Brasil, uma das poucas subsidiárias rentáveis da empresa alemã, apresenta nova direção e velhas metas, como assegurar a continuidade do bom desempenho local, com aumento de 75% na oferta de assentos em 18 meses
Brasileira, filha de alemães e recém chegada da Argentina, onde comandava a operação da companhia Lufthansa naquele país, no Chile, na Bolívia e no Paraguai, Annette Taueber tem agora novo desafio: manter o crescimento da empresa no Brasil. De 2011 para cá a Lufthansa aumentou em 75% a oferta de assentos para o país. Isso com a operação de aviões mais eficientes e abertura de novas frequências.
“A operação brasileira é uma das poucas rentáveis para a companhia. Temos uma taxa de ocupação de nossas aeronaves maior que a média mundial da Lufthansa. Por isso, o investimento maior da companhia no país”, disse Annette que ficou por cinco anos na Argentina e foi responsável pela abertura do voo direto entre Frankfurt e Buenos Aires.
Um dos investimentos que a executiva relaciona é voo diário do Rio para Frankfurt, que começa no dia 28 de setembro. Até hoje os aviões partiam do Galeão pela manhã. A partir de setembro sairão por volta de 21h. Com isso, a companhia vai aumentar em oito o número de voos no país. Vai passar de 20 para 28 semanais.
“Manter o avião no solo esperando o voo é um custo muito alto, mas a matriz identificou que com essa nova operação poderemos aumentar em 40% o volume de passageiros transportados nessa rota.”
Segundo ela, o brasileiro prefere voos pela noite e a rota partindo do Rio de Janeiro não se adequava ao padrão do passageiro. “Além disso, podemos atrair também mais clientes das classes premium que é um de nosso carro chefe no mundo.”
Pelos números da Lufthansa 55% do faturamento da companhia no ano passado foram com vendas de passagens. Em 2011, o receita atingiu 28 bilhões.
“O passageiro premium é muito importante para a companhia, tanto é que investimos de 2010 a 2011 ¤ 500 milhões em novas salas vips e na primeira classe dos nossos aviões. É um passageiros que quer exclusividade”, disse Annette.
E essa estratégia para atrair o passageiro exclusivo também está direcionada para o Brasil. Annette informou que a Lufthansa está reformulando a primeira classe do Boeing 747-400 que fará a rota São Paulo/Frankfurt. Segundo ela, no segundo andar do avião, haverá 8 assentos com uma cama e uma poltrona. Antes, esse avião tinha uma configuração para 16 lugares na primeira classe.
Annette disse também que deverá vir para o Brasil um dos Boeings 747-800 que estão sendo entregues à Lufthansa. “É um pedidos de 20 aviões desse tipo e já recebemos dois equipamentos que estão operando em rotas da Ásia e Estados Unidos. O Brasil é uma rota muito importante e deve receber em breve essa aeronave.”
A Lufthansa tem encomendados 168 aviões junto à Boeing, Airbus e Embraer. As entregas estão programadas para serem realizadas deste ano até 2018. “Temos atualmente uma frota de 698 aviões e para reduzir os custos temos que operar com jatos mais novos que consomem menos combustível. E é bom ressaltar que não fazemos leasing de aviões, a nossa frota é própria.”
Fonte: Ana Paula Machado - Brasil Econômico/iG - Foto: Reprodução
Nenhum comentário:
Postar um comentário