
Segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), o convênio entre a Prefeitura e o Daesp existia desde o ano 2000, e foi encerrado no dia 30 de dezembro do ano passado. Ainda de acordo com a Sede, na época em que o convênio foi firmado, a existência da brigada era obrigatória pelo fato do aeroporto operar comercialmente. Pelas novas normas da Anac, a brigada é dispensável em aeroportos como o de Sorocaba, que não possui mais voos comerciais.
O desinteresse pela manutenção do convênio foi informado pelo Daesp à Prefeitura em maio do ano passado, em decorrência da alteração das novas normas pertinentes ao tráfego aéreo e à classificação do aeroporto. A brigada custaria para a Prefeitura R$ 28 mil por mês, e era composta por três funcionários trabalhando 12 horas diárias. Entre suas atribuições estavam operar os veículos especializados para salvamento e combate a incêndios em aeródromos; e resgatar e/ou socorrer pessoas ou animais vitimados por incêndios ou outros acidentes ocorridos com aeronaves na respectiva área de atuação. De forma acessória, sem prejuízo das atividades principais, deveriam executar, quando possível, o combate ao fogo em instalações na área de atuação ou nas suas cercanias, onde as chamas ameaçassem ou pudessem interferir nas atividades de voo, até a chegada do Corpo de Bombeiros urbano.
A retirada da brigada de incêndio pode gerar até mesmo reflexo comercial no aeroporto, que é referência em manutenção de aeronaves executivas do País. Por mês pousam aqui cerca de 4 mil aviões e as 34 oficinas que funcionam ao redor do aeroporto prestam, juntas, serviço para mais de 800 aeronaves por ano.
Ontem, dois estudantes de pilotagem se mostraram surpresos com a notícia. Os dois destacaram que é importante manter o serviço, lembrando que no ano passado presenciaram pelo menos três intervenções da brigada. Segundo eles, a brigada não serve só para conter incêndios, além do que o movimento no aeroporto justifica o investimento.
O Daesp admitiu, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria do Estado dos Transportes, que o serviço ainda poderá ser mantido. De acordo com a resposta oficial, o Daesp está avaliando a necessidade de se contratar a continuidade deste serviço.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Foto: Luiz Setti
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