Em um programa para o canal Unconventional, da revista americana "Newsweek", o jornalista Naveed Jamali teve a rara oportunidade de mostrar por dentro o B-2, com acesso aos hangares onde eles estão estacionados e à cabine, fazendo um voo de treinamento no bombardeiro. Jamali é um ex-militar americano e ex-agente do FBI.
Em sua visita à base de Whiteman, a 115 km de Kansas City, onde todos os B-2 ficam concentrados, o jornalista revela como as aeronaves são preparadas para as missões.
Cada bombardeiro tem seu próprio hangar, onde só é permitido entrar e filmar com autorização do Pentágono — um aviso no chão diz que "o uso de força letal é permitido" no local.
Dois tripulantes, 40 horas
A base aérea fica em uma região central dos Estados Unidos para que possa chegar em um tempo razoável tanto à Costa Leste quanto à Costa Oeste do país. No entanto, isso faz com que os bombardeiros fiquem baseados ainda mais longe dos seus alvos.
Por isso, é comum haver operações de reabastecimento em pleno ar. Além disso, é preciso garantir que os tripulantes se alimentem, e até façam suas necessidades, se preciso, durante as missões, que podem durar até 40 horas.
Segundo Jamali, os B-2 são equipados com um forno de micro-ondas na cabine para que o comandante da missão e o piloto não passem fome. O jornalista também descreveu que existe "uma espécie de banheiro químico" — além de equipamentos como urinol masculino, feminino e até uma espécie de fralda no equipamento de cada ocupante.
Eles também podem dormir, um de cada vez, em um espaço atrás dos assentos, estendendo um saco de dormir em um colchão inflável.
Não menos importante, Jamali também mostrou um pequeno aromatizador de ambiente, desses em formato de pinheiro, comuns em automóveis. O motivo é prosaico: as missões longas podem deixar a cabine com um cheiro ruim.
O jornalista aponta, por último, o desconforto causado pelos assentos, projetados para ejetar, se necessário.
Veja mais detalhes abaixo:
- Custa cerca de US$ 2,1 bilhões por unidade
- Produzido pela Northrop Grumman nos anos 1980
- Apenas 21 unidades foram fabricadas
- Pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento
- Transporta até 18 toneladas de armamentos
- É invisível aos radares convencionais
Capacidade de destruição
Entre os armamentos, o B-2 pode carregar duas bombas GBU-57A/B, conhecidas como "bunker buster", com 13 toneladas cada. Projetada para destruir bunkers reforçados, a arma é guiada por GPS e pode penetrar mais de 60 metros de concreto armado.
O B-2 também pode lançar:
- JDAMs (Joint Direct Attack Munitions): bombas guiadas por GPS para ataques de alta precisão.
- JSOWs (Joint Standoff Weapons): bombas planadoras que permitem ataques a longa distância, sem comprometer o sigilo do avião.
- JASSMs (Joint Air-to-Surface Standoff Missiles): mísseis de longo alcance com tecnologia furtiva, capazes de atingir alvos a mais de 800 km.
Papel na estratégia nuclear dos EUA
O B-2 é uma das peças-chave da tríade nuclear dos Estados Unidos. Ele pode carregar até 16 bombas nucleares B83, combinando alcance, precisão e furtividade para realizar ataques estratégicos com potencial destrutivo massivo.
Via g1
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