quarta-feira, 2 de junho de 2010

O mundo gasta cada vez mais dinheiro em guerra

Forças Armadas dos EUA, França e China impulsionam despesas militares‎

As despesas militares mundiais continuaram a aumentar em 2009 para atingir um novo recorde, impulsionado pelos Estados Unidos, China e França, segundo um relatório anual publicado nesta quarta-feira pelo Instituto internacional de investigação para a paz de Estocolmo (Sipri).

Durante o último ano, o mundo gastou 1,5 trilhão de dólares no setor militar, um aumento de 5,9 por cento em relação a 2008 e de 49 por cento em relação a 2000, informou o Sipri.

Os Estados Unidos continuam a ser os primeiros em termos de despesas militares com 661 bilhões de dólares gastos em 2009, ou seja 43 por cento do total mundial, um aumento de 47 bilhões de dólares num ano que representam mais da metade (54 por cento) da progressão planetária, sublinhou o Sipri. A China acredita-se seja o segundo maior gastador do mundo em termos militares. O instituto disse - acrescentando que eles não tiveram acesso aos números oficiais de Pequim - estima-se que o país tenha gasto cerca de 100 bilhões de dólares no setor no ano passado.

A França gastou US$ 63,9 bilhões, o Reino Unido US$ 58,3 bilhões, a Rússia US$ 53,3 bilhões(estimativa) e o Japão US$ 51,8 bilhões.

Manutenção da paz

As operações "para manutenção da paz" no mundo, em especial no Afeganistão, aumentaram em termos de pessoal e custos em 2009, atingindo números recorde.

No total, 54 "operações de manutenção da paz" desenrolaram-se em todo o mundo durante o ano passado, com "um custo conhecido de 9,1 trilhões de dólares", um novo recorde, segundo o Sipri.

Embora alguns programas armamentistas em larga escala tenham sido cancelado, como por exemplo no último orçamento dos EUA, nomeadamente o do caça stealth F22, mais dinheiro foi destinado para outros projetos, incluindo veículos aéreos não tripulados (UAVs) e para a ciberguerra.

O governo britânico é provável que siga o exemplo na próxima revisão de sua estratégia de defesa, embora espera-se fazer cortes significativos no número de seus Lockheed Martin F35 Joint Strike Fighters da Royal Navy (foto), embora - observa o Sipri - os EUA tem realmente aumentado seu programa JSF.

Em termos de pessoal destacado, o ano de 2009 atingiu igualmente um recorde, com 219.278 pessoas (89 por cento de militares e 11 por cento de civis), um aumento de 16 por cento em relação a 2008, sublinhou o Instituto.

"Este aumento está relacionado com o esforço das tropas em locais de operações já existentes de manutenção da paz, em especial na Força Internacional de Assistência e Segurança (Isaf)", segundo o relatório.

Fontes: Agência Lusa via tvi24 (Portugal) / The Guardian / AFP - Edição: Jorge Tadeu - Foto: LM Otero/AP

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