A Lufthansa, maior companhia aérea da Alemanha, se defende das acusações de ter tentado esconder suas atividades durante o regime nazista, reveladas recentemente por um documentário transmitido pela televisão.
Apesar de ser uma companhia civil, a Lufthansa cooperou com o regime nazista. Assim, durante a guerra, consertava aviões da Luftwaffe (a força aérea hitlerista) e, como a maioria das empresas alemãs, usava mão de obra forçada (cerca de 10.000 homens e mulheres oriundos de territórios ocupados).
Na cronologia oficial divulgada no site da empresa, no entanto, os voos que a empresa mantinha para países neutros recebe destaque, enquanto o uso de trabalho forçado é omitido.
As revelações foram feitas pelo documentário "Fliegen heisst Siegen" ("Voar significa vencer", numa tradução livre), levado ao ar pelo canal franco-alemão Arte e pela rede alemã ARD.
O filme usa como base uma investigação histórica encomendada pela própria Lufthansa em 1999, após várias denúncias apresentadas nos Estados Unidos por ex-trabalhadores forçados. O documentário narra as condições extremas de trabalho destas pessoas, principalmente quando vinham da Europa Oriental ou da União Soviética.
"Prometeram que publicariam um livro com meu trabalho de pesquisa, mas nunca o fizeram e jamais me deram qualquer explicação a respeito", disse Lutz Budrass, historiador da Universidade de Bochum (oeste), estimando que suas descobertas também devem ter "aterrorizado" a Lufthansa.
Apesar de ser uma companhia civil, a Lufthansa cooperou com o regime nazista. Assim, durante a guerra, consertava aviões da Luftwaffe (a força aérea hitlerista) e, como a maioria das empresas alemãs, usava mão de obra forçada (cerca de 10.000 homens e mulheres oriundos de territórios ocupados).
Na cronologia oficial divulgada no site da empresa, no entanto, os voos que a empresa mantinha para países neutros recebe destaque, enquanto o uso de trabalho forçado é omitido.
As revelações foram feitas pelo documentário "Fliegen heisst Siegen" ("Voar significa vencer", numa tradução livre), levado ao ar pelo canal franco-alemão Arte e pela rede alemã ARD.
O filme usa como base uma investigação histórica encomendada pela própria Lufthansa em 1999, após várias denúncias apresentadas nos Estados Unidos por ex-trabalhadores forçados. O documentário narra as condições extremas de trabalho destas pessoas, principalmente quando vinham da Europa Oriental ou da União Soviética.
"Prometeram que publicariam um livro com meu trabalho de pesquisa, mas nunca o fizeram e jamais me deram qualquer explicação a respeito", disse Lutz Budrass, historiador da Universidade de Bochum (oeste), estimando que suas descobertas também devem ter "aterrorizado" a Lufthansa.
Sob a suástica: um Ju 52 da Lufthansa em 1935
No fim de julho, o estudo foi divulgado on-line na página interna da companhia aérea. Além disso, segundo a Lufthansa, também está disponível gratuitamente para qualquer pessoa que envie uma solicitação à empresa.
A Lufthansa não se considera responsável judicialmente pelo ocorrido durante o período nazista. A companhia original foi fechada pelos Aliados em 1950. A nova foi fundada em 1953 com o mesmo nome, logotipo e grande parte dos funcionários da anterior.
"A Lufthansa deveria parar de agir como se não tivesse nada a ver com o que aconteceu antes de sua refundação (...) e tentar ajudar a seus ex-trabalhadores forçados. Uma grande companhia deveria ser um pouco mais generosa", afirmou Budrass.
Christoph Weber, autor do documentário, conheceu ex-trabalhadores forçados da Lufthansa e seus familiares na Polônia e Ucrânia. Alguns cobraram indenizações da empresa, outros nunca o fizeram. "A Lufthansa nunca pediu perdão, e isso é uma humilhação para eles", relatou.
Assim como 6.500 empresas alemãs, a Lufthansa ajudou a financiar a Fundação Memória, Responsabilidade e Futuro (EVZ, na sigla em alemão), que pagou 4,4 bilhões de euros em indenizações a mais de 1,6 milhão de trabalhadores forçados durante o nazismo na Europa.
Outras empresas, como a Volkswagen, procuraram seus ex-trabalhadores forçados e construíram monumentos em sua memória, segundo Weber.
Fonte: Terra - Fotos: Christoph Weber (WDR) / Getty Images
A Lufthansa não se considera responsável judicialmente pelo ocorrido durante o período nazista. A companhia original foi fechada pelos Aliados em 1950. A nova foi fundada em 1953 com o mesmo nome, logotipo e grande parte dos funcionários da anterior.
"A Lufthansa deveria parar de agir como se não tivesse nada a ver com o que aconteceu antes de sua refundação (...) e tentar ajudar a seus ex-trabalhadores forçados. Uma grande companhia deveria ser um pouco mais generosa", afirmou Budrass.
Christoph Weber, autor do documentário, conheceu ex-trabalhadores forçados da Lufthansa e seus familiares na Polônia e Ucrânia. Alguns cobraram indenizações da empresa, outros nunca o fizeram. "A Lufthansa nunca pediu perdão, e isso é uma humilhação para eles", relatou.
Assim como 6.500 empresas alemãs, a Lufthansa ajudou a financiar a Fundação Memória, Responsabilidade e Futuro (EVZ, na sigla em alemão), que pagou 4,4 bilhões de euros em indenizações a mais de 1,6 milhão de trabalhadores forçados durante o nazismo na Europa.
Outras empresas, como a Volkswagen, procuraram seus ex-trabalhadores forçados e construíram monumentos em sua memória, segundo Weber.
Fonte: Terra - Fotos: Christoph Weber (WDR) / Getty Images
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