sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Risco de radiação de scanner em aeroporto é baixo,dizem agências

Os novos scanners de corpo inteiro dos aeroportos que usam raios-X geram doses muito mais baixas do que a radiação de fundo, afirma um relatório preliminar preparado por agências internacionais.

É provável que esse tipo de aparelho, que custa cerca de 10 vezes mais que os scanners convencionais de aeroporto, passem a ser muito mais usados, depois que um nigeriano com explosivos na cueca conseguiu embarcar em um avião norte-americano com destino a Detroit no dia 25 de dezembro.

Enquanto a radiação de fundo normal anual por pessoa chega a cerca de 3 mil microsieverts - unidade para medir a exposição à radiação -, o scan corporal emite 0,1 a 5 microsevierts, disse o relatório, preparado por um grupo de organismos internacionais que inclui a Comissão Europeia e a agência nuclear da ONU.

"Isso (o risco) é muito pequeno", disse à Reuters Renate Czarwinski, chefe de monitoramento e segurança de radiação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, na sexta-feira.

"Toda aplicação de sistemas de raio-X deve ser justificada... você deve avaliar os benefícios e o risco provável. O benefício, para a segurança, é muito alto", afirmou ela.

Há dois tipos de scanner de corpo inteiro - um utiliza ondas de rádio de alta frequência e outro usa raios-X - e apenas o último aparelho pode expor os passageiros à radiação ionizante como a usada nos raios-X médicos, afirmou Czarwinski.

Embora as dosagens sejam pequenas, o relatório das agências afirmou que as exposições devem ser monitoradas com cuidado.

"A fim de avaliar apropriadamente o impacto total da proteção radiológica do uso do scanner, a forma como os passageiros serão selecionados deverá ser conhecida", defendeu o relatório.

Os scanners, usados para ver as roupas de baixo e identificar objetos incomuns, poderiam ter detectado os explosivos escondidos que o nigeriano é acusado de ter levado a bordo do avião comercial, mas o uso deles tem sido limitado principalmente por questões de custo e de privacidade.

Fonte: Sylvia Westall (Reuters) via O Globo

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