terça-feira, 25 de maio de 2010

'Curiosity' parte da Terra em 2011 e chega a Marte em 2012

Novo veículo da NASA vai funcionar como um laboratório de geoquímica orgânica

A NASA, em seu Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato), está preparando um novo veículo 'todo-o-terreno' para continuar a explorar Marte.

Iniciado em 1997, este programa tem enviado para o 'Planeta Vermelho' veículos cada vez mais complexos. O veículo que a Agência Espacial Norte Americana está preparando agora chama-se "Curiosity" e será lançado no final do próximo ano (entre 25 de novembro e 18 de dezembro). Chegará a Marte entre 6 e 20 de agosto de 2012.

O carro, que pesa 800 quilogramas e tem o tamanho aproximado de um automóvel, não se chocará contra o solo como os seus antecessores Spirit e Opportunity, que eram envolvidos em bolsas de ar para amparar a queda. Este vai chegar à superfície pendurado por cabos a um módulo com propulsores, que depositará com segurança as suas seis rodas na superfície.

O 'Curiosity' vai transportar um vasto e avançado conjunto de instrumentos científicos que, através de pequenas perfurações no solo e no subsolo, irá recolher amostras e realizar análises em vários pontos de Marte.

Através destas pretende-se descobrir dados sobre a formação, a estrutura e a composição química das rochas e do solo para descobrir se há compostos de carbono que pudessem ter sido componentes de alguma forma de vida.

Também se quer compreender melhor como era Marte no passado. O 'Curiosity' será quase como um laboratório terrestre de geoquímica orgânica.

As necessidades energéticas do veículo serão supridas não com painéis a energia solar, como nos veículos anteriores, mas com um gerador termoeléctrico de radioisótopos (que produz eletricidade a partir desintegração radioativa).

O veículo está sendo desenhado para funcionar durante um ano marciano (o equivalente a 687 dias terrestres) e tem mais flexibilidade operacional e mobilidade do que os seus antecessores. Pode ultrapassar obstáculos com 75 centímetros de altura e andar a uma velocidade máxima de quatro centímetros por segundo. Para o local de aterrissagem estão ainda sendo analisados quatro áreas.



Fonte: Ciência Hoje (Portugal) - Foto: NASA - Edição: Jorge Tadeu

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