sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Equipe italiana chega à Venezuela para investigar queda de bimotor

Uma delegação italiana composta por especialistas da Marinha, Aeronáutica e Defesa Civil e guiada por dirigentes da Unidade de Crises da Farnesina (chancelaria italiana) está em Caracas para investigar as causas do acidente com o avião bimotor Let 410 da empresa venezuelana Transaven. No dia 4 de janeiro, a aeronave caiu em alto-mar durante uma viagem ao arquipélago de Los Roques com 14 pessoas a bordo, das quais oito eram cidadãos italianos.

A delegação, com instruções para manter o maior sigilo possível, já participou de duas reuniões, uma com os dirigentes da sociedade venezuelana Incostas - encarregada pelas buscas dos destroços no fundo do mar venezuelano -, e outra com o diretor da Defesa Civil do país, Antonio Rivero.

O porta-voz da delegação italiana e segundo responsável pela Unidade de Crises da Farnesina, Maurizio Canfora, disse à ANSA que o objetivo da missão é "obter elementos mais precisos, adjuntos aos documentos detalhados que já estão em posse do grupo e que foram fornecidos pelas autoridades locais, para então responder a algumas perguntas e inquietudes", sobretudo por parte dos familiares das vítimas.

Segundo Canfora, as incertezas giram especialmente em torno da maneira como foram estabelecidas a primeira investigação local, a reconstrução do acidente e os aspectos técnicos da documentação relativa ao caso - processo inteiramente dificultado pelo desaparecimento do bimotor no fundo do mar.

A delegação terá justamente o trabalho de averiguar todos os indícios e elementos da queda, para então tentar reconstruir novamente o acidente, além de fornecer uma cópia do documento final com os resultados da investigação às famílias das vítimas.

Após a reunião com Rivero, Canfora afirmou que "foram informados elementos muito úteis para reconstruir a dinâmica daquilo que se pode definir como um acidente".

Já o diretor da Defesa Civil, Antonio Rivero, disse à agência venezuelana Abn que o governo italiano se mostrou "satisfeito em relação à investigação inicial e às sucessivas buscas submarinas em andamento, já que foi colocada a hipótese de que o avião tenha caído em um abismo".

Até agora, somente o corpo do co-piloto, o venezuelano Osmel Avila, foi encontrado, nove dias após o acidente e a quase 20 quilômetros de distância da queda.

Já que a localização da aeronave é vital para reconstruir o acidente, Canfora considerou a possibilidade de que a empresa italiana Impresub Diving & Marine Contractor intervenha nas operações de busca - caso seja preciso descer a uma maior profundidade, além dos 200 metros praticados pela Incostas. Contudo, o dirigente da missão não discutiu nada a respeito de uma possível intervenção italiana durante a reunião com Rivero.
Fonte: ANSA (07/02/2008)

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