A rede Al-Qaeda ampliou nos últimos meses sua campanha de propaganda, com o objetivo de recrutar adeptos muçulmanos em todo o mundo, indo além dos países árabes. Para isso, publica na internet uma revista em inglês.
Há quatro meses, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), braço iemenita do grupo liderado por Osama bin Laden, publicou na internet o primeiro número da revista "Inspire", redigida totalmente em inglês, que explica como fabricar uma bomba.
Há uma semana, começou a circular na rede o segundo número da "Inspire", com um apelo a militantes em potencial para que ataquem multidões nos países ocidentais.
"Trata-se de algo novo, pois é a primeira vez que a Al Qaeda lança uma publicação em inglês", disse à AFP Dominique Thomas, especialista em grupos islamitas.
"As mensagens são dirigidas às comunidades muçulmanas" que vivem fora dos países árabes, acrescentou Thomas.
A Al Qaeda se tornou "uma empresa de informação", destacou Philip Seib, professor da Universidade da Califórnia, autor do livro "Global Terrorism and New Media".
"É necessário que deixemos de considerar a Al Qaeda como uma organização terrorista que utiliza a informação, para vê-la melhor como uma empresa de informação que recorre ao terrorismo", argumentou Seib.
Os vídeos e comunicados da Al Qaeda inundam a internet, principalmente desde os ataques de 11 de setembro, mas é a primeira vez que a organização lança uma revista em inglês.
"É uma mudança" na estratégia da Al Qaeda, que até pouco tempo atrás não se interessava muito por leitores não árabes, indicou por sua vez Mustafah Alani, especialista em segurança do Gulf Research Centre de Dubai.
Antes, a Al Qaeda "exportava" militantes, enquanto agora tenta "importar". Antes, utilizava a internet para "informar", agora o faz para "recrutar", afirmou Alani.
Para Thomas, este é mais um "sinal de radicalização que de recrutamento".
A nova diretriz da Al Qaeda se deve sobretudo a dois militantes do Iêmen: o imã Anwar al Aulaqi, que foi educado nos Estados Unidos e tem nacionalidade americana, e Samir Khan, americano de origem saudita, segundo Thomas.
Aulaqi, de 39 anos, não seria membro da Al Qaeda, embora muito próximo ao chefe local da organização, Nasser al-Wahishi, acrescentou. O imã saltou para a fama quando foi acusado de ter ligações com o psiquiatra militar americano Nidal Hasam, que matou 13 soldados em novembro de 2009 na base de Fort Hood, no Texas.
Anwar al Aulaqi também teria sido mentor do estudante nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, que em dezembro de 2009 tentou explodir um avião comercial americano.
Aulaqi fala inglês perfeitamente, e em maio divulgou um vídeo exortando muçulmanos americanos a seguir o exemplo de Nidal Hasan.
Samir Khan, que morou em Nova York e na Carolina do Norte antes de engrossar as fileiras da AQPA no Iêmen, disse no último número da "Inspire" que estava "orgulhoso por ter traído os Estados Unidos".
Fonte: Lynne Nahhas (AFP)
Há quatro meses, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), braço iemenita do grupo liderado por Osama bin Laden, publicou na internet o primeiro número da revista "Inspire", redigida totalmente em inglês, que explica como fabricar uma bomba.
Há uma semana, começou a circular na rede o segundo número da "Inspire", com um apelo a militantes em potencial para que ataquem multidões nos países ocidentais.
"Trata-se de algo novo, pois é a primeira vez que a Al Qaeda lança uma publicação em inglês", disse à AFP Dominique Thomas, especialista em grupos islamitas.
"As mensagens são dirigidas às comunidades muçulmanas" que vivem fora dos países árabes, acrescentou Thomas.
A Al Qaeda se tornou "uma empresa de informação", destacou Philip Seib, professor da Universidade da Califórnia, autor do livro "Global Terrorism and New Media".
"É necessário que deixemos de considerar a Al Qaeda como uma organização terrorista que utiliza a informação, para vê-la melhor como uma empresa de informação que recorre ao terrorismo", argumentou Seib.
Os vídeos e comunicados da Al Qaeda inundam a internet, principalmente desde os ataques de 11 de setembro, mas é a primeira vez que a organização lança uma revista em inglês.
"É uma mudança" na estratégia da Al Qaeda, que até pouco tempo atrás não se interessava muito por leitores não árabes, indicou por sua vez Mustafah Alani, especialista em segurança do Gulf Research Centre de Dubai.
Antes, a Al Qaeda "exportava" militantes, enquanto agora tenta "importar". Antes, utilizava a internet para "informar", agora o faz para "recrutar", afirmou Alani.
Para Thomas, este é mais um "sinal de radicalização que de recrutamento".
A nova diretriz da Al Qaeda se deve sobretudo a dois militantes do Iêmen: o imã Anwar al Aulaqi, que foi educado nos Estados Unidos e tem nacionalidade americana, e Samir Khan, americano de origem saudita, segundo Thomas.
Aulaqi, de 39 anos, não seria membro da Al Qaeda, embora muito próximo ao chefe local da organização, Nasser al-Wahishi, acrescentou. O imã saltou para a fama quando foi acusado de ter ligações com o psiquiatra militar americano Nidal Hasam, que matou 13 soldados em novembro de 2009 na base de Fort Hood, no Texas.
Anwar al Aulaqi também teria sido mentor do estudante nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, que em dezembro de 2009 tentou explodir um avião comercial americano.
Aulaqi fala inglês perfeitamente, e em maio divulgou um vídeo exortando muçulmanos americanos a seguir o exemplo de Nidal Hasan.
Samir Khan, que morou em Nova York e na Carolina do Norte antes de engrossar as fileiras da AQPA no Iêmen, disse no último número da "Inspire" que estava "orgulhoso por ter traído os Estados Unidos".
Fonte: Lynne Nahhas (AFP)
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