A pesquisa do Wise é considerada exploratória porque, ao catalogar centenas de milhões de objetos celestes, seus dados servirão como mapas de navegação para outras missões
Telescópio de infravermelho
Está pronto para o lançamento, previsto para a próxima sexta-feira, 11 de Dezembro, o mais novo telescópio espacial da NASA.
O WISE é um telescópio na faixa do infravermelho que ficará circulando em volta da Terra ao longo dos pólos para fazer um mapa completo do universo, detectando galáxias longínquas, estrelas frias demais para que sua luz seja captado com precisão por outros telescópios e até asteroides escuros, escondidos nas profundezas do Sistema Solar, de onde podem surgir "repentinamente" para se chocar com a Terra.
"Nós vamos descobrir milhões de objetos que nunca foram vistos antes. Os olhos do Wise representam uma melhoria enorme em relação aos mapeamentos de infravermelho já feitos até hoje," disse Edward Wright, cientista chefe da missão.
Mapa exploratório do universo
WISE, que também significa sábio, é um acrônimo para Wide-field Infrared Survey Explorer - uma expressão de difícil tradução que poderia ser melhor entendida como pesquisa exploratória em infravermelho com visão de campo largo.
A pesquisa do Wise será exploratória porque, ao catalogar centenas de milhões de objetos celestes, seus dados servirão como mapas de navegação para outras missões, apontando os alvos mais interessantes para serem pesquisados de maneira mais aprofundada.
Os telescópios espaciais Hubble, Spitzer, Herschel e o tão esperado James Webb, assim como o telescópio aéreo Sofia, todos farão observações com base nos achados e nos mapas criados pelo Wise.
"Estamos em uma época incrível para os telescópios espaciais. Vários deles vão trabalhar em conjunto, cada um contribuindo com diferentes peças para os mais intrigantes quebra-cabeças do universo," afirmou Jon Morse, diretor de astrofísica da NASA.
Asteroides e Estrela X
A luz visível é apenas uma fatia do "arco-íris" eletromagnético do universo. A luz infravermelha, que os sensores biológicos humanos, também conhecidos como olhos, não conseguem detectar, tem comprimentos de onda mais longos e é excelente para enxergar objetos que são muito frios, empoeirados ou que estejam longe demais da Terra.
Mas não é só o que está muito distante que interessa. Asteroides circulando pelo Sistema Solar, escuros e frios, indetectáveis pelos telescópios ópticos, poderão ser descobertos, ampliando o monitoramento dos objetos com possibilidades de colisão com a Terra.
Entre as estrelas mais frias, há uma grande expectativa com relação às anãs-marrons. O telescópio Wise descobrirá milhares delas.
Mas alguns astrônomos especulam que há uma anã-marrom bem debaixo dos nossos narizes, mais próxima do Sol do que a Próxima Centauro, a estrela mais próxima de nós, além do Sol, a apenas quatro anos-luz de distância.
Se essa "estrela X" realmente existir, o Wise será capaz de detectá-la.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagens: NASA/JPL/Caltech/UCB
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