Transportadoras cancelaram 132 rotas no espaço de um ano e lançaram apenas 59 novas operações, reduzindo deste modo o tráfego aéreo. Quem fica a ganhar são as empresas de aviação executiva, que recebem cada vez mais pedidos de novos clientes
Os céus europeus têm menos tráfego aéreo. Entre Março de 2008 e Março deste ano, 15 das maiores transportadoras aéreas europeias cancelaram um total de 132 rotas dentro do continente europeu. Durante esse período, as mesmas companhias lançaram apenas 59 novas rotas, o que significa um défice total de 73, revela um estudo desenvolvido pela Jet Republic, uma companhia de aviação executiva com sede em Lisboa.
Londres é a cidade mais afectada, com um total de 173 voos cancelados por semana no período em análise, seguindo-se Berlim, com 91 voos, Barcelona com 84, Dublin com 71 e Paris com 69. Lisboa surge na 44.ª posição, com apenas 19 voos cancelados por semana.
Entre as companhias que cancelaram mais voos no aeroporto da Portela encontram-se a TAP e a low cost britânica easyJet.
De acordo com as conclusões da Jet Republic, o cancelamento de rotas está a afectar a organização das viagens dos executivos, havendo já um número significativo a recorrer a jactos privados, devido à flexibilidade que os mesmos oferecem em termos de satisfação das suas necessidades individuais de viagens, refere o estudo.
Jonathan Breeze, presidente da Jet Republic, afirma: "O número de pedidos de potenciais clientes que temos estado a receber está a aumentar a uma média de 10% por mês e acreditamos que uma das principais razões para este facto é o cancelamento de algumas rota pelas principais companhias aéreas" que operam para a Europa.
A Jet Republic analisou a origem dos destinos mais cancelados na Europa e concluiu que Copenhaga ocupou o primeiro lugar, com o cancelamento semanal de 264 voos, correspondendo a 35 271 lugares perdidos em resultado desta política, seguindo-se--lhe Londres, com 224 voos e um total de 30 552 lugares perdidos. Imediatamente a seguir surge Milão, com 224 voos, a que corresponde um total de 19 152 lugares perdidos.
O presidente da Jet Republic refere, a este propósito, que "embora as companhias aéreas tenham vindo a cancelar rotas, algumas também abriram novas", mas adianta: "não o fizeram a um ritmo suficiente para compensar a taxa de encerramento".
Das 15 companhias aéreas de bandeira analisadas, apenas quatro abriram mais rotas do que as que fecharam no último ano. E, salienta: "Olhando para as 25 maiores companhias aéreas da Europa, apenas sete estavam nessas condições. Esta tendência de fecho das rotas de aviação significa que "aqueles que podem pagar para voar em jactos privados são cada vez mais, encarando esta solução como uma alternativa viável às companhias aéreas nacionais".
Os resultados do estudo desenvolvido pela Jet Republic estão em linha com as estimativas avançadas pela IATA (associação internacional da aviação civil), que avançou com o corte de 5,9% na capacidade da aviação mundial em Fevereiro, um valor que ficou, no entanto, aquém da queda de tráfego, que foi de 10,1%, agravando a tendência negativa registada em Janeiro - 5,6%.
Segundo a IATA, o tráfego na Europa caiu 10,11%, enquanto a redução da capacidade foi de 7,8%. África foi a região que registou a maior quebra - 13,7%, seguindo-se a região da Ásia/Pacífico com 12,8%, enquanto a queda de tráfego foi de 12% na América do Norte.
"A intensa queda no tráfego em Fevereiro mostra a abrangência da crise", refere Giovanni Bisignani, presidente da IATA.
Fonte: Diário de Notícias (Portugal)
Os céus europeus têm menos tráfego aéreo. Entre Março de 2008 e Março deste ano, 15 das maiores transportadoras aéreas europeias cancelaram um total de 132 rotas dentro do continente europeu. Durante esse período, as mesmas companhias lançaram apenas 59 novas rotas, o que significa um défice total de 73, revela um estudo desenvolvido pela Jet Republic, uma companhia de aviação executiva com sede em Lisboa.
Londres é a cidade mais afectada, com um total de 173 voos cancelados por semana no período em análise, seguindo-se Berlim, com 91 voos, Barcelona com 84, Dublin com 71 e Paris com 69. Lisboa surge na 44.ª posição, com apenas 19 voos cancelados por semana.
Entre as companhias que cancelaram mais voos no aeroporto da Portela encontram-se a TAP e a low cost britânica easyJet.
De acordo com as conclusões da Jet Republic, o cancelamento de rotas está a afectar a organização das viagens dos executivos, havendo já um número significativo a recorrer a jactos privados, devido à flexibilidade que os mesmos oferecem em termos de satisfação das suas necessidades individuais de viagens, refere o estudo.
Jonathan Breeze, presidente da Jet Republic, afirma: "O número de pedidos de potenciais clientes que temos estado a receber está a aumentar a uma média de 10% por mês e acreditamos que uma das principais razões para este facto é o cancelamento de algumas rota pelas principais companhias aéreas" que operam para a Europa.
A Jet Republic analisou a origem dos destinos mais cancelados na Europa e concluiu que Copenhaga ocupou o primeiro lugar, com o cancelamento semanal de 264 voos, correspondendo a 35 271 lugares perdidos em resultado desta política, seguindo-se--lhe Londres, com 224 voos e um total de 30 552 lugares perdidos. Imediatamente a seguir surge Milão, com 224 voos, a que corresponde um total de 19 152 lugares perdidos.
O presidente da Jet Republic refere, a este propósito, que "embora as companhias aéreas tenham vindo a cancelar rotas, algumas também abriram novas", mas adianta: "não o fizeram a um ritmo suficiente para compensar a taxa de encerramento".
Das 15 companhias aéreas de bandeira analisadas, apenas quatro abriram mais rotas do que as que fecharam no último ano. E, salienta: "Olhando para as 25 maiores companhias aéreas da Europa, apenas sete estavam nessas condições. Esta tendência de fecho das rotas de aviação significa que "aqueles que podem pagar para voar em jactos privados são cada vez mais, encarando esta solução como uma alternativa viável às companhias aéreas nacionais".
Os resultados do estudo desenvolvido pela Jet Republic estão em linha com as estimativas avançadas pela IATA (associação internacional da aviação civil), que avançou com o corte de 5,9% na capacidade da aviação mundial em Fevereiro, um valor que ficou, no entanto, aquém da queda de tráfego, que foi de 10,1%, agravando a tendência negativa registada em Janeiro - 5,6%.
Segundo a IATA, o tráfego na Europa caiu 10,11%, enquanto a redução da capacidade foi de 7,8%. África foi a região que registou a maior quebra - 13,7%, seguindo-se a região da Ásia/Pacífico com 12,8%, enquanto a queda de tráfego foi de 12% na América do Norte.
"A intensa queda no tráfego em Fevereiro mostra a abrangência da crise", refere Giovanni Bisignani, presidente da IATA.
Fonte: Diário de Notícias (Portugal)
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