Nem mesmo os engenheiros do projeto sabiam se o modelo criado conseguiria decolar; aeronave promete ganhos significativos de eficiência em comparação aos aviões tradicionais.
Engenheiros da Universidade Técnica de Delft, nos Países Baixos, criaram um modelo de aeronave em formato de V, no qual os passageiros voam na asa da aeronave. Agora, o modelo, que promete ganhos significativos de eficiência, passou por seu primeiro teste de voo.
O Flying V, como é chamado, possui algumas vantagens em relação ao formato atualmente utilizado em aviões.
Além da aerodinâmica aprimorada, a aeronave possui um peso menor, o que significa menos combustível e, consequentemente, menos dinheiro para fazê-lo chegar ao seu destino.
Segundo a equipe responsável pelo seu design, ele pode usar cerca de 20% menos querosene se comparado a um Airbus A350-900, modelo mais usado comercialmente.
Mesmo que a aeronave utilizada tenha um tamanho bastante reduzido, cerca de 2,76 metros de comprimento e apenas 22,5 kg, e tenha sido controlado remotamente, o sucesso no teste é um passo importante para que o projeto avance.
“Uma das nossas preocupações era que a aeronave pudesse ter alguma dificuldade para decolar”, destacou Roelof Vos, pesquisador de propulsão da universidade e um dos responsáveis pelo projeto. “A equipe otimizou o modelo de voo em escala para evitar problemas, mas você precisa voar para ter certeza”, acrescentou.
O maior problema do teste foi durante o pouso. O avião tende a se inclinar para a frente nesse momento, causando um “pouso difícil”, segundo Vos.
O próximo passo dos engenheiros do projeto é tornar a ação mais suave, garantindo voos seguros no futuro. Além disso, há estudos para abastecer a aeronave com hidrogênio líquido no lugar do querosene, combustível utilizado no momento.
Primeiro avião autônomo do mundo
O novo formato, porém, pode não ser a única inovação em aviões nos próximos anos. A ausência do piloto é outra. A startup Xwing, já realizou vários voos de decolagem autônoma com sucesso usando um avião Cessna clássico para o transporte aéreo regional de passageiros em curta distância.
Segundo a Xwing, esta é a primeira vez que uma empresa realiza um voo totalmente autônomo com uma aeronave desta categoria, da decolagem à aterrissagem, em um intervalo de 800 quilômetros. A empresa já obteve o certificado Part 135 de transportadora aérea e pretende iniciar operações de voos comerciais de carga nos próximos meses.
Fonte: New Atlas via Guilherme Preta, editado por Fabiana Rolfini (olhardigital.com.br) - Fotos:Tu Delft/Divulgação
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