O inquérito que investiga a queda do voo 447 da Air France, em 31 de maio do ano passado, está analisando as instruções fornecidas aos pilotos pela Airbus para lidar com falhas nos equipamentos semelhantes às que provocaram o acidente, de acordo com a principal autoridade encarregada da investigação.
"O BEA (gabinete francês que investiga acidentes aéreos) está examinando a diretriz que determina que os pilotos tentem ganhar altitude caso os instrumentos registrem uma falha no equipamento que mede a velocidade da aeronave", disse Alain Bouillard, em entrevista concedida. A Air France destacou que limitou o emprego desse procedimento em grandes altitudes por temer que provoque um aumento no risco de desestabilização do voo.
A manobra de emergência "pode levar a uma desaceleração" quando executada em altitude de cruzeiro, disse em entrevista Etienne Lichtenberg, chefe de segurança da Air France. "O risco de desestabilização decorrente de uma velocidade excessivamente baixa a grandes altitudes é significativo e, portanto, não é boa ideia produzir uma desaceleração." A Airbus disse que sustenta as orientações de segurança.
A mudança nas recomendações deixa a Air France numa posição que contradiz o treinamento que ainda é aplicado por outras companhias aéreas. No resultado preliminar das investigações, o BEA culpou equívocos na leitura da velocidade pelas falhas sistêmicas registradas nas transmissões automáticas do avião A330 que voava do Rio de Janeiro para Paris, minutos antes de mergulhar no Atlântico, provocando a morte de todos os 228 passageiros. As informações surgem ainda no momento em que peritos judiciais que analisam o caso do 447 põem em dúvida os processos de manutenção de aviões da Air France.
Fonte: Laurence Frost (Bloomberg News)/O Estado de S.Paulo
"O BEA (gabinete francês que investiga acidentes aéreos) está examinando a diretriz que determina que os pilotos tentem ganhar altitude caso os instrumentos registrem uma falha no equipamento que mede a velocidade da aeronave", disse Alain Bouillard, em entrevista concedida. A Air France destacou que limitou o emprego desse procedimento em grandes altitudes por temer que provoque um aumento no risco de desestabilização do voo.
A manobra de emergência "pode levar a uma desaceleração" quando executada em altitude de cruzeiro, disse em entrevista Etienne Lichtenberg, chefe de segurança da Air France. "O risco de desestabilização decorrente de uma velocidade excessivamente baixa a grandes altitudes é significativo e, portanto, não é boa ideia produzir uma desaceleração." A Airbus disse que sustenta as orientações de segurança.
A mudança nas recomendações deixa a Air France numa posição que contradiz o treinamento que ainda é aplicado por outras companhias aéreas. No resultado preliminar das investigações, o BEA culpou equívocos na leitura da velocidade pelas falhas sistêmicas registradas nas transmissões automáticas do avião A330 que voava do Rio de Janeiro para Paris, minutos antes de mergulhar no Atlântico, provocando a morte de todos os 228 passageiros. As informações surgem ainda no momento em que peritos judiciais que analisam o caso do 447 põem em dúvida os processos de manutenção de aviões da Air France.
Fonte: Laurence Frost (Bloomberg News)/O Estado de S.Paulo
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