Segundo a assessoria do órgão, a diretoria decidiu não implementar esquemas especiais por não esperar aumento significativo no movimento de passageiros. Em 2008, a Anac realizou a Operação Carnaval e, em 2007, apenas intensificou o trabalho de fiscalização.
Além disso, a agência alega que os atrasos e cancelamentos de vôos vêm caindo nos últimos tempos. Questionada sobre os atrasos registrados no fim de 2008, a assessoria afirmou se tratar de problemas operacionais da empresa Gol.
Já a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) irá reforçar as equipes dos aeroportos mais movimentados durantes os dias e horários de pico. Segundo o superintendente de operações da estatal, Marçal Goulart, a empresa adequou-se para atender a um aumento de usuários de até 7%. A estimativa, segundo o próprio Goulart, é alta, “justamente para que não sejamos pegos de surpresa”.
“Todos os equipamentos prioritários ao atendimento de passageiros e para as companhias aéreas ficarão sob uma supervisão diferenciada durante esse período”, afirmou Goulart à Agência Brasil. “Durante os horários de pico, as equipes de trabalho contarão com reforços, elevando em até 20% a quantidade de funcionários de serviço. A empresa pagará horas extras e reduzirá as folgas, compensando-as em outros dias.”
De acordo com o superintendente, a colaboração de quem vai viajar também é importante para a normalidade das operações. “O conhecimento e o cumprimento das regras facilitam muito o fluxo operacional. Os passageiros têm que colaborar. Eles precisam se apresentar [para o check-in] com no mínimo duas horas de antecedência; identificar suas bagagens e atentar para as questões de segurança. A partir do momento em que todos esses requisitos são atendidos, o usuário não fica desnecessariamente parado no raio-x.”
Mesmo assim, Goulart destaca que a Infraero, sozinha, não pode evitar transtornos, já que a estatal é responsável apenas pela administração dos aeroportos. “Dependemos de diversos fatores. Dependemos da pontualidade das empresas e de que as condições climáticas não impossibilitem as operações. O setor aéreo funciona como uma grande malha. Se qualquer elo é quebrado, principalmente nos grandes centros, todo o resto é prejudicado”.
Por razões estratégicas, as empresas aéreas resistem a divulgar detalhes sobre suas operações. Mesmo assim, procuradas pela reportagem, TAM, Gol, Varig e Azul indicaram estar satisfeitas com as vendas de passagens para o período.
Segundo o presidente da Azul, Pedro Janot, vôos para destinos muito procurados pelos carnavalescos, como Salvador (BA) e Recife (PE), estão praticamente esgotados. A empresa, que opera desde o início deste ano, não teme problemas durante seu primeiro carnaval, já que as operações estão centradas no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e não, como as das demais empresas, em aeroportos quase saturados como o Galeão (RJ); Congonhas (SP) e Brasília.
Já a assessoria da TAM informou que devido à forte procura e ao número de reservas feitas com antecedência, a companhia disponibilizou, desde ontem (18), 20 vôos extras partindo dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos, Galeão, Brasília e Confins (Belo Horizonte, MG) para cidades como Salvador, Porto Seguro (BA) e Recife. Também foram programados vôos extras de retorno a partir da Quarta-Feira de Cinzas (25) e no dia 2 de março.
Fonte: Alex Rodrigues (Agência Brasil)