segunda-feira, 10 de novembro de 2014

NASA testa asa de avião que muda de formato

Durante o taxiamento, o novo flap adaptativo é estendido com uma deflexão de 20 graus.
Os resultados dos voos de teste mostrarão se o design sem emendas com os materiais
leves avançados poderão reduzir o peso estrutural da asa, melhorar a economia de
combustível e reduzir os impactos ambientais - Imagem: NASA/Ken Ulbrich

Asas metamórficas


A NASA apresentou resultados do seu Projeto Aviação Verde, que pretende desenvolver tecnologias para tornar os aviões do futuro mais silenciosos e mais econômicos em termos de consumo de combustível.

Os resultados envolveram os primeiros testes reais de uma asa cuja superfície pode mudar de forma durante o voo de forma contínua, sem peças separadas - uma asa metamórfica.




Os engenheiros substituíram os flaps de alumínio convencionais por uma montagem avançada que forma uma superfície dobrável sem emendas, chamada ACTE (Adaptive Compliant Trailing Edge, bordo de fuga adaptativo, em tradução livre).

Os ensaios de voo servirão para determinar se as asas metamórficas são realmente uma abordagem viável para melhorar a eficiência aerodinâmica e reduzir o ruído gerado durante pousos e decolagens.

 

A agência espacial alemã já vem realizando testes com asas morfológicas que alteram sua parte anterior, os chamados slats. Engenheiros chineses estão trabalhando em uma asa totalmente ativa, mas que ainda não foi testada em voo.

Teste de posições


Durante o voo de estreia da tecnologia, as superfícies flexíveis experimentais foram travadas em uma posição específica.

Configurações diferentes serão empregadas nos voos subsequentes para coletar uma variedade de dados que demonstrem a capacidade das asas flexíveis para suportar um ambiente de voo real. Só então serão realizados testes em que a asa mudará de formato durante as diversas etapas do voo.

"Nós progredimos partindo de uma ideia inovadora, amadurecemos o conceito por meio de vários projetos e testes em túnel de vento, até chegarmos a uma demonstração final que deverá provar à indústria aeroespacial que esta tecnologia está pronta para melhorar drasticamente a eficiência das aeronaves", disse o engenheiro Pete Flick, um dos responsáveis pelos testes.

Uma das vantagens da abordagem utilizada é a possibilidade de sua aplicação nos aviões atuais, que poderão ser modernizados caso a tecnologia se mostre vantajosa e seja aprovada pelas autoridades responsáveis.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagens: Divulgação/NASA

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