domingo, 11 de julho de 2010

15º aniversário do massacre de Srebrenica é lembrado na Bósnia

Ataque ocorrido em 1995 é considerado o maior crime na Europa desde a Segunda Guerra Mundial

Em Srebrenica se lembra neste domingo, 11, o 15º aniversário do massacre de milhares de homens muçulmanos, ocorrida após a conquista desse antigo enclave oriental muçulmano pelas tropas servo-bósnias do general Ratko Mladic.

Espera-se que cerca de 50 mil pessoas acudam ao ato, incluindo altos cargos bósnios e de países vizinhos, assim como representantes da Turquia, Bélgica e de instituições europeias, entre outros.

Os restos mortais de 775 vítimas identificadas do massacre serão sepultados no memorial de Potocari, nas imediações de Srebrenica, durante o ato de lembrança da tragédia, que alguns consideram o maior crime na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

É o maior enterro coletivo de vítimas do massacre, ocorrida em 11 de julho de 1995, quando as tropas servo-bósnias conquistaram o enclave de Srebrenica, então zona protegida por "capacetes azuis" holandeses da ONU, poucos meses antes do fim de uma guerra civil bósnia (1992-1995).

Até agora, foram sepultadas no cemitério de Potocari 3.749 vítimas, identificadas pelo DNA.

Quinze anos depois, o ex-comandante militar servo-bósnio, Ratko Mladic, um dos principais acusados do genocídio em Srebrenica pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (PII), continua foragido da Justiça.

Vítimas são enterradas em cerimônia que marca 15 anos do massacre de Srebrenica

Mais de sete mil homens e meninos muçulmanos foram mortos por tropas sérvias da Bósnia em julho de 95.

Centenas de vítimas do massacre de Srebrenica estão sendo enterradas neste domingo em uma cerimônia para marcar o aniversário de 15 anos da pior atrocidade na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Mais de sete mil homens e meninos muçulmanos da cidade foram mortos por forças sérvias da Bósnia aliadas ao então presidente sérvio Slobodan Milosevic em julho de 1995.

Os restos mortais de mais de 775 pessoas identificadas recentemente estão sendo enterrados no cemitério de Potocari, nos arredores da cidade, onde já estão quase quatro mil vítimas.

O presidente sérvio Boris Tadic participou da cerimônia, no que é considerado um gesto significativo.

Segregação

Durante a guerra na Bósnia, Srebrenica foi designada protetorado da ONU, cuja segurança era mantida por tropas holandesas.

Mas as forças sérvias da Bósnia passaram facilmente pelo Exército holandês.

A Corte Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, qualifica o massacre em Srebrenica como genocídio.

Muitos sérvios na região, no entanto, rejeitam a forma como o massacre é relatado, segundo o correspondente da BBC em Srebrenica, Mark Lowen.

"O povo sérvio é retratado na mídia como tendo cometido genocídio, mas não foi assim", disse à BBC Mladen Grujicic, que trabalha para uma associação local que ajuda famílias de vítimas sérvias da guerra.

"Nenhum sérvio contesta que houve um crime em Srebrenica, mas eles ficam insultados quando os números são manipulados", disse ele, adicionando que as vítimas sérvias foram esquecidas.

Apesar das tentativas de superar o passado, Srebrenica continua segregada 15 anos após a tragédia, segundo o correspondente da BBC.

Marcando o aniversário do massacre, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que foi um "crime que envergonhou a Europa", apelando para que os responsáveis sejam punidos.

Em março, o parlamento sérvio aprovou uma resolução pedindo desculpas pelo massacre, dizendo que o governo deveria ter feito mais para prevenir a tragédia.

Fontes: EFE / BBC Brasil via Estadão - Fotos: Agências

Paraquedistas saltam antes de avião cair em Paço do Lumiar, no Maranhão

Avião com paraquedistas cai ao tentar pouso de emergência.

Uma falha mecânica teria provocado o acidente. Ninguém ficou gravemente ferido.

O avião Cessna 182F Skylane, prefixo PT-BXQ (cn 18254677), caiu neste sábado (10) em Paço do Lumiar, município da ilha de São Luís. O avião saiu de um aeroporto particular levando um grupo de quatro paraquedistas que iam realizar um salto. Com dez minutos de voo a aeronave teve uma pane mecânica, a 2.500 metros de altura.

O piloto Benedito de Souza conseguiu retornar e tentou um pouso forçado. A aeronave caiu a 200 metros da cabeceira da pista de pouso e decolagem. Antes da queda, os paraquedistas saltaram. Segundo as primeiras informações, houve falha mecânica no motor da aeronave. Ninguém ficou gravemente ferido.

Neste domingo, peritos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) chegam de Belém para iniciar a perícia no avião que permanece no local do acidente.

Fonte: O Globo (com IMirante/TV Globo) - Fotos: Imirante

Aeroporto de Paris já tem a “caixa do sono”

Sleepbox, que poderia ser chamado de “caixa do descanso ou sono”, já é uma realidade no aeroporto de Paris, Charles de Gaulle.

Aeroporto de Paris - Charles de Gaulle

Como o nome indica, trata-se de uma caixa de 2m x 1,40m x 2,30m para ter momentos de sono tranquilo e descanso numa cidade, sem perda de tempo à procura de hotel.

Idealizada para estações de trem, aeroportos, locais públicos, e outros locais onde haja aglomerações de gente exausta, o equipamento pode ser utilizado por qualquer pessoa que deseje passar a noite em segurança e de forma barata, em emergência, num espaço que tem cama e está equipado com sistema de mudança automática de lençóis, ventilação, alerta sonoro, televisão LCD incorporada, WiFi, plataforma para um computador portátil e fones recarregáveis. Há um espaço para as malas.

O pagamento é feito em terminais, que dão ao cliente a chave (eletrônica) desde 15 minutos até várias horas.



Veja mais dois exemplos de aeroportos que tem a "caixa do sono":

Aeroporto Internacional de Bangkok

Aeroporto Internacional da Capital Pequim

Fotos: Divulgação

Ameaça de bomba em voo Rio-Paris foi alarme falso, diz Air France

Avião fez pouso não programado em Recife; voo já foi remarcado.

PF ainda analisa aeronave e, por isso, Infraero não descartou a suspeita.




A Air France informou neste domingo (11), por meio de sua assessoria de imprensa, que a ameaça de bomba no voo Rio-Paris, que fez um pouso não programado no Recife (PE) por conta da suspeita, foi alarme falso.

A Infraero, responsável pelos aeroportos brasileiros, disse, porém, que a Polícia Federal ainda não terminou a inspeção das bagagens e da aeronave, o que deve ocorrer somente por volta das 14h. Portanto, disse a assessoria da Infraero, ainda não é possível descartar a suspeita.

A Air France remarcou o voo , de número 443, que sairá da capital pernambucana às 20h10 deste domingo. A previsão é de que chegue a Paris às 9h50, no horário local.

Apesar de descartada a suspeita de bomba pela empresa, o voo só sairá somente à noite porque a tripulação que estava no voo ultrapassou a carga horária permitida pela regulamentação. De acordo com a empresa, eles estão descansando e darão continuidade ao voo.

A aeronave, que saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris com 405 passageiros e 18 tripulantes, pousou na capital pernambucana devido a uma suspeita de bomba às 19h53 desábado.

Às 5h30 de domingo, de acordo com a Infraero, 60% das bagagens já haviam passado pela inspeção minuciosa dos policiais federais. Duas horas antes foi divulgado que não foi encontrado nenhum artefato dentro da aeronave – além da cabine de passageiros, houve uma varredura no compartimento de bagagens e na fuselagem do avião.

No começo da manhã, alguns passageiros ainda se encontravam no aeroporto, mas grande parte já havia sido encaminhada a hotéis do Recife e cidades vizinhas, enquanto não há confirmação sobre a continuidade do voo.

Programa de segurança

Em nota oficial divulgada em conjunto no final da noite, Infraero, o II Comando Aéreo Regional, da Aeronáutica, e Polícia Federal afirmaram que foi "acionado o Programa de Segurança do Aeroporto e ativado o Centro de Operações de Emergência" para gerenciar a situação, com o "posicionamento da aeronave em área remota, desembarque imediato de todos os passageiros e reinspeção de todos os passageiros e bagagens de mão". O aeroporto chegou a ficar fechado por 30 minutos.

À 1h, enquanto policiais federais ainda vistoriavam a aeronave com a ajuda de cães farejadores, os passageiros passavam novamente as bagagens de mão por aparelhos de raio X e eram entrevistados, um a um, por policiais.

À 1h30, a Infraero informou que os passageiros seriam levados a hotéis. Como a Air France não tem escritório no Recife, duas companhias trabalharam para acomodá-los.

Fonte: G1 (com Globo News)

'Só soubemos da suspeita de bomba quando pousamos', diz passageiro

Passageiros de voo com suspeita de bomba passam por nova inspeção

Enquanto avião é vistoriado, passageiros são entrevistados por policiais


O Boeing da Air France estacionado próximo do que restou de alguns aviões da Vasp no Aeroporto do Recife. Em primeiro plano, o Boeing 727-264/Adv(F), prefixo PP-SFC, que era destinado ao transporte de carga pela extinta Vaspex
(leia também: Aviões abandonados nos aeroportos brasileiros)


Um passageiro do voo 443 do Rio de Janeiro para Paris, que preferiu não se identificar, disse que ele e os outros passageiros só ficaram sabendo que havia a suspeita da existência de uma bomba no avião após o pouso em Recife, por volta das 20h. "Só soubemos da suspeita de bomba quando pousamos", afirmou. Havia 405 passageiros e 18 tripulantes a bordo.

O passageiro disse ao G1 que o comandante avisou que o avião teria de retornar. Isso ocorreu cerca de duas horas após a saída do Rio de Janeiro. “No voo, ele só disse que teria de retornar”, afirmou.

Segundo o passageiro, só após cerca de uma hora de espera no aeroporto foi que os passageiros souberam que havia uma suspeita de bomba no avião. “Disseram que tinham recebido um aviso da base de Paris”, afirmou o passageiro.

Por volta das 23h, o passageiro disse que estava na fila para reembarcar no mesmo avião. “Disseram que não encontraram nada”, afirmou.

Passageiros do voo 443 da Air France passam por uma nova inspeção de bagagens e entrevistas com policiais federais

À 1h deste domingo (11), enquanto policiais federais ainda vistoriavam a aeronave com a ajuda de cães farejadores, os passageiros passavam novamente as bagagens de mão por aparelhos de raio X e eram entrevistados, um a um, por policiais.

"A Polícia Federal está carimbando novamente nossas fichas de embarque e conferindo os passaportes. As bagagens de mão foram todas vistoriadas. Está tudo ocorrendo tranquilamente, mas não recebemos muitas informações. Não sabemos que horas vamos poder embarcar novamente", disse ao G1 um passageiro do voo 443, que preferiu não se identificar.

Segundo informações preliminares no aeroporto, é possível que os passageiros embarquem novamente no avião e decolem para Paris sem suas bagagens despachadas.

Fonte: G1 (com informações da Globo News) - Foto: Agência Estado

Mais sobre a suspeita de bomba no voo 443 da Air France

Polícia Federal faz vistoria no compartimento de bagagens.




Em nota oficial divulgada em conjunto, Infraero, o II Comando Aéreo Regional, da Aeronáutica, e Polícia Federal afirmaram que foi "acionado o Programa de Segurança do Aeroporto e ativado o Centro de Operações de Emergência" para gerenciar a situação, com o "posicionamento da aeronave em área remota, desembarque imediato de todos os passageiros e reinspeção de todos os passageiros e bagagens de mão". Segundo a nota, o avião pousou no aeroporto às 19h53.

Após uma vistoria na cabine de passageiros no final da noite, a Polícia Federal começa a madrugada de domingo (11) inspecionando o compartimento de carga. Todas as bagagens foram retiradas do avião.

A Air France informa que a aterrissagem aconteceu em segurança e que não recebeu ainda previsão sobre a liberação da aeronave pela Aeronáutica.

Passageiros do Boeing foram retirados para procedimentos de segurança

Se necessário, diz a assessoria da Air France, os passageiros devem receber hospedagem e auxílio da companhia, conforme previsto pela regulamentação do setor.

"Nesse momento a gente está aguardando os procedimentos de segurança", disse uma passageira ouvida pela Globonews. "A gente vai começar a fazer raio x para poder embarcar ainda hoje", contou a passageira. Segundo ela, foi informado que sete horas é o tempo limite que uma mesma tripulação pode esperar para levantar voo em casos como este. Passado, tem de ser substituída por uma equipe descansada.

A passageira contou que todos que estavam a bordo tiveram de descer para passar por revista. "As pessoas ficaram nervosas porque a gente não sabia o que estava acontecendo", relatou.

Fontes: G1 / Globo News - Foto: Reprodução/TV Globo

sábado, 10 de julho de 2010

Avião faz pouso forçado no sul de Minas e fere um ocupante

Um avião monomotor fez um pouso forçado por volta das 15h30 da tarde deste sábado (10) no distrito de Monte Verde, em Camanducaia, no Sul de Minas Gerais. Na aeronave estava um piloto, que é instrutor, e um aluno. O avião é do Aeroclube de Bragança Paulista e estava em Monte Verde para um voo de instrução.

O piloto do avião Neiva P-56C 'Paulistinha', prefixo PT-BOM (cn 1132), fez um pouso no distrito de Monte Verde, logo após a decolagem para o voo de retorno a Bragança Paulista, no interior de São Paulo.

O piloto percebeu que havia uma pane na aeronave. Ele afirmou que pensou em pousar na avenida principal da cidade, mas desistiu por conta do grande movimento. Então, optou por um desvio e fez um pouso forçado em um terreno baldio próximo ao portal de entrada do distrito de Monte Verde. No pouso forçado o avião pilonou ('capotou') e uma das asas foi arremessada a mais de cem metros de distância. Apenas o aluno teve ferimentos leves no braço ao tentar sair do avião.

Durante a descida, o avião atingiu e estourou um cabo de fibra ótica, deixando o distrito sem acesso a telefonia celular e internet. O diretor de turismo de Monte Verde informou que o local está com 110% de ocupação, isso porque sexta feira foi feriado no estado de São Paulo.

Segundo a empresa Bragantina, responsável pelo fornecimento de energia elétrica no distrito de Monte Verde, um bairro inteiro ficou sem luz. Técnicos dirigiram-se para o local a fim de reestabelecer os serviços interrompidos. A assessoria de imprensa da Oi, empresa responsável pelas linhas telefônicas fixas na região, informou que uma se deslocou para fazer a reparação do problema.

Fontes: VNews (com EPTV) / GloboMinas via Fórum Contato Radar - Fotos: Reprodução/EPTV

Foto do Dia

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O Boeing 747-428, prefixo F-GITH, da Air France, o mesmo que fez um desvio de rota para Recife neste sábado (10), após ameaça de bomba, fotografado em 7 de março de 2010, pronto para aterrissar no Aeroporto Internacional de Miami (MIA/KMIA), na Flórida, nos EUA.

Foto: Ramon Berk - BerkAviation
(Airliners.net)

Ameaça de bomba faz avião da Air France que saiu do Rio para Paris pousar no Recife

Aeroporto foi fechado para pousos e decolagens durante trinta minutos e todos já foram retirados da aeronave - 405 passageiros e 18 tripulantes

O voo 443 da companhia aérea Air France foi obrigado a pousar no Aeroporto Internacional dos Guararapes às 19h55 da noite deste sábado (10).

Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, o pouso foi motivado por uma suspeita de bomba no avião. A Polícia Federal ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

O Boeing 747-428, prefixo F-GITH, havia saído do Rio de Janeiro com destino ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, às 16:20 hs.

Diante da suspeita de bomba, segundo a Infraero, são adotadas as medidas previstas no Plano Nacional de Segurança da aviação civil. O aeroporto foi fechado para pousos e decolagens e todos os que estavam no avião foram retirados na aeronave - 405 passageiros e 18 tripulantes. Equipes dos Bombeiros cercaram o local e a Polícia Federal acionou o esquadrão antibombas para investigações. O avião ficou parado na cabeceira da pista, no sentido do litoral.

Vários outros aviões já estavam com os passageiros a bordo quando a direção do aeroporto tomou a decisão de paralisar as operações. Ambulâncias e caminhões do Corpo de Bombeiro foram deslocados ao local, mas a medida, em princípio, é preventiva, já que não há notícia de feridos. Não houve explosão, segundo a Polícia Federal.

A ação assustou passageiros que se preparavam para viajar. "Pouco antes de decolar, o comandante avisou que não seria possível seguir viagem, porque um avião da Air France ia pousar com suspeita de bomba", disse o securitário Antônio Barbosa, de 55 anos, que ia embarcar para Salvador em um voo da Avianca. Depois de mais de 30 minutos de espera, os passageiros ficaram nervosos e pediram para descer da aeronave. Eles foram levados de volta à sala de embarque.

Segundo a companhia aérea, a informação de que haveria uma bomba na aeronave, um Boeing 747, chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, que avisou os pilotos. Eles então solicitaram o pouso não programado no Recife. A Air France informa que a aterrissagem aconteceu em segurança e que não recebeu ainda previsão sobre a liberação da aeronave pela Aeronáutica.

Se necessário, diz a assessoria da Air France, os passageiros devem receber hospedagem e auxílio da companhia, conforme previsto pela regulamentação do setor.

O aeroporto ficou fechado por 30 minutos, mas com a situação controlada, os voos foram retomados e o aeroporto voltou a funcionar por volta das 20h30.



Fontes: Diário de Pernambuco / pe360graus.com / G1 / Globo News via Blog Notícias sobre Aviação - Imagens: Reprodução/TV Globo - Atualizado com a correção dos dados da aeronave (agradecimento ao Bertoli e Junio Gracielo, do Fórum Contato Radar)

Postos da Anac não funcionam nos horários de pico em São Paulo

A maior parte dos voos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, decola a partir do início da noite. Na última quarta-feira, por exemplo, foram 46 voos (nacionais e internacionais) entre 22h e meia-noite, horário de pico. Mas o escritório local da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) funciona apenas até as 22h. Em Congonhas, o aeroporto mais movimentado do país, a situação não é melhor. O posto fica aberto só até as 20h (enquanto os voos vão até as 23h) e, segundo informações de funcionários do próprio posto, o local deve ser fechado ainda este mês.

Na quarta-feira, a reportagem do 'Globo' não encontrou fiscais da Anac em nenhum dos dois aeroportos. Uma funcionária da agência em Guarulhos disse que eles não trabalham todos os dias e que estavam de folga naquela quarta. A economista Bruna Lourenço, de 22 anos, chegou ao posto da Anac em Cumbica pouco depois das 21h30m. Ela, os pais e as duas irmãs tentaram registrar uma reclamação contra a TAM, que vendeu passagens a mais para o voo 8006, que partiria às 22h45m com destino a Buenos Aires, na Argentina.

- Chegamos pouco depois das 21h no aeroporto e fomos informados que o voo estava completo. Venderam passagens a mais e nós ficamos de fora. Fui até a Anac, que por pouco estaria fechada, e tive a informação de que a reclamação teria de ser feita pela internet ou pelo 0800 - disse Bruna.

Voo lota e família só é avisada na hora do check-in

Como não havia mais voos nesse horário em outras companhias para Buenos Aires, a TAM ofereceu acomodação em um hotel próximo ao aeroporto até a manhã de quinta, quando partiria o próximo voo para Buenos Aires, às 6h45m.

- Isso é uma falta de respeito ao consumidor. A empresa não deveria vender mais passagens do que poderia. Agora não quero mais viajar - disse Paulo Antônio Lourenço, de 56 anos, pai de Bruna.

Quatro das cinco passagens foram adquiridas pelo sistema de milhagem. Os bilhetes foram comprados pela internet. A família Lourenço programava passar quatro dias em Buenos Aires e a viagem foi marcada há dois meses. Lourenço reclamou de ter sido informado pela TAM sobre a lotação na hora do check-in.

- Foi uma ducha de água fria. A intenção era aproveitar o fim de semana de feriado para conhecer a Argentina. Ofereceram acomodação em São Paulo, mas não falaram nada sobre os custos que vou ter por chegar mais tarde do que o previsto em Buenos Aires - disse o bancário.

Uma funcionária da TAM explicou que não há como garantir reembolso de despesas fora de São Paulo. Ela disse que a companhia ofereceu tudo o que podia para o passageiro, "que negou todas as possibilidades de acomodação no dia seguinte em um outro voo".

- Oferecemos um táxi para a família voltar para casa ou a estadia em um hotel, com direito a jantar e café da manhã - disse a funcionária, que se identificou apenas como Marina.

Poucos dias antes de a medida da Anac entrar em vigor, o administrador Carlos Rudinei Laurindo, de 46 anos, teve problema quando voltava de São Paulo para Florianópolis com a mulher em um voo da Gol. Segundo ele, como o tempo estava muito fechado em Florianópolis, por causa da chuva, a aeronave acabou pousando em Curitiba, Paraná.

- O resto da viagem teria de ser feita de ônibus. Eu não aceitei com medo de descer a serra naquele chuva. Acabou que todo mundo foi de avião mesmo, mas a viagem não pôde ser concluída e tivemos que voltar para Curitiba - disse o administrador. - Fiquei nervoso e fui acusado de agredir verbalmente uma aeromoça, mas eu só estava querendo uma explicação. Quando pousamos em Curitiba novamente recebi voz de prisão e fui parar na Polícia Federal.

Passageiro aluga carro para finalizar viagem

Carlos Laurindo pediu desculpas e acabou se acertando com os funcionários da TAM, mas teve de arcar com as despesas de acomodação em um hotel e o aluguel de um carro para seguir no dia seguinte com a mulher para Florianópolis.

- Até hoje ninguém da Gol ligou perguntando como fiz o resto da viagem - disse ele, que entrou com um processo contra a empresa.

A Gol informou que não se pronuncia sobre ações em andamento.

Fonte: Wagner Gomes (O Globo)

A aurora vista do espaço

Entre os pontos de vista da Terra oferecidos aos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), uma das mais espectaculares é a aurora.

Esta linda vista está sempre mudando de cores e os pontos mais visíveis estão nos pólos. Eles são chamados de 'aurora boreal' no hemisfério norte e 'aurora austral', quando visito ao sul do Equador. A aurora se acende quando partículas carregadas que fluem do sol interagem com o campo magnético da Terra. O vento solar é composto por íons.

Enquanto aurora geralmente é visível apenas perto dos pólos, as graves tempestades magnéticas impactando o campo magnético da Terra podem transferi-los para o sul, em direção a latitudes medianas altamente povoadas.

A impressionante imagem da aurora vista acima foi tomada durante uma tempestade geomagnética, provavelmente causada por uma ejeção de massa coronal do Sol em 24 de maio de 2010.

A ISS estava localizada sobre o sul do Oceano Índico, a uma altitude de 220 milhas em 29 de maio, quando a imagem foi capturada em uma câmera digital. O astronauta-observador que tirou a foto estava provavelmente olhando para o sul da Antártida e para o Pólo Sul.

A aurora tem uma forma sinuosa com arcos separados em locais discretos, como os vistos próximo ao canto inferior direito da imagem.

Embora a coloração dominante da aurora seja verde, há uma fraca coloração vermelha no centro da imagem. Uma densa cobertura de nuvens fica quase impercepitível abaixo da área iluminada pela aurora.

A curvatura do horizonte da Terra, é claramente visível, mostrando a tênue linha azul superior da atmosfera, mais perceptível na versão ampliada da foto (clique sobre a imagem para ampliá-la). Várias estrelas aparecem como pontas brilhantes contra a escuridão do espaço na parte superior direita da imagem .

Veja a versão integral deste texto (em inglês) e mais imagens, no site da NASA, AQUI.

Um avião constitucionalista no fundo do mar

Em 1932, o Kavuré-Y desapareceu nas águas da praia de Pitangueiras

Esta notícia foi publicada no jornal santista A Tribuna, em 30 de setembro de 1984, em sua seção 'Baixada & Litoral'

Gilmar, em frente ao local onde Ribeiro e Bittencourt foram abatidos

Mergulhador procura avião abatido em 32

GUARUJÁ

O mar, na Praia de Pitangueiras, esconde, há 52 anos, um avião de guerra e os restos de dois corpos, relíquias até hoje intocadas da Revolução Constitucionalista de 1932. Resgatar os destroços do aparelho e, quem sabe, os despojos de seus dois ocupantes, é a tarefa a que está se propondo o mergulhador Gilmar Domingos de Oliveira, um químico industrial, de 29 anos, residente no centro de Guarujá, autodidata em História e incansável pesquisador do movimento constitucionalista.

Gilmar pertence à Santos Sub, uma entidade criada em Santos, para o aprendizado e desenvolvimento de atividades subaquáticas, que o está apoiando em suas pesquisas sobre a batalha naval ocorrida no dia 24 de setembro de 1932, na orla de Pitangueiras. Nela, o avião de combate dos revolucionários, Kavuré-Y, caiu ao mar, após um ataque ao cruzador Rio Grande do Sul, um dos navios da Marinha que bloqueavam o Porto de Santos. No acidente desapareceu José Ângelo Gomes Ribeiro, considerado o ás da aviação constitucionalista, e seu companheiro Mário Machado Bittencourt.

Os corpos dos dois pilotos desapareceram com o avião, acreditando-se que ainda estejam entre os destroços do aparelho. Segundo cartas marítimas obtidas por Gilmar em suas pesquisas, e relatos históricos de ex-revolucionários, alguns deles tripulantes do cruzador Rio Grande do Sul, o Kavuré-Y, avião do tipo Curtiss Falcom, de fabricação americana, considerado moderno para a época, está afundado perto da Ilha da Moela, a uma profundidade entre 14 e 15 metros.

Gilmar acredita que os destroços não foram destruídos pela ação das águas, pois a aeronave tinha sua estrutura principal feita de duralumínio.

Não se sabe, até hoje, se o Kavuré-Y foi abatido a tiros pela bateria anti-aérea do cruzador, ou sofreu uma pane. As duas versões divulgadas na época interessavam aos dois lados em conflito.

As forças federais, defensoras do Governo Federal, de Getúlio Vargas, reforçaram a tese de que o ás do Grupo Misto de Aviação do Estado de São Paulo - como era denominada a aviação rebelde - José Ângelo Gomes Ribeiro, foi abatido. Os revolucionários, por sua vez, respaldados em depoimentos de técnicos da época, afirmavam que o Kavuré-Y teve problemas em uma das válvulas injetoras de combustível, o que já era previsível, diante do grande número de missões em que aquele aparelho participou, sem a devida manutenção, devido às dificuldades com que operavam as tropas constitucionalistas.

Uma luva

Para o mergulhador Gilmar Domingos de Oliveira, porém, não interessa como o Kavuré-Y caiu. O mais importante, no momento, é saber exatamente onde. Após a queda, alguns destroços vieram ter à praia e compunham, segundo os relatos, a parte menos consistente. Dos dois tripulantes, o único sinal foi uma luva, encontrada na Praia de Pitangueiras, logo após o combate, por um morador das imediações, Atílio Gelsomini.

Durante 25 anos, Atílio guardou o objeto consigo. No dia 15 de setembro de 1957, a Sociedade Veteranos de 1932, em comemoração a seu jubileu de prata, inaugurou, em Pitangueiras, um monumento aos dois aviadores desaparecidos, tendo comparecido ao ato o jovem tenente-aviador Carlos Roberto Gomes Ribeiro, filho de José Ângelo Gomes Ribeiro. Em meio à solenidade, Atílio aproximou-se do jovem e lhe entregou a luva, que foi imediatamente reconhecida por familiares e antigos combatentes, presentes ao ato, como pertencente ao ás da Aviação Constitucionalista.

Em 1957, o filho de Ribeiro recebeu as luvas que pertenceram a seu pai

O tenente José Ângelo Gomes Ribeiro era filho do general Gomes Ribeiro, paradoxalmente na época comandante da 1ª Região Militar, no Rio de Janeiro. José Ângelo, considerado um dos mais brilhantes oficiais do Exército, logo aderiu à Revolução Constitucionalista, tornando-se piloto e instrutor da aviação revolucionária, tendo se destacado pela ousadia com que participava das missões de combate. Isso o tornou conhecido e temido entre as tropas federais. Quando morreu, no episódio de Pitangueiras, tinha 31 anos, era casado e seu filho contava com seis meses de vida.

Seu companheiro inseparável de batalhas era o advogado Mário Machado Bittencourt, que, antes da revolução, dedicava-se à aviação por esporte. Foi comissionado, na Revolução, no posto de segundo tenente e, depois, por bravura, promovido a primeiro tenente.

A Batalha

Três aviões participaram da missão em Pitangueiras, a qual tinha por principal objetivo eliminar o bloqueio do Porto de Santos, pelo cruzador Rio Grande do Sul, de 3,5 toneladas, fundeado atrás do Farol da Moela, e mais 3 destróieres e um destacamento da aviação naval, composto de dois aerobotes e três hidroaviões.

A missão visava a liberar o porto, para que fosse possível a entrada de munições, armas e demais equipamentos para os constitucionalistas. O objetivo principal era o cruzador e contra ele se precipitaram os três aviões rebeldes.

A cena da batalha foi narrada, em recente depoimento do hoje capitão-de-mar-e-guerra Francisco Amaro, de 77 anos e que, na ocasião, era cabo sinaleiro do cruzador Rio Grande do Sul.

Segundo afirmou, a Marinha já havia sido avisada do risco representado pela aviação rebelde e, por isso, já tinha até sido providenciada a instalação de duas metralhadoras no cruzador, tiradas do submarino Humaitá.

Francisco Amaro recorda que os três aviões surgiram de repente, interrompendo o momento de descanso da tripulação. "Corri a avisar o oficial de dia, o tenente Pitanga, encarregado da artilharia. Soou o alarme, as escadarias se entupiram de homens, buscando proteção nas defesas de aço. Numa fração de segundos os aviões já estavam sobre nós. O primeiro avião precipitava-se em pique vertiginoso. Nesse ínterim, o marinheiro de primeira classe, de nome Rayol, podia ser visto disparando furiosamente as Hotchkiss antiaéreas; o crepitar das metralhadoras confundiu-se com a explosão violenta da bomba sobre nós lançada e que caiu bem próxima do costado. Dois marinheiros foram feridos, com certa gravidade, pelos estilhaços que se espalharam pelo convés".

Nesse mesmo instante, segundo Francisco Amaro, a tripulação começou a exultar. "O mesmo avião que se atrevera a atacar-nos primeiro, descia, repetindo o mesmo pique, mas agora envolto em chamas e, num mergulho incrível, desapareceu nas águas, no mesmo ponto em que explodira a bomba. Quando aos outros aviões, aparentemente temerosos de sorte idêntica, lançaram suas bombas ao mar e desapareceram em direção ao Guarujá".

Para o pesquisador e mergulhador Gilmar Domingos de Oliveira, o resgate do Kavuré-Y é da maior importância no que diz respeito ao estabelecimento da verdade histórica que envolveu a Revolução Constitucionalista de 1932.

"Muito se falou e escreveu sobre o movimento e suas conseqüências, mas nem sempre as versões foram corretas e isso é até natural, levando-se em conta que cada uma delas representava o interesse das partes em conflito. A revolução pregava a restituição, ao País, de sua legitimidade constitucional. Porém, na visão do Governo Federal, tratava-se, apenas, de um movimento separatista".

"Atos aparentemente isolados, como o resgate de um avião de combate, podem ajudar a elucidar muitas coisas, não só no que se refere a fatos políticos ou militares, mas, até mesmo, no que diz respeito aos equipamentos utilizados".

Segundo Gilmar, muitas histórias cercaram os atos revolucionários. O acidente com o Kavuré-Y gerou a lenda até hoje divulgada verbalmente entre os antigos moradores de Guarujá, de que tal fato teria acelerado o, o inventor do avião, que teria visto a queda, da janela do Grande Hotel, em rente da Praia de Pitangueiras. "Na verdade, o Pai da Aviação se matou por enforcamento, no mesmo hotel, algumas semanas antes da batalha".

Dificuldades

Gilmar não desconhece as dificuldades para realizar a tarefa a que se propôs. Afirma, entretanto, que vem obtendo apoio, em suas pesquisas, de muitas pessoas e entidades, entre as quais relaciona a Santos-Sub; Associação dos Ex-Combatentes de 32-Santos; Expedito Carlos S. Bastos, pesquisador; Hernani Donato, historiador; Célio Celli, piloto-aviador e pesquisador; Museu Histórico Naval de São Vicente; capitão-de-mar-e-guerra Amaro Francisco Tavares; Dalvina Gelsomini, moradora de Guarujá; Marco Antônio Damin da Silva, do Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Guarujá; bibliotecas de Santos e Guarujá e o ex-prefeito de Guarujá, Hermínio Amado, pesquisador da História da Cidade.

Fonte: www.novomilenio.inf.br - Fotos publicadas com a matéria original

A aviação militar na Revolução Constitucionalista de 1932

A Revolução Constitucionalista foi movida por lideranças do estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas, líder do movimento de 1930 e presidente desde então. A revolução foi deflagrada na noite de 9 para 10 de julho de 1932 e teve a duração de 85 dias; como os rebeldes não obtiveram o apoio dos demais estados (especialmente do Rio Grande do Sul), logo viram-se cercados por tropas legalistas e foram forçados a lutar em três frentes, nas fronteiras com os estados do Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

No dia 10 de julho, o Campo de Marte foi tomado pelos rebeldes, os quais apossaram-se de dois WACO CSO e dois Potez 25 TOE. Dois outros aviões (um WACO CSO e um Nieuport Delage NiD-72) foram levados a São Paulo por pilotos simpatizantes do movimento. Também foram colocados à disposição dos rebeldes, por seus proprietários, os seguintes aviões: três de Havilland DH-60X Moth, dois Hanriot 410, um Nieuport Ni-81, um Morane-Saulnier MS29, um Curtiss JN-2 e um Caudron 93-bis.

Alguns dias após o início das hostilidades um avião de transporte Latécoere 28, de propriedade da empresa francesa Aéropostale, foi requisitado pelas forças rebeldes, a fim de ser utilizado em missões de bombardeio.

Potez 25 TOE da Aviação Militar

Martin PM da Aviação Naval

Já as tropas legalistas dispunham de aviões em maior número. A Aviação Militar mobilizou o Grupo Misto de Aviação (doze Potez 25 TOE e cinco WACO CSO) e a Escola de Aviação Militar (um Amiot 122, um Nieuport Delage NiD-72 e onze de Havilland DH-60T Moth).

A Aviação Naval contribuiu com quatro Vought O2U-2A Corsair da 18ª Divisão de Observação; três Martin PM e sete Savoia-Marchetti SM-55A da Flotilha Mista Independente de Aviões de Patrulha, bem como doze de Havilland DH-60 e dois Avro 504K.

Ambas as facções trataram também de adquirir ou colocar em uso novos aviões. Os rebeldes, sofrendo o embargo solicitado pelo governo federal aos demais países, recorreram a uma operação via Buenos Aires, a fim de adquirir aviões Curtiss O-1E Falcon (foto acima) fabricados no Chile. Apenas quatro destes aviões, no entanto, chegaram a ser utilizados pelos rebeldes no conflito.

Os legalistas conseguiram receber trinta e seis WACO C9O (referentes a um contrato anterior à revolução), dos quais dez foram montados e utilizados em missões de combate; houve problemas com a munição a ser utilizada nas metralhadoras e poucos desempenharam as funções de caça aos quais se destinavam.

As primeiras missões aéreas realizadas pelas duas facções foram de reconhecimento e propaganda. Já no dia 13 de julho, aviões legalistas Potez 25 TOE localizaram e atacaram tropas rebeldes; também nesse dia foi interceptado um WACO CSO rebelde, o qual conseguiu escapar. No dia 18 de julho, dois Corsair da Aviação Naval foram atacados pela artilharia antiaérea enquanto realizavam uma missão de reconhecimento armado; no decorrer desta interceptaram um Potez rebelde que conseguiu evadir-se.

Em 20 de julho, aviões legalistas bombardearam posições de artilharia dos rebeldes, reduzindo a pressão exercida sobre tropas do governo no Vale do Paraíba. No dia 21, os Corsair da Aviação Naval destruiram importante depósito de munições rebelde. No dia 29, um SM-55A escoltado por um Corsair realizam ataque a posições rebeldes em Cubatão, sem no entanto obter resultados significativos.

No dia 8 de agosto, o avião legalista Potez 25 TOE 'A-117', foi interceptado duas vezes por uma formação rebelde composta de dois Waco CSO e um Potez 25; na segunda ocasião, o 'A-117' recebe vários tiros no radiador e faz uma aterrissagem forçada atrás das linhas governistas. Esse pode ser considerado como a primeira vez em que um avião foi derrubado em decorrência de um combate aéreo na América Latina.

Os rebeldes levaram a efeito, a 1B0min do dia 13 de agosto, o primeiro ataque aéreo noturno da América Latina, contra o destacamento aéreo legalista em Resende, sem no entanto ter causado maiores danos. Nos dias 3 e 5 de setembro, três SM-55A escoltados por um Corsair atacam com sucesso o Forte de Itaipu (foto acima), ocupado pelos rebeldes, causando severos danos.

Outros embates sucederam-se, seja em missões de ataque ao solo ou em encontros entre aeronaves legalistas e rebeldes. A 20 de setembro, mesmo acuados pela enorme pressão das forças do governo - os WACO legalistas, baseados em Mogi-Mirim, realizavam cinco missões diárias nesse período - os constitucionalistas atacaram com dois Falcon, um WACO e um Nieuport Delage aquele campo de aviação legalista, incendiando dois WACO no solo e danificando levemente outros dois. No dia 24 de setembro, os rebeldes executaram um ataque diversionário aos navios da Marinha de Guerra que realizavam o bloqueio de Santos, para permitir a passagem do cargueiro "Ruth" (trazendo munição e armas para os rebeldes). Um dos Falcon empregados no ataque foi abatido pela artilharia antiaérea do cruzador "Rio Grande do Sul" - ambos os tripulantes foram mortos.

Durante o ataque das forças governistas na região de Mogi-Mirim, a partir de 5 de outubro, veio a falecer o piloto legalista 2º-Ten Lauro Aguirre Horta Barbosa, quando seu avião Waco foi abatido por fogo antiaéreo.

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/ - Fotos: Revista Força Áerea / novomilenio.inf.br

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Leia também: O emprego do avião na Revolução Constitucionalista de 1932 (em.pdf)

Saiba mais: a Revolução Constitucionalista de 1932

A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A Revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo (na época se dizia "presidente") Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís, que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924, colocando fim à República Velha.

Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.

Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.

No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.

São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.

Curtiss Falcon, o avião utilizado pelas forças paulistas em 1932

Avião da federação cai após ser bombardeado pelas forças revolucionárias paulistas

Combatendo a aviação governista

Ataques da aviação naval da Federeção

Leia mais AQUI.

Fonte: Wikipédia - Fotos: peregrinacultural.files.wordpress.com / Reprodução

Veteranos de 1932 pedem aumento de pensão

Governo estadual paga R$ 450 mensais a 55 ex-combatentes e cerca de 600 viúvas

Os veteranos da Revolução Constitucionalista de 1932 que dependem de pensão especial do Estado - são 55 ex-combatentes e cerca de 600 viúvas, quase todos com mais de 90 anos - afirmam passar por privações ou precisar de suas famílias para sobreviver porque recebem apenas R$ 450 mensais de pensão. Segundo eles, o governo paulista reluta em reajustar o valor.

"Essa é a demonstração da importância que nosso governo dá a esses valorosos homens, muitos dos quais foram para a batalha com menos de 18 anos, como foi o caso de meu pai", diz a professora aposentada Neide Gumbis de Souza Belluco, filha e sobrinha de soldados voluntários. Residentes em Piracicaba, ela e a irmã sustentam a mãe, viúva, de 89 anos, pois a pensão não é suficiente nem para os remédios.

O secretário da Sociedade dos Veteranos de 1932 - MMDC, coronel Mário Fonseca Ventura, cujo pai lutou no Túnel da Mantiqueira, diz que a situação só não é pior porque muitos ex-combatentes pertenciam ao Exército ou à Força Pública (atual PM) e recebem pensões dessas corporações. É o caso do presidente da sociedade, capitão Gino Struffaldi, de 96 anos, que servia como radiotelegrafista no Forte de Itaipu, em Santos, quando as tropas federais de São Paulo apoiaram os constitucionalistas.

"Não sofremos baixas, mas a Fortaleza de Itaipu foi bombardeada pela Aviação Naval, da Marinha do Brasil, que danificou as instalações", conta o capitão Gino. "Nossa unidade mandou quatro canhões para a frente de batalha e armou com outro canhão um trem blindado construído pelos paulistas", acrescenta. Cada canhão saía com cinco ou seis homens, armados de fuzis, o que deixou a guarnição desfalcada.

O soldado Oswaldo Diana, de 101 anos, também não tem pensão especial porque deu baixa na Força Pública para trabalhar como técnico eletricista na indústria. "Eu me aposentei pelo INSS, mas acho que teria direito a receber a pensão, porque lutei no Vale do Paraíba e participei de três combates", diz. Em 23 de maio de 1932, quando foram assassinados os heróis do MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo), ele estava no Quartel General, vizinho de sua unidade, o Batalhão Tobias de Aguiar.

"Aplaudimos nossos heróis no desfile de 9 de Julho, mas não reconhecemos, com essa pensão inferior ao salário mínimo regional (de até R$ 580), o mérito daqueles que lutaram nas trincheiras", afirma o deputado estadual Sérgio Olímpio Gomes (PDT), major reformado da PM, que há três anos tenta convencer o Executivo a encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de reajuste, cuja iniciativa precisa ser do governador. O Estado não comentou as queixas.

A Sociedade dos Veteranos espera que ao menos o governo equipare a pensão ao salário mínimo. "Seria já uma conquista, embora fosse mais justo dobrar o valor atual", afirma o coronel Ventura. Como secretário, ele sabe da angústia dos que têm de sobreviver com os R$ 450. "As viúvas são obrigadas a entrar com um processo na burocracia do Estado para comprovar a morte do marido", diz. Segundo ele, muitas morrem antes.

Fonte: José Maria Mayrink (O Estado de S.Paulo) - Imagens: Construindo a História

TAP é Top 5 na Europa

A TAP que com os voos de Campinas inaugurados neste mês atinge 70 voos semanais no Brasil, é Top 5 na Europa segundo AEA.

A TAP cresceu 20,8% em Maio e cotou-se no Top 5 das companhias de rede europeias associadas da AEA (Associação Europeia de Aviação) , que neste mês tiveram um aumento médio do tráfego em 4,3%.

A companhia portuguesa, segundo os dados publicados ontem pela Associação, transportou em Maio 737,8 mil passageiros, em alta de 8% face ao mês homólogo de 2009, e a taxa de ocupação dos voos foi de 73,3%, melhor 5,4 pontos que há um ano, apesar de ter reforçado a capacidade em +11,9%.

As associadas da AEA transportaram em Maio 29.964,5 mil passageiros, em alta de 3,4% face ao ano passado, e a taxa de ocupação média dos voos subiu 3,1 pontos, para 76,2%, uma vez que o crescimento do tráfego em 4,3% ocorreu face a um ligeiro incremento de capacidade, em 0,2%.

As companhias da AEA que tiveram maiores crescimentos do tráfego (em RPK = passageiros x quilómetros) no mês de Maio foram a Ukraine, com +38,2% que há um ano, Tarom(Romenia), com +37,4%, AirBaltic, com +33,7%, e Turkish Airlines, com +22,4%. . Fonte: Presstur Lisboa.

No Brasil

Desde 03 de julho, a TAP voa entre Campinas e Lisboa, são três frequências semanais: às terças e quintas-feiras e aos sábados, e com essa nova rota oferecerá 17 voos por semana entre a Europa e o Estado de São Paulo.

A TAP oferece 70 voos semanais entre Brasil e Europa com partidas diretas do nordeste de: Recife, Fortaleza, Salvador e Natal, do Sudeste de: São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e do centro-oeste de: Brasília. Com isso é a companhia que mais oferece comodidade nas ligações entre o Brasil e a Europa.

Fonte: Portal Fator Brasil