sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pacotes suspeitos em aeroportos colocam EUA e Grã-Bretanha em alerta

Pacotes suspeitos em voos vindos do Iêmen foram investigados.

Casa Branca apura se eles fazem parte de um complô terrorista maior.




Autoridades norte-americanas e britânicas estão em alerta e investigaram aeronaves nos aeroportos americanos da Filadélfia, na Pensilvânia, e de Newark, em Nova Jersey, e no aeroporto britânico de East Midlands, a 260 km ao norte de Londres.

As autoridades confirmaram a existência de pacotes suspeitos no avião de East Midlands e em uma instalação da empresa Fedex, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas não havia pacotes nos dois aviões investigados em território americano.

Jato pousa perto de avião cargueiro da UPS, isolado após ameaça, em aeroporto da Filadélfia - Foto: Matt Rourke (AP)

A mídia local informou que aviões de carga também foram detidos para investigação em Portland, Maine, e no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York.

Alerta

A investigação começou após um alerta de que pacotes vindos do Iêmen e com destino aos EUA teriam pacotes suspeitos.

Avião é investigado nesta sexta-feira (29) no aeroporto de Newark, em Nova Jersey - Foto: AP

Depois de suspeita de bombas, EUA aumentam segurança em aviões

O Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou nesta sexta-feira (29) que vai aumentar as medidas de segurança nos aviões, depois que foram encontrados pacotes suspeitos com destino aos Estados Unidos.

O FBI (polícia federal americana) afirmou que não havia explosivos nos pacotes, originados no Iêmen, e descartou a iminência de um ataque ao EUA.

"O público deve esperar aumentos específicos, incluindo revistas mais rigorosas e segurança adicional nos aeroportos, diz o comunicado.

O alerta teria sido dado por um país aliado dos EUA.

O grupo terrorista al-Qaeda da Península Arábica seria o principal suspeito, segundo fontes de segurança dos EUA. O grupo tentou um ataque a um avião de passageiros dos EUA no Natal do ano passado, mas sem sucesso.

Após a confirmação dos incidentes, o governo do Iêmen afirmou que iria investigar o caso.

Os EUA intensificaram o treinamento, a inteligência e a assistência militar ao Iêmen depois de uma tentativa fracassada de explodir um avião de passageiros norte-americano no dia de Natal, em 2009, reivindicada pelo braço iemenita da rede terrorista da al-Qaeda.

A Fedex disse que suspendeu preventivamente suas entregas vindas do Iêmen.

O FBI também afirmou que os pacotes suspeitos eram endereçados a entidades judaicas da cidade americana de Chicago.

Mais cedo, uma porta-voz da Federação Judaica, havia anunciado que as sinagogas da principal cidade do estado de Illinois haviam sido postas em alerta depois que os pacotes foram achados.

Obama avisado

A Casa Branca disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, foi informado na noite de quinta-feira sobre uma possível ameaça terrorista contra os EUA, relacionada com pacotes suspeitos vindos do Iêmen e colocados em aviões com destino ao país.

"Graças à estreita colaboração entre as agências do governo dos EUA e nossos aliados e parceiros estrangeiros, as autoridades foram capazes de identificar e examinar dois pacotes suspeitos, um em Londres e um em Dubai", disse o porta-voz Robert Gibbs.

"O presidente orientou as agências de inteligência e segurança e o Departamento de Segurança Interna para que tomem providências para garantir a segurança dos americanos, e para determinar se estas ameaça são parte de qualquer complô adicional", disse.

Os incidentes ocorrem quatro dias antes das eleições parlamentares nos EUA, marcadas para a próxima terça-feira.

Caminhão em Nova York

Além disso, a polícia de Nova York investigou um caminhão da empresa UPS no bairro do Queens, também sob a suspeita de que conteria explosivos. Nada de anormal foi encontrado.

Questionado sobre se o incidente tinha conexão com o caso dos aviões, o porta-voz da polícia, Paul Browne, negou-se a confirmar.

A Transportations Security Administration (TSA, órgão responsável pela segurança no transporte nos Estados Unidos) disse que está monitorando os relatos de objetos suspeitos.

Fontes: G1 (com agências internacionais) / BBC Brasil via O Globo

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