Cerca de 95% dos vôos estão operando na pista principal. Segundo Infraero, podem pousar e decolar 562 aviões por dia.As novas normas para aumentar a segurança no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, está produzindo um efeito colateral, conforme constatou uma equipe de reportagem do Jornal Nacional.
A ação judicial de 19 de setembro, que limitou o número de passageiros e a carga de combustível dos aviões que operam no aeroporto, não alterou o número de vôos. Congonhas continua sobrecarregado, com filas para decolar, pousar e até estacionar no terminal.
Embora o número de passageiros tenha diminuído, os congestionamentos e atrasos na pista continuam. Desde setembro, por conta de restrições de segurança, Congonhas está operando na pista principal com o mesmo número de vôos.
Após o acidente com o avião da TAM, ocorrido em São Paulo no dia 17 de julho, o Ministério da Defesa mandou diminuir a chamada 'distância declarada' de pista de Congonhas. Com isso, os aviões só podem usar parte da pista, reservando o resto para uma emergência.
A pista principal , com 1.940 metros, só está autorizada a funcionar com 300 metros a menos. Na pista auxiliar, que tem 1.435 metros, os pilotos só podem usar 1.195 metros.
Para decolar ou pousar a decisão é do piloto. A escolha deve ser baseada no cálculo do peso e da potência do avião. Por conta disso, 95% dos vôos estão operando na pista principal.
Segundo a Infraero, desde 18 de julho, só podem ocorrer 33% de movimentos de aeronaves a cada hora. Isso significa que podem pousar e decolar 562 aviões por dia. A Infraero não tem, em princípio, uma explicação para a demora nas decolagens e pousos e diz que a cobrança de uma resposta deve ser feita à aeronáutica e às companhias aéreas.
A Varig e a Gol não se pronunciaram sobre o assunto. Já a TAM, informou que eventuais atrasos em vôos da ponte-aérea Rio-São Paulo podem ser reflexo do ajuste de malha implementado desde o último dia 1º para atender as alterações necessárias à operação no aeroporto de Congonhas.
Fonte: G1
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