terça-feira, 3 de julho de 2012

Investigadores provam que é possível 'hackear' drones


Um grupo de investigadores da Universidade do Texas, em Austin, conseguiu provar que é possível controlar drones, um tipo de avião sem piloto bastante utilizado pelo exército dos EUA, através de uma técnica de hacking. 

A investigação foi feita no âmbito de uma competição promovida pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, onde a equipa de investigadores daquela universidade conseguiu controlar um drone, avião sem piloto normalmente utilizado em missões militares, recorrendo a uma técnica denominada 'spoofing'. 


Através desta técnica os investigadores conseguiram aceder ao sistema de GPS do avião, e levar o drone a receber os seus sinais em vez dos sinais enviados por satélite, utilizados para controlar o drone a distância. 

Segundo informação avançada pela BBC, esta técnica é a mesma que terá sido utilizada no passado ano de 2011 para destruir um destes aeroplanos no Irão. 

Os resultados desta investigação estão a ser vistos por analistas como uma prova de que há alguns riscos em utilizar este tipo de aviões.

No teste levado a cabo pelos investigadores foi utilizado um drone civil, que utiliza sinais GPS não encriptados, o que os torna mais vulneráveis a um ataque de 'spoofing', explica à BBC um especialista do International Committee for Robot Arms Control.


Noel Sharkey considera que isto é algo «muito perigoso. Se um drone é direccionado para um local através do GPS, [o atacante] pode levá-lo a pensar que está noutro lugar e manda-o contra um prédio ou fá-lo cair noutro lugar qualquer ou apenas rouba-o e enche-o de explosivos e direcciona-o para outro local». 

Para o co-fundador do International Committee for Robot Arms Control «a maior preocupação é que isto também significa que não seria muito complicado para [alguém com muitos conhecimentos] conseguir dar a volta um drone militar e controlá-lo, e isso pode ser muito perigoso porque então eles iriam virá-lo contra as pessoas erradas». 

Fontes: sol.sapo.pt / BBC - Fotos: Reuters / Divulgação

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