Após uma semana de caos devido à erupção do vulcão islandês Eyjafjöll, o tráfego aéreo voltava ao normal nesta quinta-feira na Europa, mas inflava a polêmica sobre o custo da paralisação para as companhias e os passageiros; dezenas de milhares de viajantes ainda estão bloqueados em terra.
"A Europa registra entre 28.000 e 29.000 voos", nesta quinta-feira, segundo a organização europeia de navegação aérea, Eurocontrol.
Num momento, no entanto, em que dezenas de milhares de passageiros estão ainda longe de seus destinos, por falta de voos em número suficiente e de imediato, surge uma controvérsia sobre o pagamento ou não de indenizações e a eventual responsabilidade das autoridades no caos aéreo.
A Comissão europeia lembrou nesta quinta-feira que todas as companhias aéreas que usam aeroportos da UE são obrigadas a respeitar os direitos dos passageiros.
Com isto, visava principalmente a companhia de baixo custo Ryanair, cujo proprietário, Michael O'Leary, havia anunciado na quarta-feira que o rembolso dos passageiros "seria limitado ao preço inicial do bilhete pago".
A Ryanair, visivelmente pressionada, voltou atrás nesta quinta-feira, anunciando que devolveria aos passageiros um montante "razoável" superior ao preço da passagem de avião.
O'Leary acrescentou, no entanto, que contava ir com outras companhias aéreas aos tribunais "contra a Comissão europeia ou contra o Parlamento europeu, para explicar que (o) regulamento (em vigor) não estipula um fechamento de sete dias do espaço aéreo porque um vulcão expeliu cinzas na Islândia".
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) estima as perdas já sofridas em 1,7 bilhão de dólares e criticou a "confusão" causada pela reação europeia.
No pior período, os governos europeus invocaram o princípio de precaução - as cinzas vulcânicas poderiam, em alguns casos, vitrificar nos motores do avião, impedindo a sequência do voo.
O tráfego está ainda um pouco tumultuado na Finlândia e na Suécia.
A "volta à normalidade" foi confirmada no aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle, mas em Heathrow, em Londres, principal plataforma mundial em número de passageiros, será preciso "mais algum tempo" para funcionar 100%.
A erupção do Eyjafjöll prosseguiu na manhã desta quinta-feira com um "leve aumento" da atividade vulcânica, mas sem sinal visível, declarou à AFP Steinunn Jakobsdottir da Universidade de Reykjavik.
Em Varsóvia, os poloneses continuavam a se aglomerar em torno dos ônibus com percurso internacional, único meio nos últimos dias de chegar às capitais europeias. Kris Michalik, um operário de 40 anos que teve o voo para Londres cancelado no dia 15 de abril, embarcou nesta quinta-feira para um périplo de 27 horas de ônibus em direção à capital inglesa, onde trabalha. "Uma viagem assim longa é uma tortura, é uma escravidão", comentou.
Fonte: AFP
"A Europa registra entre 28.000 e 29.000 voos", nesta quinta-feira, segundo a organização europeia de navegação aérea, Eurocontrol.
Num momento, no entanto, em que dezenas de milhares de passageiros estão ainda longe de seus destinos, por falta de voos em número suficiente e de imediato, surge uma controvérsia sobre o pagamento ou não de indenizações e a eventual responsabilidade das autoridades no caos aéreo.
A Comissão europeia lembrou nesta quinta-feira que todas as companhias aéreas que usam aeroportos da UE são obrigadas a respeitar os direitos dos passageiros.
Com isto, visava principalmente a companhia de baixo custo Ryanair, cujo proprietário, Michael O'Leary, havia anunciado na quarta-feira que o rembolso dos passageiros "seria limitado ao preço inicial do bilhete pago".
A Ryanair, visivelmente pressionada, voltou atrás nesta quinta-feira, anunciando que devolveria aos passageiros um montante "razoável" superior ao preço da passagem de avião.
O'Leary acrescentou, no entanto, que contava ir com outras companhias aéreas aos tribunais "contra a Comissão europeia ou contra o Parlamento europeu, para explicar que (o) regulamento (em vigor) não estipula um fechamento de sete dias do espaço aéreo porque um vulcão expeliu cinzas na Islândia".
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) estima as perdas já sofridas em 1,7 bilhão de dólares e criticou a "confusão" causada pela reação europeia.
No pior período, os governos europeus invocaram o princípio de precaução - as cinzas vulcânicas poderiam, em alguns casos, vitrificar nos motores do avião, impedindo a sequência do voo.
O tráfego está ainda um pouco tumultuado na Finlândia e na Suécia.
A "volta à normalidade" foi confirmada no aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle, mas em Heathrow, em Londres, principal plataforma mundial em número de passageiros, será preciso "mais algum tempo" para funcionar 100%.
A erupção do Eyjafjöll prosseguiu na manhã desta quinta-feira com um "leve aumento" da atividade vulcânica, mas sem sinal visível, declarou à AFP Steinunn Jakobsdottir da Universidade de Reykjavik.
Em Varsóvia, os poloneses continuavam a se aglomerar em torno dos ônibus com percurso internacional, único meio nos últimos dias de chegar às capitais europeias. Kris Michalik, um operário de 40 anos que teve o voo para Londres cancelado no dia 15 de abril, embarcou nesta quinta-feira para um périplo de 27 horas de ônibus em direção à capital inglesa, onde trabalha. "Uma viagem assim longa é uma tortura, é uma escravidão", comentou.
Fonte: AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário