domingo, 20 de janeiro de 2013

Distração pode estar na origem da queda de helicóptero em Londres

Investigadores trabalham no local em que o helicóptero caiu na zona central de Londres
Foto: Stefan Wermuth/Reuters

Piloto poderá ter-se distraído ao mudar frequência de rádio, o peão morto tinha ido mais cedo para o trabalho, o operador da grua sobreviveu por ter dormido até mais tarde e vários condutores foram salvos por um sinal vermelho. Coincidências que, segundo a imprensa britânica, rodeiam a queda, na quarta-feira, de um helicóptero em Londres.


Devido à neblina na hora do acidente, o piloto do helicóptero que bateu numa grua (foto acima) na zona central de Londres, na quarta-feira de manhã, poderia estar a tentar mudar a frequência do seu rádio para pedir autorização para uma aterragem não programada num heliporto próximo, disse ao Daily Mail um especialista em aviação.

James Healy-Pratt, advogado e experiente piloto, explicou ao jornal britânico: "Poderia ter levado 10 a 15 segundos para fazer a mudança de frequência de rádio, neste tempo o helicóptero poderia ter voado até meia milha (800 metros)".

Segundo a publicação, os investigadores deverão concentrar suas atenções no que ocorreu durante o tempo em que o piloto estava fora de contacto com os controladores de voo.


Com mais de 25 anos de experiência na aviação, Pete Barnes (foto acima), 50 anos, morreu ao colidir o helicóptero que pilotava numa grua. A aeronave caiu de uma altura de mais de 200 metros, e atingiu fatalmente Matthew Wood (foto abaixo), 39, que estava a caminho do trabalho.


Segundo a família de Wood, ele era um funcionário dedicado e sempre chegava antes do horário previsto ao trabalho, a poucos metros do local do desastre. Ele era de Sutton, no sul de Londres, solteiro e sem filhos. O seu irmão, Darren Wood, 35 anos, disse ao Daily Mail: "Ele adorava a família e saía muito com amigos".

Um dos operadores da grua não estava em seu posto no momento do acidente porque adormeceu e chegou atrasado ao trabalho. E revelou ao The Sun que alguns motoristas foram salvos graças ao sinal de trânsito: 

Assim que chegou ao local, Nicki Biagioni, viu os destroços da aeronave em chamas caindo. "Vi pelo menos oito ou nove carros parados no semáforo, a apenas 20 metros dos destroços. Se tivesse aberto o verde segundos antes, eles teriam ido parar no outro semáforo, sob o guindaste, e teriam sido esmagados, com certeza", revelou ao tabloide.

Os trabalhos para remoção dos destroços do guindaste prosseguem, segundo um porta-voz da Brookfield Multiplex, empreiteira responsável pela obra. Amanhã as partes danificadas da grua começarão a ser removidas e substituídas. A empresa espera concluir o processo até o meio da próxima semana.


O guindaste foi inspecionado (foto acima) pelo Conselho Executivo de Saúde e Segurança de Lambeth e não apresenta risco de cair, disse a companhia. Várias vias estarão fechadas por "vários dias" enquanto o trabalho é realizado, disse a companhia de transportes de Londres, 'Transports for London'.

Fontes: Leandro França, editado por Ricardo Simões Ferreira (DN Globo - Portugal) / Daily Mail

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