Umar Farouk Abdulmutallab (foto), que se declarou inocente em janeiro pela tentativa de explodir um voo no dia de Natal, disse que seus advogados não estavam servindo aos seus interesses e pediu ao juiz para ser seu próprio defensor.
"Se eu quiser me declarar culpado em algumas das acusações, como isso funcionaria?", perguntou Abdulmutallab à juíza Nancy Edmunds durante uma audiência de 15 minutos.
Nancy pediu a ele para não demitir seus advogados, mas concordou com o pedido de Abdulmutallab e irá indicar novos defensores que atuarão como consultores. Segundo ela, eles responderão a questões sobre sua defesa.
Abdulmutallab, de origem nigeriana, embarcou em um voo da Northwest Airlines que fazia a rota Amsterdã-Detroit e, perto do fim do trajeto, tentou acionar uma bomba que estava em sua cueca, afirmaram procuradores.
Ilustração mostra Umar Farouk Abdulmutallab, à direita, com sua advogada Miriam Siefer na corte federal em Detroit
Segundo eles, o dispositivo não detonou completamente e ele foi rendido por passageiros e tripulantes e o fogo foi controlado.
Ele foi acusado pela tentativa de usar uma bomba de destruição em massa, tentativa de assassinato e outros quatro crimes. Se condenado, poderá passar o resto da vida na prisão.
O nigeriano cooperou com investigadores norte-americanos por vários meses e disse a eles ter recebido o dispositivo e treinamento de militantes da Al Qaeda no Iêmen.
Um porta-voz do Departamento de Justiça, no entanto, negou-se a comentar se Abdulmutallab continuava cooperando com as autoridades norte-americanas.
O ataque frustrado levou ao governo dos Estados Unidos a reforçar a segurança em aeronaves norte-americanas.
Fonte: David Bailey e Jeremy Pelofsky (Reuters) via O Globo - Imagens: AFP / AP
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