domingo, 31 de maio de 2009

Luxo em asas rotativas no céu de Brasília

Um sonho de consumo para quem tem bala na agulha, os helicópteros têm alto custo operacional e de manutenção

O helicóptero EC 145, da Eurocopter, tem capacidade para até 10 pessoas. As aeronaves utilizadas para transporte civil podem sair da fábrica com acentos em fibra de carbono e telefone via satélite

O helicóptero é complexo, caro e tem mesmo manutenção de alto custo. Segundo o comandante Raul Jardim, da J. Helicóptero de Brasília, ter um veículo deste porte realmente é para quem pode. “A recomendação para quem for adquirir um helicóptero é saber qual será a utilidade da compra e o capital disponível. Com base nesses critérios, é feita uma análise para saber qual modelo é o mais apropriado para o cliente”, afirma o expert na área.

Segundo ele, o helicóptero Robinson R44, evolução do R22, produzido pela fabricante norte-americana Robinson Helicopter Company, é um dos aparelhos ideais para trabalhar devido ao excelente custo benefício da máquina. Com capacidade para três ocupantes, a aeronave está avaliada em US$ 650 mil. “É importante lembrar que o custo operacional do R44 chega a ser de três a quatro vezes maior que o custo para manter um avião do mesmo porte”.

A máquina EC 130 B4 é famosa por seu excelente padrão estético e inovações tecnológicas como o duplo controle eletrônico do motor total

O helicóptero pode ser utilizado de quatro formas iferentes, para aviação executiva, táxi aéreo e serviço aéreo especializado. Em Brasília existem aproximadamente cinco helicópteros executivos, quatro de táxi aéreo e serviço aéreo especializado e os demais que sobrevoam a Capital Federal são de órgãos como Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros.

Lista de espera

Para quem deseja adquirir um helicóptero usado é necessário cuidado. O comandante Raul acentua que o ideal é realizar uma pré-compra. “Esse serviço pode ser realizado por meio de oficinas homologadas, que vão conferir o estado real do helicóptero e avaliar a competência e a situação operacional da máquina”, frisa.

O helicóptero EC 135 recebe quatro passageiros com conforto

Para quem busca uma aeronave nova, há representantes e montadoras no país. No entanto, o comprador não recebe a mercadoria imediatamente e passa por uma lista de espera que pode se estender de seis meses a dois anos. Os modelos mais conhecidos por aqui são o Robinson e o Esquilo. O custo operacional de um Robinson é relativamente baixo. Já o de um Esquilo B2, com maior potência é elevado. Uma aeronave EC 130 B4, que não tem uma grande qualidade de motor e eficiência, mas possui excelentes padrões de estética, para se ter ideia, hoje está avaliada US$ 46,2 milhões.

Manutenção onerosa

Os helicópteros têm limites de componentes que precisam ser respeitados, ou para a hora voada – a do Robinson R44, por exemplo, é de 2.200 horas –, ou doze anos. Após esse período é preciso remontar o helicóptero. “Troca-se tudo e só é aproveitada a estrutura da aeronave. É feito um overhall na máquina”, ressalta Raul Jardim.

Um kit para refazer uma aeronave da Robinson, por exemplo, custa aproximadamente US$ 180 mil. O comandante recomenda ainda que comprar um helicóptero para usar pouco não é conveniente. “Deixar a máquina parada é prejuízo certo”, destaca.

Além disso, é preciso fazer a inspeção anual de manutenção (IAM), em uma oficina especializada, onde é feita uma ficha, que, em seguida, é encaminhada para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Caso não seja realizada a manutenção, o helicóptero não terá autorização para decolagem e aterrissagem em aeroportos controlados.

Helipontos em Brasília:

Brasex 1 SDHB 15º51’16” S / 047º52’03” W

Number One SWNZ 15º47’19” S / 047º53’13” W SCN, CN1

SEP SWSW 15º46’45” S / 047º54’45” W

Telebrás I SWAS 15º48’20” S / 047º52’59” W

Fonte: Comunidade VIP

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