Quase que imediatamente após a invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, os países ocidentais se mobilizaram para impor um conjunto de sanções sobre variados setores econômicos russos. Não é novidade que a aviação foi um deles e que logo os voos de aviões russos foram proibidos sobre quase todo o ocidente e, se um avião de uma empresa aérea russa estivesse em qualquer país sancionador, ele deveria ser retido.
Assim aconteceu com um jato quadrimotor do modelo Antonov AN-124, um dos maiores cargueiros do mundo, de matrícula RA-82078 (msn 9773054559153), detido em 28 de fevereiro em Toronto (Canadá), após ter completado um voo de transporte de kits de teste Covid-19.
De lá para cá já contam 10 meses e muitas taxas acumuladas, que somam mais de 305.000 dólares canadenses, o equivalente a mais de R$ 1,3 milhão, segundo um levantamento do noticiário Canada Today.
Naturalmente, esse valor um dia será contestado pela empresa dona do avião, a russa Volga-Dnepr, já que a aeronave foi mantida estacionada ali à revelia. O futuro do jato, no entanto, ainda é incerto. Enquanto as sanções não forem retiradas, ele não pode decolar dali. Enquanto isso, segue pagando cerca de US$ 781 por dia de estacionamento.
O Antonov 124 é um dos aviões de carga mais pesados e versáteis do mundo, capaz de transportar até 150 toneladas de carga em seu compartimento de carga. O avião foi projetado pela empresa ucraniana Antonov e foi construído para substituir o antigo avião de carga Il-76.
O modelo é reconhecido como um avião de carga seguro e confiável, sendo usado para transportar cargas pesadas e volumosas para todos os cantos do mundo. Suas características permitem que ele seja usado para transportar itens tão grandes quanto módulos de petróleo e equipamentos de mineração.
Via Carlos Ferreira (Aeroin) - Foto via @BlazingHIMARS
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