte do TSB, um dos aviões envolvidos foi o Boeing 737 MAX-8 de matrícula 9Y-CAL, da Caribbean Airlines, realizando o voo BW-607 de Toronto, na Canadá, para Georgetown, na Guiana.

Boeing 737 MAX-8 da Caribbean Airlines
Quando se aproximando da pista em taxiamento, os pilotos teriam sido autorizados pelo controlador de tráfego aéreo da Torre a decolar da pista 15L, prosseguindo com o taxiamento para a posição na cabeceira e iniciando a decolagem.

Boeing 737 MAX-8 da Flair (Imagem: formulanone / CC BY-NC-SA 2.0, via Flickr)
O outro avião foi o Boeing 737 MAX-8 de registro C-FLDX, da Flair Airlines, realizando o voo F8-149 de Halifax, no Canadá, para Toronto. Ele pousou em Toronto e foi autorizado a cruzar a pista 15L enquanto o 9Y-CAL acabava de começar sua aceleração de decolagem.

O 9Y-CAL prestes a entrar na pista e o C-FLDX taxiando em direção ao cruzamento dela,
instantes antes do incidente (Imagem: FlightRadar24)
O controlador da torre logo reconheceu a situação e instruiu os pilotos da Caribbean Airlines a rejeitarem a decolagem, quando o jato estava ainda em baixa velocidade.

O TSB canadense relatou que o controlador posteriormente explicou que o voo BW-607 não havia sido autorizado para decolagem, apesar da autorização emitida anteriormente.

Depois que o F8-149 cruzou a pista, o BW-607 foi liberado para decolagem.

O F8-149 estava cruzando a pista na taxiway T, que fica a cerca de 9200 pés (2.800 metros) da cabeceira 15L. Os pilotos de ambos os 737 MAX não podiam se ver devido à geografia da pista, que se inclina para baixo em ambas as extremidades.

O TSB classificou a ocorrência como um incidente reportável do tipo “perda de separação” e uma ocorrência de Classe 5.

Avião C-17 Globemaster III pode transportar bombas nucleares para a Europa

Bombas nucleares da série B61 poderão ser enviadas para bases estratégicas nos EUA e na Europa através dos C-17 Globemaster III.

Bombas nucleares da família B-61 podem ser lançadas por caças e bombardeiros dos EUA (Foto: USAF)
A força aérea norte-americana (USAF, na sigla em inglês), vai usar o cargueiro C-17 Globemaster III para transportar armas nucleares para bases na Europa e no próprio território dos Estados Unidos.

De acordo com um domumento da USAF, as bombas B61-3, B61-4, B61-7, B61-11 e B61-12 podem ser transportadas pelo avião cargueiro até os respectivos locais designados.

No entanto, apenas os C-17 da 62ª Ala de Transporte Aéreo, sediada na base conjunta Lewis-McChord, no estado de Washington, são aptos para este transporte considerado especial.

Documento detalha transporte dos artefatos nucleares pelos C-17 Globemaster III
As bombas B61-12, usadas a partir caças e bombardeiros, como os B-2A Spirit e o F-35 Lightning II, já realizaram testes de lançamento sem cargas explosivas, garantindo sua aplicabilidade operacional.

As bombas táticas também podem ser lançadas pelos bombardeiros B-1B, e os caças F-15, F-16 e Tornado, este último operado com capacidade nuclear pela força aérea da Alemanha (Luftwaffe, em alemão).

A bomba B61-12 tem guiamento por um Sistema de Navegação Inercial (INS), o que aumenta bastante sua precisão, ampliando sua capacidade destrutiva.

É previsto que o emprego de armas nucleares táticas aconteça para destruir alvos militares ou estratétigicos, como bases e indústrias, mas com área bastante limitada.

A intenção é permitir não apenas aniquilar a capacidade de resposta inimiga, mas aproveitar dos efeitos psicológicos causados por uma destruição nuclear para encerrar um eventual conflito.

Via André Magalhães (Aero Magazine)

Airbus supera Boeing em entregas e encomendas de aviões em 2022


A Airbus consolidou sua posição de número um da aviação civil em 2022, com mais entregas e encomendas do que os da concorrente americana Boeing, embora o consórcio europeu tenha tido que lidar com as dificuldades de seus fornecedores para abastecer sua cadeia de produção. 

No ano passado, a Airbus entregou 661 aeronaves contra 480 de Boeing. E recebeu 820 encomendas confirmadas contra 800 da empresa de Seattle. As entregas da Boeing representaram, apesar de tudo, um aumento de 40% em relação às de 2021 e seu melhor resultado desde 2018, quando o grupo foi abalado pela crise do modelo 737 MAX depois de dois acidentes fatais e pelo corte do tráfego aéreo devido à pandemia de covid-19.

Também teve que deter por mais de um ano, até agosto, suas entregas do 787 Dreamliner, devido a problemas na produção. Esta cifra foi superior à da Airbus, cujas entregas aumentaram 8% em relação a 2021, quando o grupo voltou a aumentar sua produção, afetada pela pandemia.

"Estamos claramente abaixo dos nossos objetivos, mas dada a complexidade do nosso entorno operacional, gostaria de agradecer a nossas equipes e parceiros por seus esforços e os resultados obtidos", disse o presidente-executivo da Airbus, Guillaume Faury, citado em um comunicado. 

 As dificuldades da rede global de fornecedores em acompanhar a decolagem da Airbus levaram a empresa a reduzir de 720 a 700 sua meta inicial de entregas de aviões em 2022. E em dezembro, admitiu que tampouco alcançaria este número. 

 Um problema comum às duas gigantes da aeronáutica, que também tiveram que enfrentar falta de mão de obra, tensões com o fornecimento de matérias-primas e de componentes eletrônicos, além da crise de energia provocada pela invasão russa da Ucrânia. 

 A irregularidade no fornecimento de motores, sobretudo no primeiro semestre, afetou a produção. As entregas são um indício confiável da rentabilidade da indústria aeronáutica, pois os clientes pagam a maior parte da conta quando recebem o avião.

As duas empresas tiveram um aumento importante de encomendas graças ao aumento do tráfego aéreo mundial e ao desejo das companhias aéreas de modernizar suas frotas, com aeronaves que consumam menos combustíveis e emitam menos CO2. 

 Com 820 encomendas líquidas, a Airbus registra o melhor resultado comercial desde 2017. A Boeing, que em 2021, com 535 pedidos, tinha superado por pouco as 507 encomendas do grupo europeu, este ano passou a coroa para a concorrente.

Via Agence France-Presse

Airbus realiza testes em clima frio com avião Airbus A320 Neo no Canadá


A aeronave Airbus
A320-271N (Neo), prefixo F-WNEO, com motor P&W GTF Advantage está atualmente no Aeroporto de Iqaluit (YFB/CYFB), em Nunavut, no Canadá, para o teste em clima frio. E a temperatura lá é -29C no momento.


Via FL360aero

Companhias aéreas russas têm começo de ano difícil com diversos incidentes


Não é segredo que a indústria de aviação da Rússia está entre os setores mais afetados pelas sanções impostas como resultado da guerra de agressão de Putin na Ucrânia. Impedidos de serviços de manutenção e importação de peças sobressalentes de aeronaves para jatos fabricados no exterior, há uma preocupação real com a segurança dos viajantes, pois os aviões começarão a se deteriorar sem manutenção adequada. E se as primeiras semanas de 2023 forem alguma coisa, o ano pode ser uma jornada acidentada.

Em 10 de janeiro, um Airbus A320 da Rossiya Russian Airlines estava prestes a decolar do Aeroporto de Surgut (SGC), operando o voo SU6442 para São Petersburgo Pulkovo (LED). No entanto, a tripulação abortou a decolagem durante o estágio inicial devido a um mau funcionamento com o reverso do motor 1. A aeronave então taxiou por conta própria até o terminal.

Segundo informações do canal de aviação russo Telegram Авиаторщина, os passageiros embarcaram posteriormente em uma aeronave substituta, chegando a São Petersburgo com mais de oito horas de atraso. O jato, registrado como RA-73214 (anteriormente conhecido como VP-BWI) deixou Surgut em 11 de janeiro às 10h15, horário local, de acordo com dados do FlightRadar24.com.

Um dia antes, em 9 de janeiro, conforme relatado pelo The Moscow Times, o banheiro de um S7 Airlines Airbus A320neo indo do Aeroporto de Bratsk (BTK) para Moscou apresentou defeito. Como resultado, a tripulação foi forçada a pousar em Kazan após quatro horas no ar.


Embora não envolvendo aeronaves de fabricação estrangeira, o dia 9 de janeiro viu dois outros eventos dramáticos na aviação russa. A porta de carga de um Antonov An-26 abriu no meio do voo sobre o Extremo Oriente da Rússia, despressurizando a cabine e fazendo com que a bagagem dos passageiros voasse para fora do avião .

O incidente foi considerado resultado de uma falha no mecanismo de travamento da rampa de carga. Nenhuma das 31 pessoas a bordo ficou ferida e o avião voltou ao aeroporto de partida.

Durante o início da corrida de decolagem para um voo para Moscou no voo DP6512, uma aeronave da Pobeda sofreu à esquerda da pista direto para a neve. A tripulação decidiu abortar a decolagem. A aeronave derrapou parcialmente para fora da pista.

Os passageiros deste voo compartilharam nas redes sociais imagens da evacuação da aeronave presa na neve.



As coisas não terminaram tão bem para os passageiros de outra aeronave da era soviética. Um monomotor An-2 caiu no mesmo dia, também no Extremo Oriente da Rússia. Duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.

Em 6 de janeiro, uma aeronave da Azur Air com destino à Tailândia retornou ao aeroporto de partida em Novosibirsk após seis horas de viagem para a Tailândia devido a danos no para-brisa.

Na mesma data, um voo operado pela transportadora de baixo custo Red Wings de Kazan para Ekaterinburg teve que virar quando o trem de pouso não recolhia.

Enquanto isso, um dia antes, um voo Boeing 737 operado pela Utair teve que pousar na Sibéria Ocidental quando o ar condicionado a bordo quebrou.

Há pouco mais de uma semana, o presidente e CEO da Aeroflot, Sergey Alexandrovsky, afirmou que o Grupo tinha um suprimento de peças de reposição que duraria entre dois e seis meses , dependendo das peças em questão.

O incidente mais dramático do ano até agora pode ter sido a ameaça de bomba que forçou um avião da Azur Air a caminho de Moscou para Goa para fazer um pouso de emergência em Gujarat na noite de segunda-feira. No entanto, dificilmente podemos culpar o mau gosto de quem fez o trote por falta de manutenção ou peças.

Também houve alguns incidentes de aeronaves deslizando para fora da pista, mas isso provavelmente pode ser explicado pelas condições geladas do inverno.

Com informações de Simple Flying, Moscow Times, Telegram Channel Авиаторщина

Veja a lista atualizada de produção do Boeing B777X

Lista de produção atualizada do Boeing B777X com o status atual compilado pelo entusiasta da aviação Dominik.


Via FL360aero

Emirates coloca jogadores do Real Madrid na fuselagem de outro Airbus A380

A companhia árabe Emirates Airlines acabou de revelar sua nova pintura especial em de seus gigantes Airbus A380, que conta um time espanhol.


A empresa árabe é patrocinadora de um dos maiores times do mundo, o Real Madri, que irá jogar a Supercopa da Espanha na Arábia Saudita. E para levar o time para Riade foi escalado o Airbus A380-800 de matrícula A6-EVI.


A aeronave também foi preparada para o torneio e conta com 6 jogadores do clube espanhol estampados na fuselagem do gigante A380, além do escudo do time próximo do logo da companhia aérea.


O Real Madri enfrentará o Valência na próxima quarta-feira e, caso ganhe, vai para a final que será no dia 15, domingo, contra o vencedor do jogo Real Betis e Barcelona. Apesar de ser um torneio espanhol, a Supercopa tem sido realizada na Arábia Saudita com apoio do governo local.


O Airbus A380 opera regularmente para o Brasil na rota Dubai – São Paulo, sendo possível que esta aeronave com pintura “madridista” visite o país em breve.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

História: Muro de Berlim - A história secreta de como o Muro foi erguido pela Alemanha Oriental e a União Soviética

HISTÓRIAS DA GUERRA FRIA

As autoridades da Alemanha Oriental começaram a erguer de forma abrupta o muro de Berlim em 1961
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética dividiram a Alemanha em quatro zonas de ocupação. A área ao leste, conhecida como Alemanha Oriental, ficou sob influência da União Soviética - posteriormente chamada de República Democrática Alemã (RDA). A oeste, as áreas controladas por Estados Unidos, Reino Unido e França foram unificadas em 1948, na chamada Alemanha Ocidental - posteriormente, República Federal Alemã (RFA). Berlim, embora localizada na área soviética, também fora dividida em quatro zonas, sob a influência desses quatro países. Abaixo, Patrick Major, professor de História Moderna na Universidade de Reading, conta a história do Muro de Berlim, que separou Berlim Oriental, sob controle soviético, de Berlim Ocidental, do bloco capitalista.

A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, Berlim se tornou um espaço peculiar. Era uma cidade "ilha", dividida em quatro, dirigida pelos quatro ocupantes, cada um com seu próprio setor, mas localizada dentro da zona soviética e a mais de 160 quilômetros das áreas ocidentais dos Estados Unidos, Reino Unido e França.

Em represália pelas tentativas de formar o Estado da Alemanha Ocidental, separado em 1948, Josef Stálin (líder da União Soviética) havia explorado a posição exposta de Berlim Ocidental, cortando suas ligações terrestres com o oeste.

Mas Berlim Ocidental eventualmente se converteu em um espinho permanente para a Alemanha Oriental que a circundava. A CIA e o MI6 (agência de inteligência britânica) a utilizavam como base de espionagem avançada; sua economia atraía dezenas de milhares de viajantes da Alemanha Oriental.

Na noite de 13 de agosto de 1961, essa rachadura na Cortina de Ferro se fechou bruscamente e de forma dramática.

A partir de 1h, cordões humanos da polícia fronteiriça da Alemanha Oriental e milicianos desceram até o limite do setor soviético para enfrentar a polícia de Berlim Ocidental e as tropas americanas, britânicas e francesas.

Após a colocação de arame farpado, foi a vez de estruturas de concreto
Grandes depósitos de arame farpado, malhas metálicas e postes de concreto foram erigidos rapidamente dentro do setor leste, às vezes aproveitando postes de iluminação e trilhos de bondes para fazer barreiras improvisadas.

Quatro dias depois, sem reação ocidental, as autoridades da Alemanha Oriental começaram a construir uma estrutura mais permanente com blocos de cimento e lajes de concreto: o Muro de Berlim propriamente dito.

De um só golpe, a República Democrática da Alemanha (RDA) pôs fim a um êxodo humano, que estava em marcha desde 1945, e havia alcançado proporções epidêmicas no verão de 1961. Apelidado de Republikflucht, ou "fuga da República", um em cada seis alemães do leste se mudaram para o oeste, a maioria via Berlim.

Nem com cenouras


Desde 1958, as autoridades comunistas estavam alarmadas diante do número de médicos, professores e engenheiros que fugiam.

O muro, de súbito, separou pessoas que antes eram vizinhas
Apesar da política de cenoura e chicote (metáfora política que faz referência a um burro tratado na base da cenoura e do chicote, indicando uma política que oferece incentivos, por um lado, e punição, por outro), não conseguiam dissuadir os desertores enquanto a fronteira estava aberta, como era exigido pelo Estado quadripartido especial de Berlim.

Desde maio de 1960, a Stasi, a temida polícia secreta da Alemanha Oriental, havia sido recrutada, mas só conseguiu interceptar um de cada cinco pessoasque tentavam escapar para a Alemanha Ocidental. E concluiu: "Um fechamento total de Berlim Ocidental não é possível e, por isso, não se pode deixar o combate da Republikflucht apenas aos órgãos de segurança da RDA".

Era preciso, argumentavam, uma solução mais radical, que implicasse um isolamento físico de Berlim Ocidental, uma válvula de mão única que mantivesse os alemães orientais no leste, mas que não permitisse acesso do ocidente ao oriente.

Briga com Kennedy


Os alemães orientais haviam contemplado em privado essa ideia ao longo da década de 1950, mas haviam sido vetados pelo comando soviético em favor de uma solução diplomática.

Em julho de 1961, Nikita Khrushchev concordou com o pedido do representante da
Alemanha Oriental, Walter Ulbricht, para construir uma barreira física separando Berlim
Em maio de 1961, o líder da Alemanha Oriental, Walter Ulbricht, solicitou formalmente a Moscou que fechasse a fronteira.

Mas foi apenas depois do confronto entre o primeiro-ministro soviético, Nikita Khrushchev, com o novo presidente americano, John F. Kennedy, em junho, seguida por um intransigente discurso exibido na televisão feito por Kennedy, em finais de julho, que o líder soviético finalmente cedeu.

A decisão de construir um muro teve que ser levada a cabo em segredo absoluto, a fim de evitar uma grande fuga de pessoas.


Um anel de ferro


No dia seguinte do discurso de Kennedy, em 26 de julho, Khrushchev ordenou ao embaixador soviétivo que dissesse a Ulbricht que tinham que "usar a tensão nas relações internacionais para rodear Berlim com um anel de ferro".

"Isso deve ser feito antes de concluir um tratado de paz."

Por segurança, os britânicos colocaram do lado ocidental um arame farpado próximo da Porta de Brandemburgo
De fato, o líder soviético provocou um curto-circuito na crise diplomática que ele próprio desencadeara em novembro de 1958, ao emitir um ultimato às potências ocidentais para desalojar Berlim Ocidental ou aceitar um acordo de paz que os obrigaria a reconhecer o que consideravam um Estado fantoche soviético ilegítimo: a chamada "República Democrática Alemã".

A soberania da RDA havia dado aos alemães orientais o controle direto sobre as as estradas entre Berlim Ocidental e Alemanha Ocidental, assim como sobre os corredores aéreos.

A Alemanha Oriental efetivamente havia podido começar um segundo bloqueio de Berlim.

A discreta operação rosa


O discurso de Kennedy havia deixado claro que os Estados Unidos estavam dispostos a ir à guerra para defender Berlim Ocidental, mas não houve qualquer compromisso com uma Berlim Oriental aberta. Implicitamente, haviam dado passagem livre aos comunistas em seu setor.

O então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, havia deixado
clara sua disposição de ir à guerra para defender Berlim Ocidental
A partir de então, "a Operação Rosa" - o plano para cortar Berlim Ocidental - se desenvolveu rapidamente, sob o mais estrito segredo. Apenas cerca de 60 funcionários da RDA sabiam da operação.

O chefe de operações em terra era Erich Honecker, número dois do partido comunista da Alemanha Oriental, destinado a se converter em líder da RDA uma década mais tarde. Em 1961, era o secretário de segurança do Politburo, responsável pela segurança interna e militar.

O fechamento da fronteira seria levado a cabo a partir de um sábado à noite, até o domingo de manhã, para evitar possíveis paralisações nas fábricas. O partido tinha duras recordações das greves massivas de 17 de junho de 1953.

Para o 24 de julho, a área de segurança do partido havia calculado que o fechamento total requeriria 27 mil dias-homens de trabalho e quase 500 toneladas de arame farpado.

Anel de tanques


Os poucos escolhidos do Ministério do Interior se reuniram na escola de formação do Volkspolizei, nos arredores de Berlim, sob as ordens de Willi Seifert, comandante das tropas do interior e também ex-prisioneiro de Buchenwald - portanto, com grande experiência "de dentro" de instalações de segurança máxima.

Apenas alguns poucos funcionários da RDA, incluindo o futuro líder Erich Honecker,
conheciam os planos para construir o muro
Pouco a pouco, os materiais para a construção das cercas foram secretamente transportados para a capital, vindos de outras regiões fronteiriças e unidades policiais. Mas não se tratava apenas de uma ação policial.

Em finais de julho, o chefe do Estado-Maior das forças soviéticas, o tenente-geral Ariko, se reuniu com seu par na Alemanha Oriental, o major Riedel, para discutir a coordenação do "anel de ferro" dos tanques soviéticos e alemães orientais, que proporcionaria uma força de dissuasão a 1,6 quilômetro das unidades policiais.

O Exército começou o planejamento conspiratório em Schloß Wilkendorf, a nordeste de Berlim, onde o ministro da Defesa Heinz Hoffmann, Riedel e outros 11 oficiais traçaram os planos para um avanço no mais estrito silêncio de rádio, detalhando até a necessidade de amortecer o som dos tanques.

Ocidente despistado


Manter a operação em segredo também era importante já que havia muita especulação sobre o quanto o Ocidente sabia de antemão.

Soviéticos e alemães orientais implantaram um "anel de ferro" com tanques, em apoio às obras do muro
Os americanos tinham um superespião no Kremlin, Oleg Penkovsky, que em 9 de agosto soube da ação iminente, mas não pode transmitir a informação antes do evento.

Estimativas prévias de inteligência da CIA, no outono de 1957, por exemplo, haviam previsto o possível fechamento de fronteiras. O Comitê Conjunto de Inteligência Britânico chegou a conclusões similares em fevereiro de 1959.

Em 1961, no entanto, os analistas da CIA estavam mais preocupados com o que poderia ocorrer se os soviéticos tentassem repetir o bloqueio de 1948 para expulsar os aliados de Berlim ocidental, atacando as rotas de transporte.

Também houve relatos de acúmulo de arame farpado, mas isso não era algo novo. E, como a maioria das avaliações de inteligência, o problema era uma sobrecarga de informação. As missões militares dos aliados ocidentais, que poderiam contar com inteligência abertamente, não encontraram nenhuma evidência de ação iminente.

Como os americanos informaram em 2 de agosto: "Situação em grande medida igual à da semana passada".

Em 12 de agosto, os britânicos também descartaram soluções drásticas. "Os russos provavalmente estão mais preocupados com os riscos de distúrbios se a rota de escape for completamente cortada do que com o dano atual à RDA".

Uma opção pouco clara


A evidência que veio à luz na Alemanha Ocidental tampouco é conclusiva.

O chanceler da Alemanha Ocidental, Konrad Adenauer, havia sido advertido sobre a
importância que Berlim ocidental tinha para o regime comunista
O Bundesnachrichtendienst (BND), o serviço secreto da República Federal da Alemanha, tinha uma grande rede de informantes anticomunistas na RDA.

Essa rede coletava informação de inteligência militar. Seu chefe, Reinhard Gehlen, afirmou em suas memórias que o BND havia informado sobre a ação antes que ocorresse. Seu informe de julho de 1961 efetivamente indicava que o fechamento das fronteiras era considerado como uma possibilidade real e iminente.

Apesar desses indicadores aparentemente ameaçadores, houve informes contraditórios.

A inteligência interna da Alemanha Ocidental, Verfassungsschutz, disse ao chanceler, Konrad Adenaue, que, ainda que "a ilha de Berlim Ocidental tenha se convertido em uma questão de vida ou morte para o regime comunista", restrições de viagem mais contundentes seriam "intoleráveis para toda a população".

Portanto, parece provável que a comunidade de inteligência sabia que o fechamento de Berlim era uma opção que o Leste estava considerando e planificando ativamente, embora não estivesse segura acerca da data que isso poderia ocorrer.

O momento e lugar correto


"A lição estratégica e tática mais importante da exitosa ação de 13 de agosto", como foi registrado na Stasi, "é a importância de manter em segredo o momento no tempo, como um requisito prévio decisivo para mais golpes exitosos contra o inimigo, no momento correto e no lugar correto".

Antes de uma reunião dos principais líderes do bloco oriental, em 1 de agosto, Ulbricht falou com Jruschov por duas horas ao telefone, em uma conversa descoberta há poucos anos em Moscou.

Walter Ulbricht e Nikita Khrushchev fizeram um acordo em segredo para a construção do muro
Depois de algumas piadas sobre o estado da coletivização da RDA, Khrushchev repetiu seu chamado para colocar "um anel de ferro ao redor de Berlim". "Creio que nossas tropas deveriam colocar o anel, mas suas tropas deveriam controlá-lo."

Ulbricht estava claramente muito preocupado com um embargo econômico ocidental contra a RDA e grande parte de seus comentários se referiam à situação econômica da Alemanha Oriental. Finalmente, os dois terminaram falando de segurança.

Khrushchev: "Li informes originais dos serviços secretos ocidentais que estimam que as condições para uma revolta amadureceram na RDA. Eles estão usando seus próprios canais para evitar que as coisas cheguem a uma revolta porque isso não conseguirá nada. Estão dizendo: não podemos ajudar e os russos vão esmagar tudo com tanques. Portanto, estão pedindo às pessoas que esperem até que as condições sejam adequadas. Isso é realmente correto? Não estou seguro e estou baseando-me apenas nos informes ocidentais".

Ulbricht: "Temos informação de que, de forma lenta mas segura, recrutando desertores e organizando a resistência, o governo de Bonn está preparando as condições para uma revolta que terá lugar no outono de 1961. Vemos os métodos usados pelo inimigo: a igreja organiza a retirada dos agricultores de coletivos, ainda que com pouco êxito; há ações de sabotagem... Uma revolta não é realista, mas há ações possíveis que poderiam nos causar um grande dano internacional".

Inclusive nessa etapa, Ulbricht parecia estar vislumbrando medidas graduais que requeriam preparação política. "Realize-o quando quiser", respondeu o líder do Kremlin. "Podemos coordenar a qualquer momento."

Mas Khrushchev estava mais inclinado à conspiração do que seu homólogo da Alemanha Oriental: "Antes da introdução do novo regime fronteiriço você não deveria explicar nada, já que isso apenas aumentaria o movimento de refugiados e poderia conduzir a uma debandada. Te daremos uma, duas semanas para que possa se preparar economicamente".

Walter Ulbricht queria que a construção do muro ocorresse de forma muito rápida
Khrushchev logo pleiteou o Estado das quatro potências de Berlim: deveria a divisão rodear a Grande Berlim, em vez de apenas os setores ocidentais? No entanto, Ulbricht se manteve firme: a cerca passaria pelo centro da cidade: "Por cima de tudo, tem que ser rápido".

Khrushchev confiava que o Ocidente não reagiria de forma exagerada: "Quando implementarmos esses controles, todos estarão satisfeitos. Além disso, terão uma mostra do poder que você detém". Ulbricht: "Sim, então conseguiremos obter a estabilização".

Apesar da conversa, uma questão de guerra e paz requeria o respaldo político do Pacto de Varsóvia. Ainda que, quando chegou a data da reunião, entre 3 e 5 de agosto, a sorte já estivesse lançada.

Já no primeiro dia, no que provavelmente foi uma reunião privada com Khrushchev, o líder da RDA havia elaborado os elementos essenciais do que estava por vir, e para isso tinha uma data: 13 de agosto. "Nós brincamos entre nós, porque o Ocidente supõe que o 13 é um dia de azar", recordou Khrushchev mais tarde. "Brinquei que, para nós e para todo o campo socialista, seria um dia muito afortunado."

Ainda que o muro tenha sido construído para evitar que cidadãos da Alemanha Oriental
fugissem para o Ocidente, muitas pessoas seguiram tentando desertar
Em 12 de agosto, por volta das 16h, Ulbricht assinou a ação iminente e logo em seguida convocou os funcionários do governo e do partido para irem a sua residência rural, no lago Dölln, ao norte de Berlim, para dar um passeio e jantar.

Falando com o embaixador soviético, o líder do partido da Alemanha do Leste, em um raro episódio de humor, brincou dizendo: "Não os deixarei ir até que a operação termine".

Os líderes reunidos estavam um pouco desconcertados pela onda de piadas e interlúdios musicais, até que ao redor das 21h30 Ulbricht repentinamente os convocou para uma sessão de emergência do Conselho de Ministros para aprovar as medidas que estavam por vir.

Quando os convidados se separaram, por volta de meia noite, o caminho de volta para Berlim já estava cheio de tanques russos. A Operação Rosa havia começado. "Um muro não é muito agradável, mas é muito melhor que uma guerra", falou John F. Kennedy.

*Patrick Major, autor deste artigo, é professor de História Moderna na Universidade de Reading. Seus livros incluem "A sombra do muro: Histórias verdadeiras do passado dividido de Berlim" e "Atrás do muro de Berlim: Alemanha Oriental e as fronteiras do poder".

Via BBC

Vídeo: Documentário Obras Incríveis - Airbus A380, o Gigante do Céu


O maior avião de passageiros do mundo já está sendo construído e deverá entrar em operação em 2006. A aeronave pode pesar até 560 mil quilos e tem capacidade para transportar 850 passageiros em dois pavimentos inteiros. Se tornando o maior avião de passageiros comercial que o mundo já viu, tirando o rei Boeing 747-800 do trono.

Voos chegam a ser suspensos devido a falha no sistema NOTAM dos EUA. A retomada ocorreu agora à pouco

O sistema Notice To Air Missions (NOTAM) da Federal Aviation Administration ( FAA ) falhou pela primeira vez na história. O sistema, crítico para transmitir informações essenciais aos voos, está fora do ar desde a noite de ontem e está começando a afetar os serviços dentro e fora dos EUA.

A FAA notificou que o sistema estava inativo por meio de um comunicado do Centro de Comando do Sistema de Controle de Tráfego Aéreo (ATCSCC), informando que o sistema NOTAM dos EUA falhou em 2028Z (20:28 Zulu ou UTC). Disse que os técnicos estavam trabalhando para restaurar o sistema, mas que não havia tempo estimado para a resolução do problema.


Em uma atualização adicional, emitida às 10:58 UTC de hoje, a FAA confirmou que a interrupção continua, dizendo que: "A INTERRUPÇÃO DE NOTAMS CONTINUA SEM TEMPO ESTIMADO ATUAL DE RESTAURAÇÃO. UMA LINHA DIRETA FOI ATIVADA; O NÚMERO DE TELEFONE E PIN ESTÃO LISTADOS NO AVISO 015."

A FAA emitiu a confirmação de uma parada no solo em partidas domésticas até às 09h00, horário do leste. Em um tweet, o governo disse:

Em um tweet, a secretária de imprensa dos EUA, Karine Jean-Pierre, afirmou que o presidente está ciente da situação e que não há evidências de um ataque cibernético neste momento. No entanto, o Departamento de Transportes (DOT) iniciará uma investigação completa.

Alguns passageiros estão relatando atrasos em seus voos, com alguns dizendo que foram retidos por várias horas aguardando a resolução do problema do NOTAM.

A FAA publicou em seu site que uma parada no solo (pausa em todas as atividades de voo) pode ser possível no Houston Intercontinental, Minneapolis St Paul, San Francisco e Memphis International. Rumores online de um Ground Stop nacional estão circulando online, mas a FAA ainda não confirmou isso.


Aproximadamente às 11h40 UTC de hoje, a FAA emitiu uma atualização dizendo que estava chegando lá com uma correção. Ele disse que, embora todos os voos estejam sendo afetados, está recarregando o sistema. Isso dá esperança de que a operação normal seja retomada em breve.

Dados do FlightRadar24.com mostram que aproximadamente 20% dos voos saindo de Londres Heathrow estão atrasados ​​esta manhã. A maioria deles está indo para os EUA, com os passageiros também relatando que a tripulação está avisando que eles não podem decolar até receberem notícias da FAA. No momento, estima-se que os atrasos não ultrapassem 20 minutos, mas é provável que seja atualizado até que o problema do NOTAM seja resolvido.


Voos são retomados


As operações normais de tráfego aéreo estão “retomando gradualmente nos EUA” horas depois que uma falha no computador forçou a Administração Federal de Aviação (FAA)  a aterrar os voos. Em um post nas mídias sociais, a FAA anunciou que está fazendo progressos na restauração de seu sistema de Aviso para Missões Aéreas.

As partidas foram inicialmente retomadas no Aeroporto Internacional Newark Liberty e no Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson Atlanta devido à “concreção do tráfego aéreo nessas áreas”, afirmou a agência, seguida por outros aeroportos nos Estados Unidos.

Enquanto os voos estão sendo retomados, foi sugerido que os voos nos EUA não voltarão ao normal até quinta ou sexta-feira devido à interrupção que causa atrasos ou cancelamentos que afetam outros serviços.

A Casa Branca anunciou que “não havia evidências de um ataque cibernético neste momento”, mas disse que haveria uma investigação completa conduzida pelo Departamento de Transportes sobre as causas da interrupção.

O secretário de Transporte, Pete Buttigieg, afirmou que entrou em contato com a FAA em meio à interrupção, garantindo aos americanos que a agência “está trabalhando para resolver esse problema com rapidez e segurança, para que o tráfego aéreo possa retomar as operações normais”.

Apesar da interrupção, a FAA garantiu aos viajantes que todos os voos atualmente no céu estavam seguros para pousar, pois os pilotos teriam verificado o sistema NOTAM, usado para alertar os pilotos sobre possíveis perigos em sua rota, antes da partida.

De acordo com o site de rastreamento de voos FlightAware, 3.704 voos foram atrasados​​saindo ou entrando nos Estados Unidos a partir das 8h30 ET na quarta-feira. 642 voos foram cancelados.

O que exatamente é o sistema NOTAM?

O NOTAM é um aviso contendo informações importantes para as pessoas que trabalham em operações de voo. É usado para comunicações de última hora que são difíceis de divulgar por outros meios. Originalmente abreviado de 'Notice To Air Men', a FAA adotou uma definição mais neutra em termos de gênero de 'Notice To Air Missions' em 2021.

O sistema transmite informações sobre mudanças nas condições, como clima, atividade vulcânica, restrições de espaço aéreo e outros fatores, bem como eventos incomuns, como saltos de pára-quedas, lançamentos de foguetes e exercícios militares. Também alerta os pilotos sobre situações extraordinárias em aeroportos, incluindo formação de gelo, mau funcionamento de luzes e presença de bandos de pássaros.

(Imagem via FAA)
O sistema NOTAM é considerado essencial para operações de voo seguras. Embora existam meios de comunicação mais modernos disponíveis hoje, ele continua sendo o serviço de mensagens obrigatório para avisos de última hora para pilotos e agentes terrestres. Assim, qualquer atraso ocorrido devido à interrupção do software NOTAM é necessário para garantir um voo seguro, algo pelo qual todos podemos ser gratos.

Via Simple Flying e Aircargoweek (Postagem atualizada às 13h25)