Os Estados Unidos anunciaram sexta-feira que testaram com sucesso um ultramoderno sistema de defesa baseado em um potente raio laser, modalidade de ação conhecida como energia dirigida. O feixe, que se propaga na velocidade da luz, é disparado de um avião adaptado, e é capaz de, em poucos minutos, perseguir, identificar e destruir mísseis inimigos.
Imagem em infravermelho liberada pelo Departamento de Defesa dos EUA mostra o laser aerotransportado da Agência de Defesa contra Mísseis destruindo seu alvo
O sucesso do primeiro teste foi divulgado pela Agência de Defesa de Mísseis dos EUA (MDA, na sigla em inglês). Em nota oficial, a agência informa que o teste aconteceu às 20h44 de quinta-feira (2h44 de sexta-feira, no horário de Brasília), num campo marítimo de provas militares, na costa de Ventura, região central da Califórnia.
“A Agência de Defesa de Mísseis demonstrou o uso potencial da energia dirigida para a defesa contra mísseis balísticos, quando a Plataforma de Testes Aerotransportada a Laser destruiu, com sucesso, um míssil balístico em ascensão”, diz a nota.
O sistema é desenvolvido por empresas privadas – a Boeing é a principal delas – e pela própria MDA. O “laser de alta energia” é fornecido pela Northrop Grumman, e o sistema de disparo é desenvolvido pela enquanto a Lockheed Martin.
O equipamento é acoplado a um Boeing 747 Jumbo, adaptado especialmente para a empreitada. Imagens do avião já haviam sido publicadas em junho de 2007 no Slot, blog sobre aviação assinado pelo jornalista Marcelo Ambrosio, hospedado no JB online.
“O que mais chama a atenção nesse jato é o nariz avantajado. É dali que é emitido o feixe de laser de alta energia alimentado por Oxigênio e Iodo”, escreve Ambrosio
Teste inédito
O teste de sexta-feira foi o primeiro que, por meio da energia dirigida, atingiu um míssil balístico de combustível líquido em pleno voo. Em agosto, a arma a laser foi testada com sucesso contra outro tipo de míssil.
O objetivo da arma a laser, segundo a MDA, é deter mísseis inimigos, permitindo que os militares dos EUA interceptem projéteis de todos os tipos usando a velocidade da luz, enquanto estiverem em ascensão.
“O uso da energia dirigida é muito atraente para a defesa de mísseis, com o potencial de atacar vários alvos à velocidade da luz, a um alcance de centenas de quilômetros, e a um custo baixo por tentativa de interceptação em comparação às atuais tecnologias”, explica a MDA.
Artefato destruído em dois minutos
Um míssil balístico de curto alcance foi lançado do mar, a partir de uma plataforma móvel. Em segundos, o Airborne Laser Testbed (ALTB) acionou seus sensores para detectar o artefato, e disparou um primeiro feixe de laser de baixa energia, cuja função é acompanhar a trajetória do míssil. Em seguida, outro feixe de baixa energia foi disparado para medir e compensar as alterações atmosféricas na região. O golpe final ocorreu quando o laser de alta energia (megawatt-class high energy laser) foi acionado em direção ao míssil, que entrou em colapso por superaqueciomento, causado pelo feixe.
Todo o processo, do lançamento à destruição do míssil, durou apenas dois minutos, tempo em que os motores do míssil ainda estavam “empurrando” o artefato.
Segundo a MDA, o teste de sexta-feira foi o primeiro a ser realizado contra um mússil balístico movido a combustível líquido, e lançado de uma plataforma marítima. Em fevereiro, a MDA realizou um teste, também com sucesso, abatendo um míssil balístico movido a combustível sólido. Após o teste de sexta-feira, outro míssil a combustível sólido também foi abatido.
Fonte: Jornal do Brasil - Foto: AFP/Getty Images
“A Agência de Defesa de Mísseis demonstrou o uso potencial da energia dirigida para a defesa contra mísseis balísticos, quando a Plataforma de Testes Aerotransportada a Laser destruiu, com sucesso, um míssil balístico em ascensão”, diz a nota.
O sistema é desenvolvido por empresas privadas – a Boeing é a principal delas – e pela própria MDA. O “laser de alta energia” é fornecido pela Northrop Grumman, e o sistema de disparo é desenvolvido pela enquanto a Lockheed Martin.
O equipamento é acoplado a um Boeing 747 Jumbo, adaptado especialmente para a empreitada. Imagens do avião já haviam sido publicadas em junho de 2007 no Slot, blog sobre aviação assinado pelo jornalista Marcelo Ambrosio, hospedado no JB online.
“O que mais chama a atenção nesse jato é o nariz avantajado. É dali que é emitido o feixe de laser de alta energia alimentado por Oxigênio e Iodo”, escreve Ambrosio
Teste inédito
O teste de sexta-feira foi o primeiro que, por meio da energia dirigida, atingiu um míssil balístico de combustível líquido em pleno voo. Em agosto, a arma a laser foi testada com sucesso contra outro tipo de míssil.
O objetivo da arma a laser, segundo a MDA, é deter mísseis inimigos, permitindo que os militares dos EUA interceptem projéteis de todos os tipos usando a velocidade da luz, enquanto estiverem em ascensão.
“O uso da energia dirigida é muito atraente para a defesa de mísseis, com o potencial de atacar vários alvos à velocidade da luz, a um alcance de centenas de quilômetros, e a um custo baixo por tentativa de interceptação em comparação às atuais tecnologias”, explica a MDA.
Artefato destruído em dois minutos
Um míssil balístico de curto alcance foi lançado do mar, a partir de uma plataforma móvel. Em segundos, o Airborne Laser Testbed (ALTB) acionou seus sensores para detectar o artefato, e disparou um primeiro feixe de laser de baixa energia, cuja função é acompanhar a trajetória do míssil. Em seguida, outro feixe de baixa energia foi disparado para medir e compensar as alterações atmosféricas na região. O golpe final ocorreu quando o laser de alta energia (megawatt-class high energy laser) foi acionado em direção ao míssil, que entrou em colapso por superaqueciomento, causado pelo feixe.
Todo o processo, do lançamento à destruição do míssil, durou apenas dois minutos, tempo em que os motores do míssil ainda estavam “empurrando” o artefato.
Segundo a MDA, o teste de sexta-feira foi o primeiro a ser realizado contra um mússil balístico movido a combustível líquido, e lançado de uma plataforma marítima. Em fevereiro, a MDA realizou um teste, também com sucesso, abatendo um míssil balístico movido a combustível sólido. Após o teste de sexta-feira, outro míssil a combustível sólido também foi abatido.
Fonte: Jornal do Brasil - Foto: AFP/Getty Images
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