Dissemos que o satélite perdido apresentava dois riscos: um remoto, de colidir com outro satélite, e outro significativo, de interferir nas comunicações por prejudicar os sinais de outros satélites. Pois parece que o segundo risco está se tornando realidade.
O Galaxy 15 está causando interferência no sinal de seus dois “irmãos”, Galaxy 13 e 14, que auxiliam na transmissão de importantes redes de TV a cabo dos Estados Unidos, e dando trabalho para os especialistas.
Por enquanto, eles podem apenas acompanhá-lo, porque a solução inventada para retirá-lo das órbitas próximas (o raio-trator), ainda está em desenvolvimento.
A interferência existe porque seu sistema operacional de transmissão continua funcionando, mesmo que esteja fora de controle: ou seja, ele não pode ser utilizado, mas atrapalha a vida de satélites ainda com utilidade.
Já é até possível prever: no dia 26 de julho, o Galaxy 15 (foto ao lado, antes de ser lançado) vai entrar na órbita do Galaxy 14. Quatro dias depois, será o ponto em que os dois estarão mais próximos, ou seja, o ápice da interferência no sinal. Os técnicos terão que aplicar uma “gambiarra” para minimizar a interferência: direcionar as antenas e torres de transmissão para longe do Galaxy 15: com isso, o sinal do Galaxy 14 ficará um pouco mais fraco, mas evitará a maior parte da interferência. Essa quantidade de problemas relacionados a satélites é inédita na história das telecomunicações.
Fonte: Rafael Alves (hypescience.com) - Imagens: Orbital Sciences Corp. / spacenews.com
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Foto: Reprodução/CNN
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