sexta-feira, 21 de maio de 2021

Cientistas convertem plástico comum em combustível de avião

Método criado nos EUA faz a transformação do material de sacolas plásticas e garrafas PET em menos de uma hora.

O polietileno, também conhecido como plástico nº 1, é o plástico mais comumente usado, usado em uma grande variedade de produtos, desde sacolas plásticas, jarros de leite e frascos de xampu até tubos resistentes à corrosão, madeira composta de madeira-plástico e móveis de plástico
Pesquisadores da Washington State University (WSU), dos Estados Unidos, criaram um método que tem a capacidade de transformar o polietileno, o tipo de plástico mais barato e mais utilizado no mundo, em combustíveis de aviação em menos de uma hora.

O estudo foi publicado na última segunda-feira (17) na Chem Catalysis, revista especializada na publicação de estudos sobre catálise de produtos.

O polietileno é muito usado para a produção de sacolas plásticas de supermercados, na embalagem de alimentos, em garrafas pet e em diversos outros produtos, representando cerca de um terço de todos os objetos plásticos produzidos em escala mundial.

Para fazer a transformação, os cientistas utilizaram um catalisador, substância responsável pela aceleração de uma reação química, à base do elemento químico rutênio e um solvente que é bastante utilizado neste tipo de processo.

Resíduos de polímeros podem se tornar matérias-primas valiosas em vez de acabar em
aterros sanitários e no ambiente natural circundante, como cursos de água
A maior diferença do que os especialistas da WSU fizeram para outros métodos que já são usados foi o pouco tempo que o procedimento levou para ser concluído. Os pesquisadores conseguiram converter cerca de 90% do plástico usado nos testes em combustível de aviação em menos de uma hora, a uma temperatura de 220°C, considerada baixa para a realização deste tipo de processo.

“A aplicação deste processo eficiente pode fornecer uma abordagem promissora para a produção seletiva de produtos de alto valor a partir de resíduos de polietileno”, destacou Hongfei Lin, um dos autores do estudo, em entrevista ao Daily Mail.

Via João Melo (R7) / Daily Mail

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