Transportadores aéreos que entregaram armas nas zonas de conflito em África levaram também ajuda humanitária para estas regiões, segundo o Instituto Internacional de Investigação para a Paz.
Num estudo divulgado na terça-feira (12), o Instituto afirma que 90 por cento das companhias aéreas identificadas no tráfico de armas foram utilizadas para ajuda humanitária por agências das Nações Unidas, países membros da União Europeia e da NATO e de importantes ONG.
"Assim, por exemplo, as missões de manutenção de paz da ONU no Sudão continuaram a utilizar aparelhos explorados pela companhia Badr Airlines (sudanesa) mesmo depois da recomendação do Conselho de Segurança da ONU de proibir esta companhia por ter violado o embargo às armas", segundo o relatório.
O Instituto cita outras companhias africanas envolvidas no tráfico de armas: Astral Aviation, African International Airlines e Trans Attico, uma companhia registada no Sudão.
Várias sociedades de segurança privadas norte-americanas utilizaram transportadores aéreos e fretaram aparelhos "implicados no tráfico de armas a favor de milícias qualificadas pelo governo norte-americano de ´terroristas´, segundo o Instituto.
Assim, a sociedade Dyncorp, que assiste o governo norte-americano em matéria de segurança, é citada neste relatório como tendo utilizado a companhia Aerolift, acusada em 2006 pelo Conselho de Segurança de envolvimento no comércio de armas destinado a uma milícia islamita do Sul da Somália, o grupo Al-Shahab. Este grupo foi acrescentado por Washington em Março de 2008 à lista de organizações terroristas por alegadas relações com a rede terrorista Al-Qaida.
O relatório do Instituto acrescenta que os transportadores aéreos envolvidos em operações de manutenção de paz e da ajuda humanitária contribuíram também para transportar matérias "sensíveis em zonas de conflito" como a cocaína, diamantes, metais preciosos.
Um dos autores do relatório, Mark Bromley, escreve que uma aplicação mais rigorosa das regras de segurança aéreas pode ter um papel crucial para conter o fluxo de armas para zonas de conflito em África.
"O nosso estudo, disse, mostra que as companhias citadas nos relatórios como estando envolvidas no tráfico de armas têm fracas referências ao nível de segurança". "A regulação em matéria de segurança aérea é o seu calcanhar de Aquiles, acrescenta, e pode ter o mesmo efeito que as acusações de evasão fiscal a Al Capone".
Fonte: Agência Lusa via Expresso (Portugal)
Num estudo divulgado na terça-feira (12), o Instituto afirma que 90 por cento das companhias aéreas identificadas no tráfico de armas foram utilizadas para ajuda humanitária por agências das Nações Unidas, países membros da União Europeia e da NATO e de importantes ONG.
"Assim, por exemplo, as missões de manutenção de paz da ONU no Sudão continuaram a utilizar aparelhos explorados pela companhia Badr Airlines (sudanesa) mesmo depois da recomendação do Conselho de Segurança da ONU de proibir esta companhia por ter violado o embargo às armas", segundo o relatório.
O Instituto cita outras companhias africanas envolvidas no tráfico de armas: Astral Aviation, African International Airlines e Trans Attico, uma companhia registada no Sudão.
Várias sociedades de segurança privadas norte-americanas utilizaram transportadores aéreos e fretaram aparelhos "implicados no tráfico de armas a favor de milícias qualificadas pelo governo norte-americano de ´terroristas´, segundo o Instituto.
Assim, a sociedade Dyncorp, que assiste o governo norte-americano em matéria de segurança, é citada neste relatório como tendo utilizado a companhia Aerolift, acusada em 2006 pelo Conselho de Segurança de envolvimento no comércio de armas destinado a uma milícia islamita do Sul da Somália, o grupo Al-Shahab. Este grupo foi acrescentado por Washington em Março de 2008 à lista de organizações terroristas por alegadas relações com a rede terrorista Al-Qaida.
O relatório do Instituto acrescenta que os transportadores aéreos envolvidos em operações de manutenção de paz e da ajuda humanitária contribuíram também para transportar matérias "sensíveis em zonas de conflito" como a cocaína, diamantes, metais preciosos.
Um dos autores do relatório, Mark Bromley, escreve que uma aplicação mais rigorosa das regras de segurança aéreas pode ter um papel crucial para conter o fluxo de armas para zonas de conflito em África.
"O nosso estudo, disse, mostra que as companhias citadas nos relatórios como estando envolvidas no tráfico de armas têm fracas referências ao nível de segurança". "A regulação em matéria de segurança aérea é o seu calcanhar de Aquiles, acrescenta, e pode ter o mesmo efeito que as acusações de evasão fiscal a Al Capone".
Fonte: Agência Lusa via Expresso (Portugal)
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