Quem precisa reclamar do atendimento prestado pelas empresas pode recorrer às agências reguladoras, que foram criadas exatamente para atuar como fiscais do mercado. Mas quem controla o serviço delas?
Uma opção para quem precisa reclamar do atendimento prestado pelas empresas é recorrer às agências reguladoras. Elas foram criadas exatamente pra atuar como fiscais do mercado. Mas é aquela velha história: casa de ferreiro, espeto de pau. A reportagem é de Délis Ortiz.
Fátima diz que paga desde outubro por um serviço que não pediu à operadora de celular. Já reclamou várias vezes. Foi ao Procon e nesta terça-feira recorreu de novo à Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações. Depois de 12 minutos não resolveu o problema.
“Não adianta nada reclamar, nem para Anatel nem para operadora nenhuma”, lamenta.
A função das agências é regular e fiscalizar os serviços prestados pelas empresas. Mas as próprias agências não são reguladas por ninguém. Nem o decreto que exige rapidez e eficiência no atendimento ao consumidor vale para elas, que sequer dão exemplo.
O Jornal Nacional testou o atendimento de quatro agências. A Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, respondeu logo, mas pediu que a reclamação fosse feita pela internet. E por que não por telefone?
“Se a senhora quiser, a gente pode registrar”, disse a atendente por telefone.
Na Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, a espera foi de três minutos e meio. Com mensagens repetidas.
"Sua ligação é muito importante para a Agência Nacional de Energia Elétrica. No momento todos os nossos atendentes estão ocupados. Por favor, aguarde”, disse a gravação.
Na Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, foram quase 5 minutos de musiquinha e a ligação caiu. O Jornal Nacional tentou outra vez; mais musiquinha. Resultado: 5m20s até a atendente responder .
Com a Agência Nacional de Transportes Terrestres, o Jornal Nacional nem conseguiu falar. Linha ocupada a tarde toda.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil, apesar da autonomia, as agências têm que ser fiscalizadas.
“Hoje a fiscalização principal seria do Ministério Público e há previsão na constituição, artigo 49, de fiscalização pelo Congresso Nacional”, explica o conselheiro da OAB-DF Jacques Veloso de Melo.
A Aneel declarou que a média de espera no atendimento é de 15s, mas que, por causa das chuvas no país, e dos problemas com o fornecimento de energia, o volume de ligações aumentou muito - o que teria causado o atraso.
Segundo a Anatel, o atendimento leva em média 10s. Mas a agência declarou que, com as novas regras para as empresas, houve um aumento do número de ligações, o que pode ter causado uma certa demora.
A Anac informou que foi aberto um processo de licitação para contratar uma empresa de atendimento e reafirmou que a reclamação pode ser feita pela internet ou diretamente nos aeroportos.
Já a Antt reconheceu logo a demora constante e afirmou que o problema é devido ao número insuficiente de funcionários.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)
Uma opção para quem precisa reclamar do atendimento prestado pelas empresas é recorrer às agências reguladoras. Elas foram criadas exatamente pra atuar como fiscais do mercado. Mas é aquela velha história: casa de ferreiro, espeto de pau. A reportagem é de Délis Ortiz.
Fátima diz que paga desde outubro por um serviço que não pediu à operadora de celular. Já reclamou várias vezes. Foi ao Procon e nesta terça-feira recorreu de novo à Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações. Depois de 12 minutos não resolveu o problema.
“Não adianta nada reclamar, nem para Anatel nem para operadora nenhuma”, lamenta.
A função das agências é regular e fiscalizar os serviços prestados pelas empresas. Mas as próprias agências não são reguladas por ninguém. Nem o decreto que exige rapidez e eficiência no atendimento ao consumidor vale para elas, que sequer dão exemplo.
O Jornal Nacional testou o atendimento de quatro agências. A Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, respondeu logo, mas pediu que a reclamação fosse feita pela internet. E por que não por telefone?
“Se a senhora quiser, a gente pode registrar”, disse a atendente por telefone.
Na Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, a espera foi de três minutos e meio. Com mensagens repetidas.
"Sua ligação é muito importante para a Agência Nacional de Energia Elétrica. No momento todos os nossos atendentes estão ocupados. Por favor, aguarde”, disse a gravação.
Na Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, foram quase 5 minutos de musiquinha e a ligação caiu. O Jornal Nacional tentou outra vez; mais musiquinha. Resultado: 5m20s até a atendente responder .
Com a Agência Nacional de Transportes Terrestres, o Jornal Nacional nem conseguiu falar. Linha ocupada a tarde toda.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil, apesar da autonomia, as agências têm que ser fiscalizadas.
“Hoje a fiscalização principal seria do Ministério Público e há previsão na constituição, artigo 49, de fiscalização pelo Congresso Nacional”, explica o conselheiro da OAB-DF Jacques Veloso de Melo.
A Aneel declarou que a média de espera no atendimento é de 15s, mas que, por causa das chuvas no país, e dos problemas com o fornecimento de energia, o volume de ligações aumentou muito - o que teria causado o atraso.
Segundo a Anatel, o atendimento leva em média 10s. Mas a agência declarou que, com as novas regras para as empresas, houve um aumento do número de ligações, o que pode ter causado uma certa demora.
A Anac informou que foi aberto um processo de licitação para contratar uma empresa de atendimento e reafirmou que a reclamação pode ser feita pela internet ou diretamente nos aeroportos.
Já a Antt reconheceu logo a demora constante e afirmou que o problema é devido ao número insuficiente de funcionários.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)
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