sábado, 20 de março de 2021

O telescópio espacial James Webb corre o risco de ser saqueado por piratas?


Depois de pouco mais de 20 anos, finalmente o lançamento do Telescópio Espacial James Webb, da NASA, está garantido — com previsão para 31 de outubro deste ano. No entanto, em recente reunião, a equipe de engenheiros responsável pelo projeto demonstrou certa preocupação quanto à possibilidade de o telescópio ser saqueado por piratas enquanto estiver sendo transportado, de navio, para seu local de lançamento.


O James Webb é bem grande. Seu espelho, por exemplo, tem cerca de 6,5 metros de diâmetro — o equivalente a uma quadra de tênis —, e um peso total de 6,5 toneladas. Isso torna impossível que o telescópio seja transportado em um avião. A NASA então o transportará através de um navio, atravessando o Canal do Panamá, até seu eventual destino de lançamento na Guiana Francesa.

As informações como horário e local de transporte ficarão em segredo, como forma de não atrair nenhum tipo de saqueador. O astrofísico da Universidade de Manchester, Christopher Conselice, disse: “por que você anunciaria que enviará em um determinado dia algo que vale mais de US $ 10 bilhões?”.

O Telescópio Espacial James Webb em fase de montagem. Seu espelho, em formato de comeia,
é revestido de ouro (Imagem: Reprodução/NASA)
Além de todos os equipamentos que compõem o telescópio que pretende ser o sucessor do Telescópio Espacial Hubble, o espelho do James Webb com mais de 6 metros de diâmetro é totalmente revestido de ouro. Ou seja: transportá-lo até seu local de lançamento serão longos minutos de apreensão. E esse receio não é infundado: em 1984, uma peça de aço que seria usada no Telescópio James Clerk Maxwell (JCMT) foi sequestrada pelo capitão do navio de carga comercial.


Deixando esses receios de lado, o lançamento do James Webb segue com grande expectativa. Não apenas por finalmente colocá-lo em órbita, mas por suas possibilidades: detectar luzes mais fracas e de galáxias mais distantes — quem sabe as primeiras do universo —, e até mesmo encontrar bioassinaturas na atmosfera de exoplanetas.

Fontes: CanalTech e The Atlantic

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