Os talibãs afegãos confirmaram hoje que pretendiam derrubar o helicóptero do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron (a direita, na foto), durante sua visita nesta sexta-feira à província afegã de Helmand, segundo um porta-voz das milícias insurgentes.
Cameron, que fez uma viagem surpresa na sexta-feira ao sul afegão, se viu obrigado a suspender sua visita a uma base militar britânica depois que os serviços de espionagem interceptaram dois telefonemas nos quais se mencionava um ataque contra um helicóptero.
Em entrevista concedida hoje à agência afegã "AIP", o porta-voz talibã Muhamad Yousef Ahmadi disse que as milícias sabiam que Cameron visitaria a região de Shoraab e outro distrito de Helmand dois dias antes de sua viagem.
"Há afegãos trabalhando nas bases de estrangeiros que nos dão informações. Recebemos dessa mesma fonte a informação sobre a visita de Cameron", disse Ahmadi.
Segundo o porta-voz talibã, o atentado contra o primeiro-ministro do Reino Unido foi encomendado a um grupo de talibãs equipado com lança-foguetes RPG-7, uma das armas que as milícias costumam usar para derrubar helicópteros de tropas internacionais.
"Os afegãos sempre respeitam os visitantes. Nesse momento, porém, o primeiro-ministro do Reino Unido não era um visitante, vinha ao Afeganistão como um invasor. Por isso, queríamos atacar seu helicóptero", alegou Ahmadi na entrevista.
O porta-voz talibã aplaudiu o fato de que o Reino Unido não vai enviar mais tropas ao país, como anunciou Cameron durante sua visita, e lhe pediu "coragem" para tirar do Afeganistão os soldados que já estão no terreno.
"O Reino Unido e o mundo deveriam aceitar que invadiram o Afeganistão ilegalmente, matando gente inocente e perdendo soldados em uma guerra de outros. É necessário que retirem suas tropas do Afeganistão", disse Ahmadi.
Na quinta-feira, Cameron se reuniu em Cabul com o presidente afegão, Hamid Karzai, e depois viajou para Helmand, onde visitou uma escola agrícola construída com fundos britânicos e s ereuniu com o governador provincial, Gulab Mangal.
O Reino Unido tem cerca de dez mil soldados no Afeganistão, a maioria na província de Helmand, uma das mais violentas e tradicional reduto dos talibãs.
Após sua reunião com Karzai, Cameron reconheceu que o Afeganistão é o "assunto de política externa" e de "segurança nacional" mais importante para o Governo do Reino Unido, país que perdeu a 294 soldados no país asiático desde outubro de 2001.
Fonte: EFE - Foto: PA
Cameron, que fez uma viagem surpresa na sexta-feira ao sul afegão, se viu obrigado a suspender sua visita a uma base militar britânica depois que os serviços de espionagem interceptaram dois telefonemas nos quais se mencionava um ataque contra um helicóptero.
Em entrevista concedida hoje à agência afegã "AIP", o porta-voz talibã Muhamad Yousef Ahmadi disse que as milícias sabiam que Cameron visitaria a região de Shoraab e outro distrito de Helmand dois dias antes de sua viagem.
"Há afegãos trabalhando nas bases de estrangeiros que nos dão informações. Recebemos dessa mesma fonte a informação sobre a visita de Cameron", disse Ahmadi.
Segundo o porta-voz talibã, o atentado contra o primeiro-ministro do Reino Unido foi encomendado a um grupo de talibãs equipado com lança-foguetes RPG-7, uma das armas que as milícias costumam usar para derrubar helicópteros de tropas internacionais.
"Os afegãos sempre respeitam os visitantes. Nesse momento, porém, o primeiro-ministro do Reino Unido não era um visitante, vinha ao Afeganistão como um invasor. Por isso, queríamos atacar seu helicóptero", alegou Ahmadi na entrevista.
O porta-voz talibã aplaudiu o fato de que o Reino Unido não vai enviar mais tropas ao país, como anunciou Cameron durante sua visita, e lhe pediu "coragem" para tirar do Afeganistão os soldados que já estão no terreno.
"O Reino Unido e o mundo deveriam aceitar que invadiram o Afeganistão ilegalmente, matando gente inocente e perdendo soldados em uma guerra de outros. É necessário que retirem suas tropas do Afeganistão", disse Ahmadi.
Na quinta-feira, Cameron se reuniu em Cabul com o presidente afegão, Hamid Karzai, e depois viajou para Helmand, onde visitou uma escola agrícola construída com fundos britânicos e s ereuniu com o governador provincial, Gulab Mangal.
O Reino Unido tem cerca de dez mil soldados no Afeganistão, a maioria na província de Helmand, uma das mais violentas e tradicional reduto dos talibãs.
Após sua reunião com Karzai, Cameron reconheceu que o Afeganistão é o "assunto de política externa" e de "segurança nacional" mais importante para o Governo do Reino Unido, país que perdeu a 294 soldados no país asiático desde outubro de 2001.
Fonte: EFE - Foto: PA
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