Há mais de cinquenta anos desde a última vez que a NASA liderou uma missão tripulada à Lua. A agência espacial norte-americana foi a primeira a enviar astronautas ao nosso satélite natural no fim da década de 1960, e representou um marco histórico para os Estados Unidos.
Aparentemente, uma nova “corrida espacial” está tomando forma a nível mundial. Durante uma audiência do Comitê do Congresso dos Estados Unidos, representantes da agência buscam ampliar os investimentos em tecnologia para estimular o desenvolvimento de naves espaciais com propulsão nuclear.
De acordo com Bhavya Lal, conselheiro sênior de investimentos e finanças da NASA, a concorrência está “investindo agressivamente em um extenso rol de tecnologias espaciais”, e menciona especificamente a China. “Os Estados Unidos precisam agir em um ritmo acelerado para permanecer competitivo e manter a liderança na comunidade global”, afirma.
As declarações de Lal foram proferidas em meio a rumores afirmando que o governo chinês testou um foguete orbital para transportar armas nucleares em velocidades supersônicas. A China confirmou que testou a espaçonave em agosto, mas negou o armamento nuclear.
Na ocasião, o comitê não tomou iniciativas sobre as sugestões da NASA, mas reuniu informações para futuras discussões orçamentárias.
"Se os Estados Unidos estão determinados a liderar a primeira missão tripulada a Marte, não temos tempo a perder.", disse Don Beyer, Membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Uma das empresas que compartilham o interesse em enviar humanos ao Planeta Vermelho é a SpaceX, de Elon Musk. Dadas as constantes colaborações entre a agência e a empresa responsável pela rede de satélites Starlink, é possível que o expertise do CEO da Tesla seja combinado à visão competitiva da NASA.
Roger M. Myers, das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos, afirma que os riscos associados à propulsão nuclear são desafios que podem ser superados, embora não cite muitos detalhes sobre o planejamento.
Lal ressalta que diversas missões não tripuladas foram possíveis devido à autonomia e fácil transporte dos rovers. O lançamento de uma nave espacial com humanos, além de exigir maior potência, também requer maiores preocupações sobre suporte de vida que deve manter os astronautas em condições favoráveis, caso imprevistos ocorram.
“Também precisamos nos certificar de que o controle ambiental e sistemas de suporte de vida possam manter os astronautas vivos por [pelo menos] dois ou três anos”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário