O governo do Iêmen anunciou, na quinta-feira, a criação de uma comissão para investigar relatos de que cerca de 85 pessoas morreram em um ataque da aeronáutica iemenita contra um campo de refugiados no noroeste do país na quarta-feira.
Segundo o governo, o ataque tinha como alvo rebeldes xiitas chamados de Houthis.
Relatos de testemunhas sugerem que as bombas, lançadas de aviões de guerra MIG 29, atingiram idosos, mulheres e crianças que buscavam refúgio e se escondiam em arbustos e árvores tentando escapar dos conflitos entre as tropas do governo e insurgentes xiitas.
O ministro das Relações Exteriores disse à BBC que as forças do governo não estão usando armas pesadas e jatos velozes de maneira indiscriminada que poderia colocar a vida de civis em perigo na batalha contra os rebeldes no norte do Iêmen.
Segundo o correspondente da BBC em Haradh Paul Wood, jornalistas locais afirmam que o local onde os refugiados estariam se escondendo fica perto de posições de artilharia dos rebeldes.
Um oficial do governo afirmou que o ataque foi em resposta a uma ofensiva dos rebeldes que estariam atirando contra as tropas oficiais escondidos em meio aos refugiados
O líder local, xeque Mohammed Hassan, disse ao atender um funeral coletivo das vítimas, que a situação seria horrenda e pediu para que "quem quer que tenha sido responsável por isso, seja levado à Justiça".
Sem resposta
Porta-vozes do governo negam que existisse um campo de refugiados no local e afirmam que os mortos eram rebeldes.
Mas políticos da minoria xiita (a maioria no Iêmen é de muçulmanos sunitas) condenaram o ataque, dizendo que ele foi apenas mais um dos abusos contra a etnia.
Rebeldes Houthi desejam maior autonomia. O governo iemenita acusa os insurgentes de serem influenciados pelo Irã.
Já a minoria xiita acusa o governo de ser dominado pelos também sunitas da Arábia Saudita.
'Alarmante'
A Agência de Refugiados da ONU (Acnur) se disse "alarmada" pelos relatos e afirmou que o ocorrido reforça a necessidade de criação de corredores humanitários no norte do país para permitir a chegada de ajuda aos necessitados.
A ONU diz que o sofrimento de civis atingiu "níveis alarmantes" e que até agora não houve resposta a seu apelo de US$ 23.5 milhões para ajudar os refugiados.
Segundo muitos analistas, o Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, caminha rumo a se tornar um Estado falido.
Além da insurgência xiita, o governo combate a sunita Al Qaeda, piratas somalis em sua costa e lida com uma economia decadente, baseada em reservas cada vez menor de petróleo.
Recentemente os EUA prometeram uma nova ajuda de US$ 120 milhões.
Fonte: BBC Brasil via O Globo
Segundo o governo, o ataque tinha como alvo rebeldes xiitas chamados de Houthis.
Relatos de testemunhas sugerem que as bombas, lançadas de aviões de guerra MIG 29, atingiram idosos, mulheres e crianças que buscavam refúgio e se escondiam em arbustos e árvores tentando escapar dos conflitos entre as tropas do governo e insurgentes xiitas.
O ministro das Relações Exteriores disse à BBC que as forças do governo não estão usando armas pesadas e jatos velozes de maneira indiscriminada que poderia colocar a vida de civis em perigo na batalha contra os rebeldes no norte do Iêmen.
Segundo o correspondente da BBC em Haradh Paul Wood, jornalistas locais afirmam que o local onde os refugiados estariam se escondendo fica perto de posições de artilharia dos rebeldes.
Um oficial do governo afirmou que o ataque foi em resposta a uma ofensiva dos rebeldes que estariam atirando contra as tropas oficiais escondidos em meio aos refugiados
O líder local, xeque Mohammed Hassan, disse ao atender um funeral coletivo das vítimas, que a situação seria horrenda e pediu para que "quem quer que tenha sido responsável por isso, seja levado à Justiça".
Sem resposta
Porta-vozes do governo negam que existisse um campo de refugiados no local e afirmam que os mortos eram rebeldes.
Mas políticos da minoria xiita (a maioria no Iêmen é de muçulmanos sunitas) condenaram o ataque, dizendo que ele foi apenas mais um dos abusos contra a etnia.
Rebeldes Houthi desejam maior autonomia. O governo iemenita acusa os insurgentes de serem influenciados pelo Irã.
Já a minoria xiita acusa o governo de ser dominado pelos também sunitas da Arábia Saudita.
'Alarmante'
A Agência de Refugiados da ONU (Acnur) se disse "alarmada" pelos relatos e afirmou que o ocorrido reforça a necessidade de criação de corredores humanitários no norte do país para permitir a chegada de ajuda aos necessitados.
A ONU diz que o sofrimento de civis atingiu "níveis alarmantes" e que até agora não houve resposta a seu apelo de US$ 23.5 milhões para ajudar os refugiados.
Segundo muitos analistas, o Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, caminha rumo a se tornar um Estado falido.
Além da insurgência xiita, o governo combate a sunita Al Qaeda, piratas somalis em sua costa e lida com uma economia decadente, baseada em reservas cada vez menor de petróleo.
Recentemente os EUA prometeram uma nova ajuda de US$ 120 milhões.
Fonte: BBC Brasil via O Globo
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