Proposta de orçamento da USAF pede US$ 227 milhões para desativar 15 aeronaves E-3 e definir um substituto; modelo de vigilância baseado no Boeing 737 é o favorito.
E-3 Sentry (Foto: USAF) |
Entre as verbas para investimentos em novos projetos e compra de aeronaves e armamentos, a proposta de orçamento de US$ 194 bilhões da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) para o ano fiscal 2023-24 pede uma reserva de US$ 227 milhões para a desativar 15 jatos de vigilância aérea e alerta antecipado (AWACS, na sigla em inglês) Boeing E-3 Sentry nos próximos dois anos.
A icônica aeronave com um potente radar montado sobre a fuselagem é um dos principais vetores da frota estratégica e ataque da USAF. Capaz de acompanhar os movimentos de aeronaves, tanques e navios a mais de 600 km de distância, os E-3 antecipam as movimentações inimigas e coordenam grupos de ataque, fornecendo informações para caças aliados ou dados para a orientar mísseis. No entanto, os modelos em serviço nos EUA são aeronaves já bem antigas.
Os primeiros E-3 Sentry foram entregues para a USAF em 1977 e dois anos depois a complexa aeronave foi declarada operacional. O avião-radar baseado no Boeing 707, um projeto da década de 1950, foi escolhido para substituir o EC-121 Warning Star, versão militar do Super Constellation e uma das primeiras plataformas AWACS do mundo.
A retirada dos velhos jatos da Boeing aparece na lista programas prioritários no orçamento da USAF. O documento cita o processo como “esforços de recapitalização” da frota, hoje com 31 aparelhos ativos. Portanto, o corte sugerido pela USAF até 2024 reduzirá quase pela metade o número de aeronaves do tipo em serviço nos EUA.
Ao mesmo tempo, a força estuda um substituto para o E-3, incluindo um projeto de longo prazo que pode dar origem a uma aeronave não tripulada. Para suprir a lacuna entre a saída do Sentry e a futura plataforma AWACS, a USAF cogita encomendar o E-7 Wedgetail, um avião-radar desenvolvido sobre o Boeing 737 a pedido da Austrália. Desde então, o modelo ganhou novos clientes, como o Reino Unido, que desativou seus E-3D e os vendeu ao Chile.
O E-7 Wedgetail pode ser uma solução de curto prazo (Foto: USAF) |
Por Thiago Vinholes (Airway)
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