Além da incapacidade de pronunciar seu nome, o vulcão islandês Eyjafjallajokull deixou também um planeta inteiro sem respostas. Seis dias depois de paralisar a Europa, as cinzas deram ao Velho Continente uma lição: nem mesmo a mistura de interesses econômicos, pesquisa científica, tecnologia aérea e segurança conseguiu superar a força da natureza. Apesar da retomada dos voos comerciais, especialistas ainda não sabem responder se é possível voar em segurança.
- Ver pessoas que há poucos dias asseguravam que os voos eram arriscados e, hoje alegam que são seguros mostra que o conceito de risco é subjetivo - sentencia David Ropeik, especialista em riscos da Universidade de Harvard. - Não há fatos sobre riscos, há uma maneira como interpretamos as informações.
Ropeik quis dizer que, apesar de demandas por respostas exatas da Ciência, as respostas podem gerar equívocos - e cabe a cada indivíduo decidir que a que riscos se submeter. Para Gary Hufford, especialista em vulcões do governo americano, a realidade é que ninguém tem informações precisas sobre a quantidade de partículas de cinza liberadas na atmosfera, além do mais importante: saber que altitude essas partículas atingiram.
- Eu seria cauteloso em voar - disse Hufford, questionado se estava apto a embarcar num avião nas atuais circunstâncias.
Passageiros preocupados em terra, pilotos tensos no ar
A única certeza é de que os microscópicos grãos de cinza abrasiva podem causar danos aos motores das aeronaves mais modernas. Peritos do mundo todo têm pela frente agora o desafio de descobrir que níveis de densidade esses equipamentos podem suportar. Para avaliar possíveis danos às aeronaves, as companhias determinaram inspeções minuciosas nos aviões que pousam. Mas, nem assim, os pilotos europeus parecem tranquilos. A Associação de Cockpit da Europa (ECA), que representa 40 mil representantes da categoria, voltou a advertir os governos da região contra a "decisão precipitada" de reabrir o tráfego nos céus.
- Não acho que tenhamos respostas definitivas sobre a segurança de voo ou não. Não temos o conhecimento necessário em três áreas: regulação, soluções técnicas em caso de pane e treinamento para a tripulação - disse o presidente da ECA, Martin Chalk, lembrando que a eventual parada dos motores pela explosiva mistura de cinzas e gelo seria fatal.
Fonte: O Globo
- Ver pessoas que há poucos dias asseguravam que os voos eram arriscados e, hoje alegam que são seguros mostra que o conceito de risco é subjetivo - sentencia David Ropeik, especialista em riscos da Universidade de Harvard. - Não há fatos sobre riscos, há uma maneira como interpretamos as informações.
Ropeik quis dizer que, apesar de demandas por respostas exatas da Ciência, as respostas podem gerar equívocos - e cabe a cada indivíduo decidir que a que riscos se submeter. Para Gary Hufford, especialista em vulcões do governo americano, a realidade é que ninguém tem informações precisas sobre a quantidade de partículas de cinza liberadas na atmosfera, além do mais importante: saber que altitude essas partículas atingiram.
- Eu seria cauteloso em voar - disse Hufford, questionado se estava apto a embarcar num avião nas atuais circunstâncias.
Passageiros preocupados em terra, pilotos tensos no ar
A única certeza é de que os microscópicos grãos de cinza abrasiva podem causar danos aos motores das aeronaves mais modernas. Peritos do mundo todo têm pela frente agora o desafio de descobrir que níveis de densidade esses equipamentos podem suportar. Para avaliar possíveis danos às aeronaves, as companhias determinaram inspeções minuciosas nos aviões que pousam. Mas, nem assim, os pilotos europeus parecem tranquilos. A Associação de Cockpit da Europa (ECA), que representa 40 mil representantes da categoria, voltou a advertir os governos da região contra a "decisão precipitada" de reabrir o tráfego nos céus.
- Não acho que tenhamos respostas definitivas sobre a segurança de voo ou não. Não temos o conhecimento necessário em três áreas: regulação, soluções técnicas em caso de pane e treinamento para a tripulação - disse o presidente da ECA, Martin Chalk, lembrando que a eventual parada dos motores pela explosiva mistura de cinzas e gelo seria fatal.
Fonte: O Globo
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