terça-feira, 13 de outubro de 2020

Caso Bariloche: Governo argentino libera documento de famoso caso de óvni

Em 1995, um voo da Aerolíneas Argentinas foi “interceptado” por um objeto voador não-identificado quando estava pousando no aeroporto da cidade de Bariloche.

Quase três anos após a entrada em vigor da lei que permitiu o acesso aos documentos públicos na Argentina, o Ministério da Defesa argentino liberou nesta sexta (18/9) uma série de materiais relacionados à investigação oficial do chamado “Caso Bariloche”, como ficou conhecido o avistamento de um objeto voador não identificado (óvni) em 1995.

Clique AQUI para acessar o documento completo

Um avião da empresa Aerolineas Argentinas que estava prestes a pousar em San Carlos de Bariloche, na Patagônia argentina, foi interceptado por um óvni que o obrigou a realizar uma manobra de fuga, segundo informa o piloto Jorge Polanco no documento que deixou de ser secreto, citado pelo jornal Diario Popular.

O evento ocorreu entre 20h17 e 20h31 do dia 31 de julho de 1995, num momento em que a cidade estava sem energia.

Suposta imagem da perseguição de um óvni a um Boeing da Aerolineas Aergentinas

“Foi um acontecimento que mexeu com minha cabeça”, diz o protagonista do encontro chocante em entrevista para uma rádio na época. Ele lembra que “chegando em Bariloche a torre de controle nos avisou que havia uma queda de energia. Estávamos voltando para o aeroparque. Depois de um tempo nos informaram que a energia havia sido retomada com um gerador auxiliar no aeroporto, usado para esses casos”, completa Polanco, citado pelo periódico argentino.

Quando o avião chegou próximo de Bariloche, o piloto diz ter visto uma luz ao longe, cerca de 22 km do aeroporto ou na posição geográfica das 11 horas. “Da torre de controle, eles nos dizem que não havia nada, apenas um avião militar que estava atrás de nós”, diz o piloto da Aerolíneas Argentinas.

Segundo ele, justamente os tripulantes da aeronave militar puderam observar o momento em que o óvni praticamente se aproximou do Boeing 727 da empresa aérea argentina durante a descida no aeroporto internacional Luis Candelaria.

A imprensa argentina noticiou na época o caso do avistamento de óvni em Bariloche (Foto: Wikimedia/Reprodução)

“Quando estávamos quase tocando a pista, toda a luz foi desligada novamente. O operador do sistema me explicou depois que o gerador acelerou sozinho, começou a soltar fumaça e parou. O aeroporto ficou às cegas. Naquele momento percebi que algo não estava bem e iniciamos a manobra de evasão”, conta Jorge Polanco, citado pelo Diario Popular.

O piloto civil explica que quando iniciou a manobra e chegou a 10.000 pés (cerca de 3 km), virou à direita, em direção ao lago. “Naquele momento, vejo a luz novamente. Nivelei a altitude para não bater no avião dos militares, que estava 300 m mais alto, à minha frente. Ao olhar para trás, passei perto dele, quase tocando o disco voador e voltei para o aeroporto”.

Segundo o piloto da Aerolíneas Argentinas, o óvni se aproximou do Boeing 727 e um avião militar testemunhou o ocorrido (Foto: Pixabay)

Como mostra o jornal argentino, a tripulação da aeronave do exército informou ao piloto da companhia aérea que o objeto o havia seguido, mas quando estavam manobrando para pousar novamente, o óvni desapareceu em direção à cidade de Cerro Otto.

“Foi algo muito estranho. Foram minutos de contato real com uma nave que me perseguia. Não durou pouco, foram 17 minutos no total. Ela devia ter uns 30 m de diâmetro. Era um prato de sopa, daqueles fundos para comer lentilha. Tinha luzes verdes que giravam em alta velocidade e uma luz laranja no topo que parecia piscar. Isso me marcou por toda a minha vida”, revela Polanco.


Investigação oficial

Apesar do curioso relato do piloto comercial, como mostra o site RT, em 2018 o Ministério da Defesa argentino publicou as conclusões de sua investigação sobre o “Caso Bariloche” e culpou um homem chamado Juan Carlos Rivero pelas luzes observadas.

O morador reconheceu “por escrito” que “estava testando um refletor do tipo ‘rastreador do céu’ naquela mesma noite”.

De acordo com o site, Rivero afirmou que não podia ver “outra luz considerada extraordinária no céu” e insistiu que, embora não houvesse energia elétrica “a única luz que viu foi o reflexo nas nuvens do feixe de seu próprio projetor”.

Por Jorge Tadeu com trendsbr.uai.com.br / rionegro.com.ar / factorelblog.com - Imagens: Reprodução

Nenhum comentário: