domingo, 22 de maio de 2022

Controlador orientou avião a interceptar o Cirrus antes de cair no Atlântico, veja como foi

Os aviões vistos no radar, em cena do vídeo apresentado a seguir
Registros de radar e da comunicação do controle de tráfego aéreo, apresentados no vídeo abaixo, mostram como foram os últimos minutos antes do acidente de um avião monomotor Cirrus SR22, que caiu no Oceano Atlântico na costa dos Estados Unidos no dia 6 de maio.

Na ocasião, apenas com o piloto a bordo, a aeronave de matrícula N24LA decolou para um rápido voo de cerca de 20 minutos entre Lexington e Barnwell, porém, quando já se aproximando do destino, os registros de radar mostram que o avião estabilizou a 2.300 pés de altitude e a 130 nós de velocidade, e assim prosseguiu em uma linha reta até deixar o continente nas proximidades de Savannah e se afastar do litoral sobre o mar.

O SR-22 voou por quase 10 minutos rumo ao Oceano Atlântico, até começar a perder velocidade e altitude, terminado por cair, mas não sem antes ser interceptado por outro avião, a pedido do controlador de tráfego aéreo.

Conforme o vídeo abaixo, publicado pelo canal VASAviation no YouTube, nota-se que havia outro Cirrus SR-22, de matrícula N61JM, voando próximo ao litoral exatamente naquele momento, e seu piloto aceitou o pedido do controlador de se aproximar do avião e tentar descobrir o que poderia estar acontecendo, já que ele não conseguia resposta pela frequência de rádio.

O controlador de tráfego aéreo então passou a fornecer as orientações de rumo em que o N61JM deveria voar para passar ao lado do N24LA e depois fazer uma curva para iniciar a interceptação.


Conforme a gravação vista acima, após se aproximar e passar a voar ao lado do outro avião, que agora já estava começando a perder altitude e velocidade, o piloto do N61JM informou que parecia que o N24LA não estava sendo controlado pelo piloto automático, já que não houve qualquer desvio automático quando ele se aproximou e balançou as asas, com o intuito de ver se obtinha alguma resposta do outro piloto.

Ele prosseguiu voando próximo enquanto o controlador informava que a velocidade e altitude continuavam caindo. “Ele deve estar caindo”, afirmou o piloto, pelo que via ao vivo.

O controlador então pediu que o piloto observasse se notava alguém saindo da aeronave após a queda, caso ele tivesse combustível suficiente para continuar sobrevoando o local da queda por mais algum tempo.

Após o acidente, o piloto informou que não via nenhuma porta aberta, e que apenas a cauda estava fora da água, mas que o resto do avião estava submerso.

A trajetória do Cirrus, desde a passagem sobre o aeroporto até a queda no mar (Imagem: RadarBox)
Trajetória do avião que auxiliou (Imagem: RadarBox)
Apesar do conhecimento do local exato da queda, a aeronave afundou logo depois, e os destroços e o corpo de Edwin Alton Farr, de 67 anos, foram encontrados apenas cerca de uma semana depois.

O corpo foi enviado para autópsia, para tentar determinar a causa da morte e descobrir o que pode ter acontecido com Edwin.

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