quarta-feira, 11 de outubro de 2023

AENA assumirá e investirá US$ 590 milhões no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo

O aeroporto está pronto para mudar de mãos.

(Foto: Thiago B Trevisan/Shutterstock)
A Aena Brasil, subsidiária sul-americana da operadora aeroportuária espanhola, assumirá o controle do segundo maior aeroporto de São Paulo, o Congonhas (CGH), no dia 17 de outubro. A nova administração está interessada em investir pesadamente em Congonhas, com planos por empregar cerca de três bilhões de reais (US$ 590 milhões) para melhorar a experiência dos passageiros.

No ano passado, o governo brasileiro realizou a sétima rodada de privatizações de aeroportos. Esta rodada teve o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, como a adjudicação mais importante. Aena, a operadora aeroportuária espanhola, venceu a licitação para Congonhas e dez aeroportos adicionais e teria pago 468 milhões de euros para administrar esses centros durante os próximos 30 anos. Quatro companhias aéreas operam em Congonhas: GOL, LATAM, Azul e Passaredo, com média de 1.910 saídas por semana em outubro de 2023. GOL oferece 45% de todos os assentos disponíveis, seguida pela LATAM (40,6%), Azul (13%) e Passaredo .

A aquisição acontecerá no dia 17 de outubro e a Aena administrará um aeroporto que no ano passado teve 18 milhões de passageiros. O CEO da Aena Brasil, Santiago Yus, concedeu recentemente uma entrevista falando sobre os investimentos de mais de três bilhões de reais que ocorrerão em Congonhas.

Santiago Yus destacou algumas ações iniciais que a Aena Brasil realizará no Aeroporto de Congonhas para melhorar a experiência dos passageiros. Essas ações incluem a implementação de novas tecnologias no check-in e despacho de bagagens; melhorar o ambiente na sala de embarque; ampliação dos canais de fiscalização e reparação da infraestrutura de áreas comuns e restritas; revitalização dos pavimentos das pistas de táxi; ampliação da área de estacionamento de aeronaves; adequação das vias de acesso; renovar a fachada e modernizar os banheiros dos aeroportos.

Além de Congonhas, a Aena Brasil administra (ou pretende administrar) os aeroportos de Ponta Porã, Corumbá, Campo Grande, Uberaba, Uberlândia, Montes Claros, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte, Eldorado dos Carajás , Marabá, Altamira e Santarém. Recife é o mais importante desse grupo.

Yus acredita que a Aena Brasil – única operadora aeroportuária estrangeira no país – tem a oportunidade de criar hubs comerciais e desenvolver as regiões, criando novas oportunidades para os passageiros de todo o país. “Nosso objetivo também é oferecer um serviço de excelência nas diversas rotas do Brasil”, acrescentou.

A Aena Brasil deverá receber dez aeroportos entre 13 de outubro e 30 de novembro de 2023. O primeiro aeroporto a ser entregue é Campo Grande no dia 13 de outubro, seguido por Congonhas (17), Ponta Porã (7 de novembro), Corumbá (10), Uberaba (13), Montes Claros (16), Marabá (21), Carajá (24), Santarém (27) e Altamira (30).

O processo de privatização no Brasil

Entre 2011 e 2021, o programa de concessões aeroportuárias no Brasil concedeu o equivalente a 75,82% do tráfego nacional a empresas privadas. O governo brasileiro buscava reduzir sua participação nos aeroportos de todo o país. Com o último leilão e a aquisição da Aena Brasil, o percentual chegará a 91,6% dos passageiros atendidos nos aeroportos agora privatizados.

Dois grandes aeroportos ainda não foram privatizados numa ronda de oito concessões. Esses aeroportos são Santos Dumont (SDU) e Galeão (GIG), no Rio de Janeiro. Em 2022, o governo brasileiro anunciou que esta rodada deveria ocorrer durante o segundo semestre de 2023, mas nenhuma novidade foi anunciada.

Com informações de Simple Flying e 29 horas

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